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No Dia da Terra, comemorado hoje (22), o BioParque do Rio e o AquaRio promoveram ações educacionais, visando aproximar mais as pessoas da natureza e conscientizar os visitantes sobre a importância da preservação do planeta. Ao mesmo tempo, os dois equipamentos cariocas reiteraram seus compromissos com o meio ambiente.
Com o objetivo de reforçar seu novo conceito de zoológico aliado a ações de conservação integrada, o BioParque do Rio convidou as vinte primeiras famílias que visitaram o local a participar da ação de plantio de mudas nativas da Mata Atlântica. Para o Grupo Cataratas, empresa responsável pela administração do BioParque do Rio e do AquaRio, é importante levar a população a refletir sobre a importância do Dia da Terra e o futuro do planeta porque, ao se incentivar no dia de hoje o desenvolvimento sustentável e as ações para restauração de ecossistemas e biodiversidade, na verdade está se deixando um legado positivo para as próximas gerações.
No AquaRio, a comemoração foi feita de forma diferente. Uma campanha online foi lançada previamente no Instagram com o intuito de estimular as pessoas a compartilharem suas experiências no local, de modo a chamar a atenção sobre a importância da data. Durante a ação, o público foi convidado a postar fotos na atração turística com a hashtag #EuNoAquaRio. Na legenda deviam responder qual o maior aprendizado que tiveram no local. As frases mais criativas concorreram a ingressos para visitação ao aquário, com três acompanhantes, nesta quinta-feira, Dia da Terra.
Criatividade
Algumas das melhores e mais criativas frases selecionadas foram:
Adequação
O biólogo marinho Rafael Franco, responsável técnico pelo AquaRio, informou à Agência Brasil que o equipamento teve que reestruturar os protocolos sanitários contra a covid-19 “para garantir uma visita segura, não só para os visitantes, mas para todos os nossos colaboradores e funcionários, com distanciamento social e higienização dos locais”.
O AquaRio está trabalhando com limitação da capacidade de visitação, devido ao distanciamento determinado pelas autoridades para evitar a disseminação da doença. Rafael Franco estimou que o número de visitantes no período pré-pandemia, de 7 mil pessoas por dia, caiu atualmente para cerca de 2,5 mil/dia a 2,7 mil/dia. A duração do passeio depende do visitante. “Tem visitantes que querem vir só para tirar foto no tanque oceânico com tubarão e tem aquele que gosta de parar para ler todas as informações, conversar com os biólogos. Se eu tivesse que fazer uma média, diria que dura uma hora e meia de visitação, por pessoa”, disse o biólogo marinho.
Seminário
Também hoje (22), em comemoração ao Dia da Terra, o Museu do Amanhã e a organização não governamental (ONG) Conservação Internacional promoveram o primeiro dos dois seminários online “Sementes para o Futuro”. Os seminários propõem a jovens líderes uma reflexão sobre o valor da natureza e o que a população pode começar a fazer agora para garantir um futuro mais sustentável.
O tema debatido no primeiro evento foi: “Qual o valor da natureza para as jovens lideranças?”.A palestra de abertura foi feita por Thomas Lovejoy, ambientalista e biólogo norte-americano especializado em biodiversidade. Participaram também Miguel Moraes, diretor sênior de Programas da Conservação Internacional; Amanda Costa, ativista formada em relações internacionais e empreendedora no Perifa Sustentável; Marilene Rocha Batista, jovem liderança da Reserva Extrativista de Cassurubá; e Muká Yawanawá, liderança jovem da terra indígena do Rio Gregório do Povo Yawanawá.
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No segundo seminário, marcado para o próximo dia 29, às 17h, serão debatidas as soluções do presente para a construção de um amanhã mais sustentável para todos os habitantes do planeta e o que pode reduzir os impactos ambientais. O debate deverá contar com a participação de Luciana Villa Nova, gerente de Sustentabilidade da Natura e responsável pelo Programa Amazônia; Fabio Scarano, professor de ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e Francisco Pianko, ativista indígena e liderança do povo Ashaninka. O seminário poderá ser acompanhado no Youtube do Museu do Amanhã.
Soluções
Vice-presidente da Conservação Internacional no Brasil, Mauricio Bianco salientou que o mundo já está vivendo uma crise climática. “E sabemos que pelo menos 30% das soluções para mitigar os efeitos desta crise advêm da natureza. Por isso, temos que fazer valer a floresta em pé e restaurar cada vez mais florestas. É urgente o debate sobre iniciativas que promovam o desenvolvimento de economias sustentáveis e baseadas na conservação de áreas de extrema importância para as pessoas e para a natureza. Podemos transformar o futuro ao potencializar a restauração de florestas e a bioeconomia, ampliar áreas protegidas, fortalecer a governança de povos tradicionais e indígenas, fomentar o consumo consciente”.
Bianco ressaltou que é preciso criar modelos de financiamento que favoreçam a conservação e estimulem a produção sustentável de commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado externo). “Se engana quem acha que estamos falando apenas de biodiversidade e clima. Estamos falando de empregos, saúde, justiça social, bem-estar. Estamos falando do nosso futuro como humanidade. Precisamos avançar juntos, em um esforço de cooperação global, para alcançarmos um amanhã mais saudável, justo e sustentável para todos”, afirmou.
O diretor executivo do Museu do Amanhã, Ricardo Piquet, sustentou que é preciso reconhecer e valorizar as ideias, projetos e soluções para o futuro que estão sendo desenhados agora. “A construção de novos amanhãs tem que ser coletiva, ou seja, tem que partir de toda a sociedade, numa união de forças entre poder público, empresas, instituições e pessoas”, disse. Ricardo Piquet considera importante que novas lideranças surjam e se somem ao trabalho que outras pessoas já vêm realizando há muitos anos “para, cada vez mais, engajar a sociedade nas mudanças de hábito que precisamos. Um bom caminho é nos inspirar nos que nos disseram que plantar árvores hoje é uma ação que vai garantir os frutos e sombras para as gerações futuras. Essa ideia é a semente que vai fazer germinar nossos futuros”, concluiu.