Após mais de um mês de negociações, o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB) foi oficializado como candidato do PMDB à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). A decisão foi tomada nessa quinta-feira (7), após uma reunião entre Pacheco, o deputado federal Leonardo Quintão – que também disputava a vaga, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever Lopes, e o presidente do PMDB de Minas, o vice-governador do Estado, Antônio Andrade.
O advogado, que está cumprindo o seu primeiro mandato político, é preferido pela ala do vice-governador, enquanto Quintão é próximo de Lopes, e estava atrasando a decisão. Segundo um peemedebista, o entendimento dele seria que, com o tempo de campanha reduzido de 90 para 45 dias, “não daria tempo” de tornar o nome de Pacheco tão conhecido quanto o dele. E, como o Aparte adiantou nesta semana, o advogado tinha dito para os aliados que, se na reunião marcada para essa quinta-feira (7) não saísse um resultado, ele iria deixar de vez da disputa.
De acordo com um político da legenda, ainda não se sabe o que foi prometido para que Quintão abrisse mão da candidatura, já que ele “não queria arredar o pé”. “Isso é um mistério ainda. Ninguém está falando disso porque é algo que ainda não está confirmado, mas claro que há algo”, confidenciou.
Os nomes das legendas que estão negociando com o partido, por enquanto, são sigilosos. Um peemedebista afirmou, contudo, que “com o Pacheco em vez de Quintão, o leque de opções aumentou”.
O presidente da Câmara de Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PTN), disse que tem uma reunião marcada com o advogados nos próximos dias. Na pauta, o apoio em uma possível coligação, e até mesmo o posto de vice-prefeito na chapa. “Nós vamos ter um reunião. Ele me ligou para marcar. Agora que se confirmou o nome dele, vamos dialogar. O Pacheco é um cara respeitável. Agora é a hora das conversas, mas tenho grandes chances de caminhar com ele. Seja com o apoio (em uma coligação) ou como vice. Vai ser o que o grupo decidir”. (Fransciny Alves / Especial para O TEMPO)