Show no Sesc Palladium em BH/MG trouxe grandes hits do cantor e músicas de Beatriz Rabello
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Jornalista | Matéria e Fotos:
Felipe de Jesus
Paulinho da Viola, um dos maiores expoentes da Música Popular Brasileira presenteou os mineiros com uma apresentação empolgante e emocionante com grandes hits da sua carreira ao lado da cantora e sua filha Beatriz Rabello, sambista que vem seguindo os passos do pai na música. O show foi realizado no dia 22 de fevereiro, sexta, às 21h no Sesc Palladium (Av. Augusto de Lima, 420 – Centro, Belo Horizonte-MG) e além dos hits do artista, músicas do excelente álbum “Bloco do Amor (2016)” de Beatriz Rabello também foram tocadas no emocionante show.
Com a simpatia de sempre e educação aquém, Paulinho da Viola cantou “Amor à Natureza” do álbum “Paulinho da Viola (1975)” que foi acompanhada pelo público. “Relíquia do folclore nacional. Jóia rara que apresento. Nesta paisagem em que me vejo. No centro da paixão e do tormento. Sem nenhuma ilusão. Neste cenário de tristeza. Relembro momentos de real bravura. Dos que lutaram com ardor. Em nome do amor à natureza. Cinzentas nuvens de fumaça. Umedecendo meus olhos. De aflição e de cansaço. Imensos blocos de concreto. Ocupando todos os espaços. Daquela que já foi a mais bela cidade”.
Dando sequência ao show, Paulinho da Viola convidou sua filha Beatriz Rabello para cantar “Solidão” (parceria com a artista plástica Maria Vasco) e que faz parte do álbum “Bloco do Amor (2016)” de Beatriz Rabello. “Solidão só tem quem merece/ ter o tempo ao seu dispor/ poder contar as estrelas/ escorrer das mãos os grãos do amor”. Em seguida ele cantou “A Dança da Solidão”, do disco “A Dança da Solidão (1972)”, música também bastante conhecida na voz de Marisa Monte. Mais um grande sucesso da carreira que foi acompanhado pelo público. “Solidão é lava que cobre tudo. Amargura em minha boca. Sorri seus dentes de chumbo. Solidão palavra cavada no coração. Resignado e mudo. No compasso da desilusão. Desilusão, desilusão. Danço eu dança você. Na dança da solidão”.
Com “Pecado Capital”, clássico da sua carreira do álbum “Paulinho da Viola (1975)”, Paulinho da Viola mais uma vez foi acompanhado pelo público. Além do grande sucesso nas rádios, a música também estampou o folhetim da TV. “Dinheiro na mão é vendaval. É vendaval. Na vida de um sonhador. De um sonhador. Quanta gente aí se engana. E cai da cama. Com toda a ilusão que sonhou. E a grandeza se desfaz. Quando a solidão é mais. Alguém já falou. Mas é preciso viver. E viver não é brincadeira não. Quando o jeito é se virar. Cada um trata de si. Irmão desconhece irmão. E aí dinheiro na mão é vendaval. Dinheiro na mão é solução. E solidão”.
Com “Eu Canto Samba”, do álbum que leva o mesmo nome de 1989, Paulinho da Viola mais uma vez empolgou o público com seu cavaquinho. Não é atoa que seu nome ficou marcado como Paulinho “da Viola”. Com “Recomeçar”, mais um grande sucesso da sua carreira do álbum “Zumbido (1979)”, Paulinho da Viola chamou Beatriz Rabello para o palco para acompanha-lo. A letra também traz um refrão bastante conhecido pelos apaixonados por Samba. “Recomeçar. Do que restou de uma paixão. Voltar de novo à mesma dor sem razão. Guardar no peito a mágoa sem reclamar. Acreditar no Sol da nova manhã. Dizer adeus e renunciar. Vestir a capa de cobrir solidão. Para poder chorar. Somente o tempo faz a gente lembrar. O sofrimento que não quis perdoar. E todo o mal reprimido”.
Samba de raiz e muito “bis”
Com “Foi Um Rio que Passou em Minha Vida”, do álbum que também leva o mesmo nome de 1970, Paulinho da Viola contou sobre o sucesso da música e aplaudido pelo público, ele cantou o grande hit. “Se um dia meu coração for consultado. Para saber se andou errado Será difícil negar. Meu coração tem mania de amor. Amor não é fácil de achar”. Já esperado, o público pediu bis e foi atendido pelo mestre do Samba Paulinho da Viola e pela nova sambista Beatriz Rabello. Com a música “O Galou Cantou” (Clara Nunes), eles voltaram ao palco em grande estilo. E com “Argumento” também do álbum “Paulinho da Viola (1975)”, o cantor e sua filha Beatriz Rabello deram o tom para despedir em grande estilo do Sesc Palladium. Com marchinhas conhecidas do Carnaval eles fecharam a apresentação levantando o público literalmente das cadeiras.