Música e dança no revezamento da tocha paralímpica em Brasília



O revezamento da tocha paralímpica em Brasília terminou com um belo espetáculo de dança e música no Parque da Cidade, onde a chama foi acesa, ainda pela manhã. Às 18h45, o ex-triatleta Antônio Lanari Bo chegou ao palco montado no parque e acendeu a pira paralímpica. “Essa chama paralímpica é muito especial. A partir do momento que enxergamos a diferença conseguimos alcançar a igualdade”, disse.

O último condutor da tocha na capital federal é professor de engenharia biomédica na Universidade de Brasília (UnB), onde trabalha no desenvolvimento de próteses robóticas e bicicletas assistidas por estimulação elétrica neuromuscular. Após acesa a pira, a chama viajou virtualmente para o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

Comitês Paralímpicos de todo o mundo utilizaram a hashtag #ChamaParalimpica, alimentando uma chama virtual exibida em um telão. Quando a chama virtual ficou totalmente acesa, ela fez uma viagem simbólica para a cidade-sede dos Jogos. Enquanto isso, no palco, a chama paralímpica era apagada.

Brasília - Cerimônia no Parque da Cidade marca o revezamento da tocha paralímpica no Distrito Federal (Wilson Dias/Agência Brasil)
Um DJ cego comandava as pick-ups enquanto habilidosos dançarinos mostravam passos de vários estilos musicaisWilson Dias/Agência Brasil

Música e dança

Antes mesmo da chegada da tocha ao palco montado no Parque da Cidade, o público presente pode ver uma apresentação impecável do pianista João Carlos Martins. Mundialmente reconhecido por sua habilidade, o maestro e pianista sofreu uma lesão em um nervo durante um jogo de futebol, que atrofiou três dedos da mão direita. Os problemas na mão não o impediram de continuar encantando o mundo com sua música. Após um assalto, na cidade de Sófia (Bulgária), Martins foi agredido na cabeça, o que o deixou com sequelas na mão direitas e na fala e posteriormente desenvolveu uma doença que causa sequelas na mãos sequelas. Isso não o impediu de tocar piano, de dirigir e de reger Bachiana Filarmônica.

Brasília - Maestro e pianista João Carlos Martins participa da cerimônia, no Parque da Cidade, que marca o revezamento da tocha paralímpica no Distrito Federal (Wilson Dias/Agência Brasil)
Antes mesmo da chegada da tocha ao palco montado no Parque da Cidade, o público presente pode ver uma apresentação impecável do pianista João Carlos MartinsWilson Dias/Agência Brasil

Após Martins, um espetáculo de dança tomou conta do palco. Um DJ cego comandava aspick-ups enquanto habilidosos dançarinos mostravam passos de vários estilos musicais. Após fazer um espacate, um deles levantou uma das pernas da calça e revelou que usava uma prótese, arrancando aplausos dos brasilienses.

A secretária de Esporte, Turismo e Lazer, Leila Barros, exaltou a realização e organização da Olimpíada, encerrada no dia 21 de agosto no Rio de Janeiro, e convidou todos a acompanharem também a Paralimpíada. “Fizemos a Olimpíada nesse país e calamos a boca [dos críticos] do mundo. E vamos fazer de novo nas Paralimpíadas. Peço para o Brasil que torça para esses guerreiros”.

A tocha será acesa em um total cinco cidades, sendo que cada uma delas vai representar um valor paralímpico: Brasília – igualdade; Belém – determinação; Natal – inspiração; São Paulo – transformação; Joinville – coragem; e Rio de Janeiro – paixão. A cerimônia de abertura da Paralimpíada do Rio de Janeiro será no dia 7 de setembro, no Maracanã.

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