Toninho Horta – Crédito: Moto Uehara Japão – 2016.
O FIC – Festival Internacional de Corais, Bandas, Congados & Orquestras, elege novo palco para o lançamento de sua 18ª edição: Santuário de Nossa Senhora da Piedade, onde vem para pedir as bênçãos da Padroeira de Minas Gerais para o tema deste ano: SONHOS.
O lançamento da temporada 2020/21, que celebra o Natal e também os 300 anos de Minas Gerais, acontecerá nos dias 19 e 20 de dezembro, na Ermida Nossa Senhora da Piedade – a menor Basílica do mundo -, e na Basílica Estadual das Romarias (Igreja Nova), localizado na bela paisagem da Serra da Piedade, em Caeté, Minas Gerais.
A programação terá início no sábado, 19 de dezembro, às 19 horas, na Basílica Estadual das Romaria (Igreja Nova), com o violonista, cantor e compositor Toninho Horta, ganhador do Grammy Latino 2020.
Em seguida, o Coral Banda Cantos de Minas (BH) e Coral Ensaio Aberto (Contagem) apresentam a Cantata de Natal, sob regência do Maestro Lindomar Gomes, idealizador e realizador do FIC.
O cantor e multi-instumentista senegalês Mamour African Beat encerram a programação da primeira noite do FIC.
Cláudio Venturini e Telo Borges abrem a programação de domingo, 20 de dezembro, com apresentação às 12h30 no Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade (Ermida).
Em seguida, no mesmo local, o violeiro Chico Lobo, mostra ao público seu tradicional repertório de modas, temas instrumentais e canções.
A programação da segunda noite do 18º será finalizada com o Duo Eleonora e a cantora Gabby Cipriani.
As apresentações serão transmitidas ao vivo pela TV Horizonte e seguirão todos os protocolos de segurança em relação ao Covid-19.
Programação itinerante
Após as apresentações de sábado na Igreja Nova e de domingo na ermida (construção do século XVIII, que abriga a imagem da Mãe da Piedade, obra de Aleijadinho), o 18º Festival Internacional de Corais, Bandas, Congados & Orquestra segue em apresentações itinerantes e simultâneas até 31 julho de 2021, em aproximadamente 100 locais de Belo Horizonte e cidades históricas de Minas Gerais, ocupando teatros, centros culturais, Igrejas, escolas, hospitais, asilos, praças, aldeias indígenas e quilombos.
Na abrangência de suas apresentações pela capital e pelo interior, o FIC terá aproximadamente 300 atrações, entre grupos, corais, bandas, orquestras, congados, elencos indígenas e quilombolas, além de artistas convidados. O número é para lembrar os 300 anos de Minas Gerais.
As apresentações de abertura do 18º FIC têm correalização do Santuário Nossa Senhora da Piedade e conta com apoio da Arquidiocese de Belo Horizonte e apoio Cultural da BMA Ambiental, Engesolo e TV Horizonte.
Arte para todos: sonhar e realizar
O sonho é o tema escolhido para esta edição 2020/21 do FIC, porque dos sonhos nascem as artes e as ações; os sonhos inspiram reencontros, atitudes e realizações. Sonhar e, num segundo momento, realizar, pois, como diz uma canção de Raul Seixas, “Prelúdio”, sonho que se sonha junto é realidade”. O FIC atinge a maioridade dos 18 anos com energia e pleno de possibilidades.
O tema do sonho inspirou inúmeras belas canções no Brasil, em diversos estilos, desde os primeiros compositores. Entre as mais conhecidas, elencamos “Sonho meu”, de Dona Ivone Lara, “Travessia”, de Milton Nascimento & Fernando Brant, “Clube da Esquina nº 2 (os sonhos não envelhecem)”, “Quem sabe isso quer dizer amor (estrada de fazer o sonho acontecer)”, ambas de Márcio e Lô Borges, “Planeta Sonho”, de Vermelho e Flávio Venturini, e “Coração Civil” Fernando Brant e Milton Nascimento, “La Bella Luna” (Paralamas do Sucesso), “Pra Sonhar” (Marcelo Geneci), “Sonhando com futuro” (Cláudio Venturini e Telo Borges), “Dona” (Sá & Guarabyra), “Sonhos e Pernas”, de Vander Lee, e “Canto de Desalento”, de Toninho Horta e Rubens Theo, que traz os versos “Sou, mais que o cavaleiro errante/Tudo tive, nada tenho/Sigo atrás de um sonho, só”. É preciso citar também “Sonhos”, de Chico Lobo, outra atração deste 18º FIC, que diz “Aprendi a não estar só/Assim a vida me trás calor/E o desejo aconteceu/Tô na estrada dos sonhos meus”.
Essas letras fazem coro ao poema de Fernando Pessoa: “Eu tenho uma espécie de dever, de dever de sonhar sempre, pois sendo mais do que um espectador de mim mesmo, eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso. E assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, invento palco, cenário para viver meu sonho entre luzes brandas e músicas invisíveis”.
Explorando a dupla significação da palavra sonho é nossa aspiração criar, em locais variados, uma ambiência de encantamento para as pessoas que vão assistir às apresentações, possibilitando o acesso ao bem-estar de alma que a arte pode proporcionar.
O projeto que traz o FIC- Festival Internacional de Corais, Bandas, Congados & Orquestras visa democratizar o acesso à cultura, proporcionando à população o conhecimento e a apreciação de grupos locais, nacionais e internacionais. É uma forma de integração entre variadas formas de manifestações da música e cultura popular e erudita.
É preciso confiar e “sonhar coisas boas que o homem faz”, como dizem Fernando Brant e Milton Nascimento em “Coração Civil”, e “esperar pelos frutos do quintal”.
Programação:
19 de dezembro, às 19 horas, na Basílica Estadual das Romaria (Igreja Nova), Toninho Horta, Coral Banda Cantos de Minas (BH), Coral Ensaio Aberto (Contagem) sob regência do Maestro Lindomar Gomes e Mamour African Beat
Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade (Ermida)
Serra da Piedade, em Caeté, Minas Gerais
20 de dezembro às 12h30
Cláudio Venturini e Telo Borges, Chico Lobo, Duo Eleonora e a cantora Gabby Cipriani.
Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade (Ermida)