A 32ª Bienal Internacional de São Paulo abre na semana que vem e dá o tom da programação cultural da cidade. As artes visuais enchem endereços públicos e privados com nomes reluzentes. Depois de muitas festas, a abertura da Bienal será no feriado de 7 de setembro. Com o tema Incertezas Vivas, e a curadoria de Jochen Voltz, um alemão que tem uma longa convivência com o Brasil e sua arte, esta edição da Bienal promete ter muita personalidade. Tentando evitar ao máximo os grandes circuitos, convidou muito mais artistas da América Latina, África, Oriente, países bálticos, Reino Unido, e Brasil, claro, do que do centro da Europa e Estados Unidos. A maioria é de jovens e de mulheres. Grande parte das obras foi realizada para a mostra, e muitas foram feitas aqui por artistas estrangeiros. Portanto, inspiradas no momento e no Brasil. A Bienal fica aberta em sua sede do Ibirapuera até dezembro, com entrada gratuita.
Entre os destaques espalhados pela cidade posso citar as exposições de duas coleções particulares importantes: a de Roger Wright, focada na arte brasileira dos anos 60 e 70, que inaugura um comodato com a Pinacoteca; e a de Andrea e José Olympio Pereira, focada na arte brasileira contemporânea, que ocupará a partir de amanhã todos os espaços expositivos do Instituto Tomie Ohtake.
Nos museus, destaque para a mostra A Mão do Povo Brasileiro, no MASP, que tenta reinventar a exposição de mesmo nome que inaugurou o museu em 1969, criada por Lina Bo Bardi depois de viajar o país e reunir milhares de obras de arte popular. E a mostra do MAM, o Útero do Mundo, que reúne 280 obras do acervo do museu, de artistas contemporâneos, que se inspiraram no corpo humano.
Nas galerias, uma profusão de escolhas: desde Vik Muniz, na Galeria Nara Roesler, a Julio Plaza na Marilia Razuk, a Miguel Rio Branco na Galeria Milan. Finalmente, a instalação de Nuno Ramos e Eduardo Climachauska, no Sesc Pompeia. Ufa, um roteiro e tanto
Boa Noite