Três chapas, que irão disputar o comando da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), registraram as suas candidaturas na tarde deste sábado (13), no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). São elas: Rodrigo Pacheco (PMDB) e Vanderlei Miranda (PMDB); João Leite (PSDB) e Ronaldo Gontijo (PPS); e Marcelo Álvaro Antônio (PR) e Professora Rosilene (PSDC).
PMDB
O deputado federal Rodrigo Pacheco e o deputado estadual Vanderlei Miranda, ambos do PMDB, protocolaram as suas candidaturas a prefeito e a vice, respectivamente. No local, Pacheco disse que o padrinho político dele é o “povo” da capital, e que irá cobrar do presidente em exercício, Michel Temer, questões da cidade.
“Vamos aproveitar a boa relação com o governo federal, não agora, porque não vamos exigir a presença de ninguém de Brasília para a nossa campanha, porque o nosso compromisso é com o povo de BH. Mas, assim que ganharmos a eleição, vamos à Brasília para fazer com que o governo quite uma dívida histórica que tem com vários assuntos da cidade”, afirmou Rodrigo Pacheco.
Questionado sobre a posição do deputado estadual Iran Barbosa (PMDB) de apoiar o candidato concorrente do PHS, Alexandre Kalil, Pacheco disse que, se a dissidência for fundamentada, ele irá respeitar a “preferência de cada campo”.
“O PMDB é um partido democrático e grande, e é óbvio que há preferências de um lado e de outro. Sinceramente, eu não sei a posição do deputado, mas evidentemente que eu vou pedir o apoio dele para a minha campanha. O jogo está começando hoje”, afirmou o deputado federal que ainda declarou que “não há necessidade de nenhum apoio forçado”.
Na disputa majoritária, os peemedebistas contam com PTN e PSC, que formam a coligação Beagá Para Todos. De acordo com o postulante à cadeira do prefeito Marcio Lacerda (PSB), a escolha por uma chapa puro-sangue não se deu pelo fracasso nas negociações com outras siglas. O PMDB estava articulando para ter como vice Eros Biondini (PROS) ou Marcelo Álvaro Antônio (PR). Os dois irão concorrer à PBH.
“Desde o início, eu queria ter um companheiro que tivesse afinidade pessoal, ideológica e política. Não havia convidado o Vanderlei Miranda antes, porque havia essas negociações com outros partidos. Como a maioria dos partidos lançaram candidatura própria, resgatei a minha vontade pessoal”, afirmou o deputado não soube precisar quanto irá gastar na campanha.
PSDB e PPS
O deputado estadual João Leite (PSDB) e o vereador Ronaldo Gontijo (PPS) registraram suas candidaturas a prefeito e a vice-prefeito da capital mineira. Além da presença de tucanos e socialistas, o ato contou com a participação de lideranças de PP, DEM, PRB e PRTB. As siglas formam a coligação Juntos por BH.
Durante entrevista coletiva, o tucano se esquivou de responder diretamente sobre a saída de Paulo Brant da corrida eleitoral e de como será a participação de seu padrinho político, senador Aécio Neves, durante a sua campanha. “Teremos a participação de lideranças desses seis partidos, que juntos governaram Minas e venceram as duas últimas eleições da capital. Também contamos com o apoio de lideranças populares. E esses líderes estarão conosco”, disse Leite.
Ainda de acordo com o parlamentar, não há previsão de quanto ele irá gastar na campanha eleitoral. Conforme determinação da Justiça Eleitoral, na capital mineira, nenhum candidato pode ultrapassar a cifra de R$ 26,6 milhões durante o primeiro turno.
“Sem chance nenhuma (de atingir o teto). Vai ser difícil de arrecadar, mas vamos gastar aquilo que conseguirmos. Estamos preparando uma campanha baseada em andarmos muito e gastarmos pouco. Estamos acostumados com campanhas sem recursos, mas com um apoio popular muito forte”, afirmou o deputado.
Cumprindo o seu sexto mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), João Leite disse que poderá se licenciar do cargo se não conseguir conciliar a campanha com o trabalho na Casa. “Sou um dos mais presentes na Assembleia. A Casa concentrará o seus trabalhos em dois dias da semana. Mas se houver qualquer sentimento meu ou da população de que o meu trabalho na Assembleia possa estar comprometido, eu peço licença”, garantiu.
A chapa também registrou as diretrizes de seu plano de governo. Elas foram divididas em três eixos: cidade cuidadora, cidade dinâmica e cidade transparente.
PR e PSDC
Após ser sondado por diversos partidos, como PMDB e PHS, para concorrer ao cargo de vice, o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PR) registrou, na Justiça Eleitoral, a sua candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte. Ele anunciou que a Professora Rosilene, do PSDC – única legenda que irá apoia-lo no pleito deste ano –, é quem irá compor a sua chapa Mudança de Verdade.
De acordo com o parlamentar, a escolha pelo nome da professora, que não exerce o cargo atualmente, se deu por diversos critérios do grupo político, entre eles o de ser “uma pessoa de caráter” e de ter um “olhar sensível para as áreas mais vulneráveis” da capital mineira.
“Dentro desses critérios, escolhemos uma mulher. Competente, guerreira, uma educadora. Ela tem todos os atributos e características para compor essa chapa”, avaliou o parlamentar.
Marcelo também disse que o fato de o pleito municipal deste ano ser pulverizado e contar com diversos candidatos que têm fortes caciques políticos não irá comprometer a sua candidatura. Segundo ele, essa é uma velha política.
“A cidade vive um momento novo. As pessoas estão rejeitando essa maneira velha de fazer política e de pensar a cidade. Para enfrentar os grande caciques, temos que ter um novo jeito de enxergar a cidade. Vamos enfrentar uma eleição com verdade e sem alianças políticas pensando em 2018, como aconteceu nos últimos dias”, afirmou o candidato, que terá como marqueteiro Paulo Moura, que trabalhou na campanha de Eduardo Campos (PSB) a presidente em 2014.
No primeiro turno, a chapa pretende investir até R$ 4 milhões, o que segundo Marcelo é “uma campanha muito simples”. O teto é de R$ 26,6 milhões.
Com base eleitoral na região do Barreiro, onde obteve o maior número de votos quando se elegeu em 2012 para vereador e em 2014 para deputado federal, Marcelo pretende “multiplicar” esses votos pela cidade. “Quero que o Barreiro sirva como uma caixa de ressonância.