Adiado por causa da pandemia de covid-19, o Revalida, exame que certifica médicos formados no exterior a trabalhar no Brasil, celebra a segunda fase, com provas práticas neste fim de semana. Desde ontem (10) e hoje (11), os participantes aprovados na primeira etapa fazem provas de habilidades clínicas em 13 cidades brasileiras.
Os participantes do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) estão divididos em dois grupos, que farão as provas em dois períodos distintos. Os exames estão sendo aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A aplicação das provas segue o horário de Brasília. O Inep antecipou, em uma hora, as provas do primeiro grupo, que fará os exames das 13h10 às 17h, com os portões estando abertos das 12h às 13h. O segundo grupo fará o exame às 17h10, podendo sair logo que concluir a avaliação. Os portões estão abertos das 16h às 17h.
Nos dois dias de provas, os participantes percorrem dez estações (cinco em cada dia). Em cada estação, terão dez minutos para realizar tarefas específicas em áreas determinadas, que incluem investigação de história clínica, interpretação de exames, formulação de diagnósticos, demonstração de procedimentos médicos e aconselhamento a pacientes ou parentes deles, entre outras atividades.
As cidades que recebem a segunda fase do Revalida são Belém, Brasília, Campina Grande (PB), Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Maceió, Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina, Uberlândia (MG) e Vitória. O candidato deve estar atento ao Cartão de Confirmação de Inscrição, que traz informações como número de inscrição, data, hora e local de prova. Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda levar o cartão nos dias de prova.
Identificação
Só serão aceitos documentos oficiais de identificação, como carteiras de identidade (emitidas por órgãos públicos brasileiros, no caso de candidatos do Brasil, e pelo Ministério da Justiça, no caso de estrangeiros e refugiados) e de habilitação, passaportes e carteira de trabalho. Os imigrantes também podem apresentar a Carteira de Registro Nacional Migratório ou o Documento Provisório de Registro Nacional Migratório.
A identificação fornecida por ordens ou conselhos de classes e que, por lei, tenha validade como documento de identidade, também poderá ser utilizada. O participante que teve o documento de identificação extraviado, furtado ou roubado poderá apresentar boletim de ocorrência expedido por órgão policial até 90 dias da aplicação. Nesse caso, também pode submeter-se à identificação especial, voltada à coleta de informações pessoais, para comprovar a identidade.
O participante aprovado na segunda etapa estará apto a prosseguir com o processo de revalidação do diploma junto a uma das universidades parceiras. Ao todo, 30 instituições já firmaram o termo de adesão ao exame. A lista das instituições pode ser acessada no portal do Inep.
Pandemia
Essa é a primeira edição do Revalida desde 2017. Na ocasião, cerca de 7,3 mil candidatos fizeram a prova e 393 foram aprovados. Em 2019, o Ministério da Educação alterou o formato do exame, que retornaria no ano passado, mas foi adiado por causa da pandemia de covid-19. Originalmente prevista para 11 de outubro do ano passado, a primeira fase do Revalida 2020 ocorreu em 6 de dezembro do ano passado.
Por causa da superlotação nos hospitais decorrente da segunda onda da pandemia, a segunda fase, que deveria ter ocorrido no primeiro semestre deste ano, passou para julho. Como a prova prática ocorre em unidades de saúde e a maioria dos candidatos é jovem e ainda não foi vacinada, o Ministério da Educação optou por adiar a aplicação para o início do segundo semestre. A primeira fase da edição de 2021 do Revalida está prevista para setembro, com a divulgação dos resultados em novembro.