Queixinho oferece oficina musical gratuita para pessoas de baixa renda tocar no carnaval 2020



Por volta de 2009, iniciou-se um movimento cultural e espontâneo de retomada do carnaval de rua de Belo Horizonte. Com isso, surgiram vários blocos de rua formados por artistas, produtores culturais, jornalistas, ativistas e, sobretudo, pessoas da cidade que não tinham nenhuma ligação com o fazer artístico. Um movimento de diversidade, horizontalidade e trocas de experiências que teve como fruto o nascimento do Unidos do Samba Queixinho, em 2010.

Além do desejo de ocupar a cidade, proporcionar alegria e debater a mobilidade urbana, o Queixinho sempre teve como foco principal fazer música e formar ritmistas.

“Um dos objetivos do nosso bloco é dar autonomia musical a pessoa que nunca tocou um instrumento. Para isso, ensinamos ergonomia, postura, manulação (o jeito de mexer as mãos para tocar). Orientamos sobre o melhor instrumento a ser estudado, de acordo com a vontade e o perfil da pessoa. Trabalhamos semanalmente durante o ano inteiro e finalizamos com chave de ouro no dia do desfile de carnaval, em 2020, com uma apresentação sangue no olho, como sempre é”, explica Gustavo Caetano, fundador e mestre de bateria do Unidos do Samba Queixinho.

Para desenvolver ainda mais a formação de ritmistas e incentivar pessoas de baixa renda que desejam aprender a tocar um instrumento de percussão e participar do carnaval de BH, o Samba Queixinho lança o projeto de bolsas para pessoas de baixa renda e que não possuem condições financeiras de custear a oficina e a compra de um instrumento musical. Serão disponibilizadas 44 vagas para o aprendizado de tamborim, repinique, chocalho, surdo e caixa. As inscrições vão até 4/9 e podem ser feitas através do link: https://sambaqueixinho.com.br/. Mais informações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (31) 99221-6519 (whatsapp).

Lembrando que as aulas da oficina serão ministradas todas as terças e quintas (19h30 às 22h), além dos ensaios aos sábados (14h30 às 18h), exceto nos feriados, totalizando 55 encontros. Este projeto é executado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com patrocínio da Cemig.

Histórico do Queixinho

Com 10 anos de existência, a bateria do Queixinho é reconhecida como uma das mais pulsantes e ritmadas da folia belorizontina, mas a atuação do bloco vai muito além da música. “No Queixinho é discutido constantemente questões como o pertencimento à rua e o direito à cidade, temas caros e presentes nesta retomada do Carnaval de Belo Horizonte. É importante ocuparmos as ruas, os espaços públicos em geral e estarmos sempre dialogando sobre como a nossa cidade pode ser mais democrática e pertencente a todos nós. Não por acaso, o carnaval é, hoje, uma das principais formas de interação com a cidade de BH”, enfatiza Gustavo.

O colaborativismo também está presente, pois, segundo o mestre de bateria do Queixinho, não há como criar uma escola de samba de rua sem a colaboração de cada integrante. Para Gustavo Caetano, o senso coletivo precisa existir em todas as etapas do processo, desde a produção até o executar da bateria.

Serviço:

Bolsas para Oficinas de Percussão
Data: até 4/09, quarta-feira
Inscrição: https://sambaqueixinho.com.br/ (obrigatório o preenchimento do formulário)
Informações: [email protected] ou (31) 99221-6519

Crédito foto: Desfile 2018 – Fotógrafo André Paiva

Contatos para entrevistas:
DANIEL HELVÉCIO, assessor de imprensa: (31) 99775-9075 / [email protected]

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