Centro de Manutenção de Aeronaves da GOL, o maior da América Latina, comemora 10 anos.



Cobertura: Cenário de Minas  / Brasil Agora
Jornalistas: Felipe de Jesus e Geraldo Félix
Edição da matéria: Geraldo Félix

Fotos: Geraldo Félix

A Gol linhas aéreas realizou um workshop, neste 15 de setembro, sobre os bastidores da aviação, para jornalistas de todo o Brasil e da América Latina. A Gol celebra hoje o aniversário de uma década de seu o centro de manutenção localizado nas proximidades do Aeroporto de Confins, em Minas Gerais.

Como parte da comemoração, houve apresentação de dados do espaço feita pelo diretor de Manutenção da Gol, Alberto Correnti, pelo gerente executivo de Manutenção de Hangar e Revisão, Marco Gallinaro, e pelo representante da Boeing, Lucas Trabulsi. De acordo com Correnti, a essência de executar a manutenção das aeronaves reflete o valor prioritário da companhia aérea: a segurança. Segundo ele, a Gol conta com 69 bases de manutenção espalhadas pelo País. O centro de Confins, entretanto, é “o mais avançado complexo tecnológico do gênero na América Latina”. O diretor trabalha há 15 anos na companhia e atua no centro de manutenção desde o final de 2009.

Ele ainda destacou que o programa de manutenção da Gol foi iniciado com o controle tarefa por tarefa, no qual os checks não eram blocados – o que oferecia como principal vantagem uma alta flexibilidade para a operação da companhia. Foram criados, segundo ele, pacotes em intervalos que apontam em quanto período de tempo são feitas paradas de oito a 12 horas da aeronave.

O centro realiza trabalhos como: manutenção de fuselagem, pintura e lavagem dos aviões. Além disso, no espaço há uma oficina de interiores onde é realizado o polimento das janelas e toda a produção da comunicação visual. Outra atividade desenvolvida no local é o treinamento da tripulação.

A realização da manutenção é um procedimento muito importante manter a qualidade do atendimento e para a segurança do voo. De acordo com o gerente de manutenção da companhia, Marco Gallinaro, existem três situações para que uma aeronave tenha que realizar reparos. “A primeira é a preventiva, no qual é realizado reparos para não ter problemas futuros, a segunda é preditiva que é quando existem indicações de falhas e a terceira é a corretiva que é quando o problema realmente ocorreu”, explica.

O centro de Confins, que conta hoje com três hangares, possibilita que a companhia faça anualmente uma média de mais de 800 manutenções.

Confira alguns números do centro de manutenção da Gol:

  • A cada dois anos, 6,6 mil horas de voo ou 5,5 mil ciclos, as aeronaves da companhia param para cumprir o plano de manutenção;
  • A nova frota 737 Max que será adquirida pela Gol deverá nascer com um programa de manutenção a cada três anos;
  • O espaço opera em três turnos de trabalho;
  • São 250 técnicos de manutenção que trabalham em Confins;
  • Hoje o serviço do centro de manutenção atende até oito aviões simultaneamente.

Novo logo

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A GOL está renovando o logotipo em sua frota e, para isso, foi estabelecido um prazo para uma nova padronização das aeronaves. “O plano de remodelização está previsto para levar cerca de dois anos, porém não vamos parar um avião somente para pintá-lo, isto é, vamos aproveitar a necessidade do aparelho em receber um dos checks no CMA para efetuar o processo de pintura”, detalha o diretor manutenção..

As oficinas

Oficina de freios

O setor que cuida das inspeções e reparos de pneus e freios da Gol é um verdadeiro centro de qualidade. Esses enormes sanduíches de pastilhas e discos vão dentro dos trens de pouso traseiros e atuam de forma muito parecida com o que temos em carros de passeio, exceto, é claro, pela carga e pressão a qual são submetidos. Por conta de toda essa pressão, adicionalmente, os elementos que compõem os freios dos trens de pouso recebem inspeção por banhos químicos e ultrassom para identificar eventuais fissuras e rupturas em seu material.

Um exemplo do processo realizado através de banhos químicos, em que são identificadas fissuras no material. Em média cada aeronave precisa ter seus pneus substituídos a cada 200 voos, o que, nos moldes operacionais da Gol, equivale ao menos a uma troca mensal.

 Oficina de reparo de janelas

As janelas das aeronaves são, na verdade, um “sanduíche” de camadas de acrílico. As diferenças de temperatura entre voo e solo com o tempo causam erosão no material utilizado na fabricação das janelas, o que as deixam turvas. Nesta oficina, operada exclusivamente por mulheres, as janelas recebem um polimento que pode levar até 8 horas em execução. Para as janelas frontais da aeronave, o tempo pode ser ainda superior atingindo até mais que dois dias de trabalho.

Oficina de painéis interiores

Os painéis laterais das aeronaves recebem seu revestimento. As superfícies são aquecidas, coladas e, para que sejam devidamente fundidas, inseridas neste equipamento para que um forte vácuo elimine eventuais bolhas (comuns no processo manual). Uma curiosidade é que estes painéis laterais são feitos a partir das fibras de bananeira, sendo extremamente resistentes e leves ao mesmo tempo.

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Oficina de tapeçaria

Toda a tapeçaria das aeronaves é produzida por uma equipe de hábeis costureiras, que se revezam no processo. São ao todo 183 assentos de aeronaves como o Boeing 737-800, assim como assentos de tripulação e carpetes.

Oficina de manutenção de assentos

Com a quantidade de voos operados, não é raro que seja necessária uma área exclusiva para a manutenção dos assentos de aeronaves. Nesta oficina, são revisadas estruturas mecânicas e revestimentos dos assentos.

Oportunidade de visualizar um 737 todo branco, – sem pintura é claro! A equipe da Gol estava realizando a remoção da pintura antiga desta aeronave e preparando o equipamento para receber uma nova roupagem. A maior parte das etapas é realizada manualmente por pessoas, desde a remoção da pintura anterior até os acabamentos finais. A pintura de um 737 pode levar de 8 a 12 dias para ficar pronta. O serviço exige raspagem e remoção química da pintura antiga, aplicação da base primer e anti-corrosivos, colagem do stencil e a pintura final.

A água utilizada para a lavagem das aeronaves, oficinas, peças, piso, pias de mão da manutenção e do posto médico é tratada na ETE (Estação de Tratamento de Efluentes Químicos). Após o tratamento, parte da água é reutilizada dentro do próprio CMA, em atividades como limpeza de pisos, vasos sanitários, equipamentos e materiais não metálicos. O CMA da Gol atende a todas as normas de licença ambiental e legislações, e possui um plano de gerenciamentos específicos para cada resíduo gerado na manutenção ou pintura de aeronaves.

 

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