Feriado musical: Orquestra de Câmara Opus e Sá e Guarabyra lotam Teatro do “Sesc Palladium”



Apresentação no dia 16 de novembro contou com
sucessos e músicas do novo álbum “Cinamomo”;
Flávio Venturini e Paulinho Pedra Azul
estavam na plateia


*Matéria e fotos:

Jornalista e Editor
Felipe de Jesus
Cobertura no Sesc Palladium

[dropcap size=big]P[/dropcap]oucos artistas da música conseguem chegar aos quase 50 anos de carreira com o mesmo pique do início. Alguns são vencidos pelo cansaço e acabam fazendo poucos shows. Todavia, existem os que se mantem ativos na produção musical esbanjando alegria e acima de tudo empolgação nos shows, como, por exemplo, a destacável dupla Sá e Guarabyra. Com uma discografia “impecável” e sucessos conhecidos na boca do povo, eles que criaram o estilo “Rock Rural” se apresentaram no Sesc Palladium (Av. Augusto de Lima, 420 – Centro) no dia 16 de novembro sob convite da magnífica Orquestra de Câmara Opus (Orquestra de Ouro Preto) regida pelo maestro Leonardo Cunha. Na apresentação, sucessos da carreira e releituras que fazem parte de “Cinamomo (2018)”, novo álbum da dupla. O Sesc Palladium ficou lotado.

Sá e Guarabyra com a Orquestra de Câmara Opus.

Para animar a plateia em ritmo de orquestra, eles abriram o show com a belissima canção Harmonia, releitura do álbum “Sá e Guarabyra  (1985)”. Acompanhados pela Orquestra OPUS eles encantaram com o refrão da música. “Harmonia, Harmonia, Harmonia, Harmonia. Harmonia é ver o sol nascer. Com o brilho da lua ainda lá. Harmonia é a rua e é você. É a luz do escuro no olhar. Que desejo tão fácil de se ter. Que presente difícil de ganhar”. Em seguida a dupla animou o público no Sesc Palladium com a famosa “Ziriguidum Tchan” do álbum “Vamos Por Aí (1990)”. Mais um grande refrão conhecido pelo público “Crack, rap, hip hop, rock. Walk, don’t walk now. Ziriguidum tchan”.

“Ziriguidum Tchan” do álbum “Vamos Por Aí (1990)” foi acompanhada pelo público.

Em seguida a dupla magistralmente em companhia da Orquestra OPUS cantou “Roque Santeiro” (sucesso da novela de 1986) ao qual Sá e Guarabyra assinaram boa parte da trilha sonora. Mais uma música bem orquestrada pela OPUS e claro, acompanhada pelo público. “E no ABC do Santeiro. O que diz o A, o que diz o A, O A diz adeus a matriz, O que diz o B, o que diz o B, O B é a batalha da morte, O que diz o C, o que diz o C, Coitado do povo infeliz”. O show também teve espaço para grandes homenagens, como na canção “Caçador de Mim”, escrita por Sá em parceria com Sérgio Magrão, do 14 BIS, sucesso com Milton Nascimento no álbum “Caçador de Mim (1981)”. Linda letra: “Por tanto amor, por tanta emoção. A vida me fez assim. Doce ou atroz, manso ou feroz. Eu, caçador de mim. Preso a canções. Entregue a paixões que nunca tiveram fim. Vou me encontrar longe do meu lugar. Eu, caçador de mim. Nada a temer. Senão o correr da luta”.

“Caçador de Mim” também foi cantada pela dupla.

Presenças ilustres

Se não bastasse a bela apresentação da Orquestra OPUS com Sá e Guarabyra, o show ainda contou com a presença “na plateia” de dois grandes nomes da música nacional: Flávio Venturini e Paulinho Pedra Azul. No momento que eles foram citados por Guarabyra, o público foi ao delírio. Para alegrar, Guarabyra lembrou da letra de “Espanhola”, música que ele compôs com Flávio Venturini nos anos de 1970 quando moravam em São Paulo. Em seguida Sá e Guarabyra tocaram a música. “Te amo espanhola. Te amo espanhola. Se for chorar. Te amo. Sempre assim. Cai a o dia e é assim. Cai a noite e é assim. Essa lua sobre mim. Essa fruta sobre o meu paladar”.

“Espanhola”, música que ele compôs com Flávio Venturini animou ainda mais o público.

Sucessos

Para os fãs mais apaixonados pela discografia da dupla, eles tocaram “Sobradinho”, música do álbum “Pirão de Peixe Com Pimenta (1977)”
que relembra as viagens da dupla pelo Rio São Francisco. “O homem chega, já desfaz a natureza. Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar. O São Francisco lá pra cima da Bahia. Diz que dia menos dia vai subir bem devagar. E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o Sertão ia alagar. O sertão vai virar mar, dá no coração. O medo que algum dia o mar também vire sertão”. A música também já foi interpretada pelo grupo Biquíni Cavadão no álbum “Um Barzinho, Um Violão (2001)”, que traz vários artistas interpretando grande nomes da música nacional.

No fim do show, a Orquestra de Câmara Opus e Sá e Guarabyra fizeram uma foto especial com o público.

Além desses sucessos, a dupla ainda cantou “Mestre Jonas”, “Dona” , “Barulhos” e etc, deixando um gostinho de quero mais nos fãs que pediram ainda, “Zepelim”, “Marimbondo” e outras canções da carreira da dupla. No entanto, a dupla deixou claro que poderão voltar a se apresentar em Belo Horizonte/MG por causa do novo disco “Cinamomo (2018)”. Antes disso, a dupla se apresentará com Flávio Venturini e 14 Bis no Rio de Janeiro. Até lá vamos aguardar para ter novamente uma ótima apresentação da dupla e quem sabe, com a magnífica Orquestra de Câmara Opus.

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