A Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) —entidade que congrega as corretoras e administradoras de imóveis, incorporadoras, loteadoras e urbanizadoras, administradoras de condomínios e síndicos externos— tem orientado as empresas a analisarem, caso a caso, as relações entre locador e locatário durante a pandemia de Covid-19. Segundo a entidade, neste momento, é fundamental que todos os profissionais que trabalham com a intermediação dos contratos de locação tenham bom senso e que possam levar em consideração o histórico dos inquilinos, observando o real impacto que a crise gerada pelo novo coronavírus tem causado a cada um dos envolvidos.
Inclusive, um projeto de lei apresentado ao Senado Federal, interferindo na negociação dos contratos locatícios durante a pandemia de Covid-19, teve esse item retirado da proposta, reconhecendo que, neste momento, a negociação entre as partes envolvidas é a melhor saída. “Nós, do mercado imobiliário, recebemos a proposta inicial do PL com muita indignação, uma vez que tratava de forma unilateral as relações entre proprietário e inquilino. O projeto, se fosse mantido, tumultuaria as negociações e traria mais aflição ao mercado”, explica a presidente da CMI/Secovi-MG, Cássia Ximenes.
Segundo ela, o mercado imobiliário é autorregulado e as empresas que fazem a intermediação dos contratos de locação têm legitimidade para atuar na negociação dos valores entre locadores e locatários, sem intervenção do Poder Público. Cássia explica que deve haver o equilíbrio dos direitos e deveres, uma vez que a medida impactaria, sobretudo, pequenos proprietários. “Vale lembrar que, em média, um locador tem 1,6 imóvel; ou seja, não estamos falando aqui de grandes fortunas, mas, sim, de pessoas que dependem desses aluguéis como complemento ou como a própria renda”, acrescenta.
Dessa forma, a CMI/Secovi-MG orienta para que as negociações sejam personalizadas e benéficas para as partes envolvidas. “Saliento que estudar caso a caso é a melhor saída, uma vez que cada contrato é amparado por uma análise de crédito e pelo histórico do inquilino. Empatia é a atitude que deve nortear este momento, nas mais diversas situações, e também reger o nosso mercado”, finaliza.
Foto: Imagem – Crédito: CMI/Secovi-MG