A chapa Unidade na Luta – Em Defesa do Jornalismo, dos Jornalistas e da democracia, única a concorrer nas eleições da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), foi eleita com 97,16% dos votos. Juntos, os votos brancos e nulos não chegaram a 3%. Ao todo, 2.010 jornalistas de todo o país participaram da eleição.
As eleições para escolha na nova Diretoria Executiva, Vices-presidências Regionais, Secretarias, Conselho Fiscal e membros da Comissão Nacional de Ética aconteceram de modo online entre os dias 26 e 28 de julho, tendo como eleitor/a todo/a jornalista sindicalizado/a até abril deste ano e em dia com sua mensalidade sindical.
O pleito elegeu ainda cinco membros titulares para a Comissão Nacional de Ética (CNE). Vera Daisy Barcellos, Beth Costa, Suzana Tatagiba, Franklin Valverde e Osnaldo Moares foram os eleitos. Já Antônio Paulo Santos será suplente da CNE. Cada votante poderia votar em até cinco membros entre os seis candidatos.
Samira de Castro, eleita presidenta da FENAJ, afirmou que o processo eleitoral foi desafiador, uma vez que a entidade tem 74 anos e esta foi a primeira eleição, que tem caráter nacional e conta com 31 sindicatos filiados, realizada totalmente online e eletronicamente. “Trata-se de uma eleição nacional, com 31 sindicatos filiados, em que a categoria elege diretamente seus representantes, então, essa experiência se mostrou desafiadora porque os nossos sindicatos têm portes diferentes e, muitas vezes, a estrutura local acabou prejudicando a captação de votos de maneira online por falta de atualização do cadastro dos associados. Mas esse é um desafio para o qual precisamos nos preparar para garantir, nas próximas eleições, uma participação ainda maior da categoria, independentemente do porte do sindicato”, disse.
Entre os desafios da gestão 2022-2025, Samira destacou a importância em trazer as lutas comuns, que têm acontecido de maneira estadual, para o plano nacional. “Nós temos grandes mobilizações que deram certo no Rio de Janeiro, no estado de São Paulo, estamos tendo mobilizações em Santa Catarina e em Belém do Pará, então a gente precisa transformar essa inquietação de base estadual em um grande movimento organizado por valorização do jornalista”, ressaltou.
Além da valorização da categoria jornalística, a presidenta eleita pontuou ainda outras lutas que devem fazer parte da atuação da Federação, como a importância em atualizar a regulamentação profissional, que é de 1979 (e faz-se necessário incluir as novas funções desempenhadas com o advento das novas tecnologias); o estabelecimento do piso nacional de jornalista, que é uma reivindicação histórica da entidade; a criação do Conselho Federal de Jornalistas; a aprovação da PEC do Diploma, bem como a taxação das plataformas digitais e a criação do Fundo de Apoio ao Fomento do Jornalismo.
“Essas lutas, inclusive, serão levadas ao próximo presidente da República para que a gente tenha um ambiente de anuência do Congresso Nacional para aprovar essas pautas em prol da categoria”, concluiu.
Com informações do Sindicato dos Jornalistas de SP