Os setores de comércio e serviços avaliam que o crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, anunciado hoje de manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda está aquém do esperado, pois o País precisa crescer mais rapidamente para retomar a geração de emprego e renda e, com isso, conseguir acelerar o ritmo da atividade econômica.
O dado, porém, tem um lado positivo, pois evitou que o Brasil entrasse em recessão
técnica (caracterizada por dois trimestres seguidos de queda), o que seria negativo para a imagem do País e a confiança na economia. Nossa expectativa é que no segundo semestre o governo consiga acelerar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional e siga implementando medidas que possam estimular a atividade econômica. Reconhecemos todas as ações que já foram realizadas, como a liberação dos saques do FGTS e
PIS/Pasep, além da aprovação da MP da Liberdade Econômica, que ajudam a melhora do ambiente econômico.
Mas precisamos que seja feito mais. A aprovação de reformas, tanto a da Previdência como a Tributária, adicionada a novas iniciativas de estímulos, são necessárias para aumentar cada vez mais a confiança de empresários e consumidores e, consequentemente, os investimentos que geram emprego e renda para todos. É disso que precisamos para permitir que a economia apresente uma retomada consistente e o Brasil um desenvolvimento sustentável. Os setores de comércio e serviços foram importantes para esse resultado, crescendo (0,3%), ficando atrás apenas da indústria, que teve alta de 0,7%. O consumo das famílias, que também está ligado ao comércio e representa mais de 60% do PIB, também cresceu 0,3%. Sair do vermelho depois de três trimestres é positivo, mas ainda é muito pouco perto do que o dinamismo de nosso comércio precisa e merece.
Com a entrada de capital extra na economia no segundo semestre, a tendência é que os resultados do PIB melhorem.
Para tanto é imprescindível também a recuperação do investimento, pois esse é o principal
caminho para a retomada do crescimento da economia brasileira. Na comparação com o segundo trimestre de 2018, o investimento cresceu 5,2%. E em quatro trimestres já acumula alta de 4,3%.
Imagem: Atitude FM
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