Em entrevista, Dra. Christiane do Valle abre sobre os bastidores da sua carreira e desmistifica a representação sindical patronal das empresas privadas de toda área da saúde do estado de Goiás e outras regiões, ao demonstrar que as mulheres podem atuar nessa representação, sem deixarem de ser mães e empresárias. Saiba mais.
Enquanto presidente do sindicato e federação Dra. Christiane do Valle representa diversos hospitais, clínicas, laboratórios e demais estabelecimentos de saúde privados, constituídos na forma de Pessoa Jurídica. Hoje, é a responsável pela entidade sindical que representa e presta assessoria aos empregadores.
“Meu objetivo é compartilhar informações de qualidade e com embasamento teórico prático na defesa dos empresários e prestadores de serviços da saúde para desmistificar a representação sindical patronal das empresas privadas do estado de Goiás, e regiões e demonstrar que as mulheres podem atuar nessa representação, sem deixarmos de ser mãe e empresárias.” Diz a Dra. Christiane do Valle.
E completa:
“Trazendo várias frentes de apoio, com auxílio de equipes na área jurídica, contábil, parlamentar e de publicidade.” Ressalta.
Sua área de formação é biomedicina, mas hoje, Chris Do Valle como é reconhecida nas redes sociais, tornou – se empresária, sócio proprietária do Instituto de Medicina Diagnóstica, IMD Laboratório, laboratório de análises clínicas há mais de 20 anos e além disso, também é mãe e esposa.
A representação feminina em sindicatos, vem de um processo associado à estrutura capitalista, funcionalista, patriarcal e sexista, justificada numa representação participativa, sob controle da legislação trabalhista impetrada pelo Estado burguês, a partir da Segunda República brasileira.
Como foi o início?
Chris Do Valle – Quando entrei na faculdade de biomedicina na PUC – Goiás em 1998, eu sabia que sairia de lá empreendendo na minha área, e assim aconteceu, tive a oportunidade de adquirir um laboratório de análises clínicas, em sociedade com outros amigos de faculdade, isso em 2003, de lá pra cá são 20 anos.
Durante a faculdade fui monitora de alguns professores, e os mesmos me acompanharam durante a vida, quando em 2018 fui eleita a presidente do SindilabsGO, movimento encabeçado pelo Dr Paulo, meu ex-professor, com objetivo de defender todas as empresas da área da saúde no estado de Goiás e principalmente no município de Goiânia, que estavam enfrentando um caos, com a troca de gestão na secretaria municipal de saúde.
Diante do trabalho realizado, me tornei presidente também da Fehoesg, vice-presidente da CNSaúde, membro fundador da CNSaúde Mulher – uma vertente da Confederação Nacional da Saúde ligada exclusivamente as pautas femininas nacionais, e assumi várias cadeiras nos conselhos de saúde, municipal, estadual e nacional.
Os prestadores de serviços da saúde e empresários do ramo, precisam diariamente de tratativas junto aos sindicatos laborais, para negociação de convenção coletiva de trabalho e junto aos planos de saúde, por uma busca constante por reajuste e adequações contratuais. Esse papel venho desempenhando desde 2018.
A Dra. Christiane do Valle é Presidente do Sindilabs – GO, Sindicato dos Laboratórios de Análises Clínicas e Bancos de Sangue do Estado de Goiás; Presidente da Fehoesg, Federação dos Hospitais, Laboratórios de Análises, Clínicas de Imagem, Bancos de Sangue e Estabelecimentos de saúde do estado de Goiás; Vice presidente da CNSaúde, Confederação Nacional da Saúde.
Também atua como membro titular, no conselho municipal de saúde de Goiânia, no conselho estadual de saúde de Goiás; Membro suplente no conselho nacional de saúde; Membro titular na Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS; Membro fundador da CNSaúde Mulher, uma vertente da Confederação Nacional da Saúde ligada exclusivamente as pautas femininas nacionais.
A histórica luta das mulheres:
O Dia Internacional da Mulher remonta ao século XVIII, período de grandes transformações no processo produtivo que culminaram na Revolução Industrial, que promoveu mudanças radicais nas relações de trabalho e levou à intensificação da luta por direitos.Naquela época as operárias exerciam jornadas de trabalho tão longas que chegavam a 17 horas diárias. E as condições eram de insalubridade, ameaças sexuais e de espancamentos.
O descontentamento das trabalhadoras era grande e fazia pipocar manifestações. Em uma destas manifestações, ocorrida no dia oito de março de 1857, cento e vinte e nove operárias da fábrica de tecidos Cotton, em Nova Iorque, paralisaram os trabalhos pelo direito a uma jornada de 10 horas. A violência com a qual elas foram reprimidas foi tão grande que ficou marcada em nossa história.
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Chris Do Valle – facebook