Dois perfis de pais diferentes, mas cada vez mais comum



Um vai ser pai aos 65 anos e dividir a criação do caçula com o comando da empresa;

o outro é nômade digital e viaja o mundo com os filhos 

Já pensou num pai que não tem moradia fixa, corre o mundo trabalhando e leva os filhos a tiracolo? E outro que já é avô de 5 netos e decidiu ter seu quinto filho aos 65 anos de idade, tudo planejado para conciliar a presidência de sua empresa com a criação do caçulinha?

São perfis de pais que fogem ao estilo convencional, mas que vão surgindo com as transformações da sociedade.
Nômade Digital – No primeiro perfil enquadra-se o publicitário Bruno Pinheiro, que engrossa a lista de profissionais liberais que estão cada vez mais investindo no empreendedorismo digital. Para se ter uma ideia, em um ano, entre junho de 2015 e junho de 2016, os domínios registrados no Brasil passaram de 3.6 milhões para 3.870.712, de acordo com o Registro.br.
Depois de 12 anos trabalhando como gerente de marketing, Bruno Pinheiro resolveu deixar o emprego estável, abandonar o terno e a gravata e sair pelo mundo em busca de conhecimento para explorar sua carreira online. O que ele não contava é que no meio do caminho conheceria Alisson,  a futura esposa, com quem se casou e teve dois filhos (Ella, com um ano e meio e Noah, com cinco meses).
Para quem acha que ele abandonou os planos, engana-se. Hoje Bruno dá aula de empreendedorismo pela internet, não possui residência fixa e leva a sua família junto para todos os locais. São 40 países visitados e experiências sui generis com os pequenos. Ella, por exemplo,  já foi picada por um arraia, dormiu em pleno deserto do Saara, sem contar que posou ao lado de David Becker.    “Sou um pai presente e participativo na educação de meus filhos e dou apoio para minha família”, diz Pinheiro. Seu modelo de negócio está associado à internet, vendendo cursos e palestras para quem quer empreender online e ter uma vida igual a ele, longe dos escritórios tradicionais.

Terceira Idade – O empresário Eloy Tuffi, fundador e presidente da rede de escolas de informática Microcamp, é o perfil de pai na terceira idade. Um tipo cada vez mais comum com o advento de novas tecnologias e medicações que têm aumentado não só a expectativa de vida mas a capacidade de reprodução dos homens. Estima-se que até 2050, a população brasileira acima de 60 anos triplicará.

Assim, não foi difícil para Eloy Tuffi realizar o sonho de ser pai novamente, aos 65 anos. O empresário já tem outros 4 filhos de dois casamentos anteriores, que lhe deram 5 netos.
A gravidez da esposa Débora, de 25 anos, com quem está casado há 5 anos, foi planejada, e a vida programada de tal forma que ele possa passar mais tempo com o filho e a família. O que, admite, não fez nos casamentos anteriores. “Quero continuar à frente da minha empresa, mas de uma forma mais saudável, sem estresse e podendo acompanhar o crescimento do meu filho”, anuncia Tuffi que só consegue ver vantagens na “gravidez” tardia. “Hoje tenho mais maturidade, carreira sólida e mais tempo para o novo momento. Ao contrário de antigamente, hoje ser sexagenário não significa ser velho”.
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