Em meio à pandemia do novo coronavírus, a procura por produtos de higiene e limpeza se intensificou em várias partes do país. A busca por máscaras cirúrgicas, por exemplo, registrou um aumento de 624% em relação à semana anterior ao isolamento social, segundo a plataforma Consulta Remédios.
Na contramão do movimento, uma parcela da sociedade segue à margem do vírus que está provocando uma das maiores crises sanitárias mundiais, como moradores em situação de rua. Tendo em vista a alta dos preços e a escassez no mercado de produtos que previnem a disseminação da Covid-19, a Escola Profissionalizante Santo Agostinho (EPSA) promoveu um mutirão para confecção de máscaras de proteção que estão sendo distribuídas gratuitamente a pessoas carentes.
De acordo o diretor da EPSA, Marco Henrique Silva, em apenas três dias foram produzidas cerca de 1300 máscaras para doação. “Isso só foi possível graças ao empenho de um grupo de ex-alunas do curso de Corte e Costura, que apoiaram a causa e receberam os materiais em suas casas para a confecção”, conta.
O diretor explica que a iniciativa compõe uma série de ações sociais conduzidas pela Arquidiocese de Belo Horizonte, em parceria com a Pastoral de Rua, para garantir auxílio emergencial aos mais pobres. “A campanha está arrecadando, também, alimentos e itens de higiene e limpeza”. Interessados em fazer doações devem entrar em contato pelo telefone (31) 9 8374-5587 ou (31) 9 9402-6451.
Com mais de quatro mil pessoas vivendo nas ruas da capital mineira, Marco avalia que a mobilização social é necessária diante do momento delicado que estamos vivendo. “Entre muitas iniciativas de voluntariado que estão acontecendo no país, a produção das máscaras é um gesto solidário e agostiniano em defesa da vida, especialmente daqueles que estão mais fragilizados nesse momento”, analisa.