Governo do Rio e Iguá assinam concessão de saneamento básico



O governo fluminense e a Iguá Rio de Janeiro S.A. assinaram hoje (12) contrato de concessão de saneamento básico da zona oeste da capital e dos municípios de Paty do Alferes e Miguel Pereira, situados no centro-sul do estado. O contrato se refere à concessão dos ativos do bloco 2 da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e terá duração de 35 anos, para os serviços de distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto que servirão cerca de 1,2 milhão de pessoas.

Agora terá início o período de operação assistida, com duração de seis meses, podendo ser antecipada a critério do governo estadual. Nessa fase, a concessionária acompanhará a Cedae, que continuará operando os serviços. Após esse período, a Iguá assumirá de forma definitiva a operação.

O bloco 2 compreende os bairros da zona oeste da capital fluminense da Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Anil, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Pechincha, parte da Praça Seca, Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena e Vila Valqueire, além dos municípios de Paty do Alferes e Miguel Pereira.

Na capital fluminense, a Cedae continuará responsável pela captação de água bruta e o seu respectivo tratamento, enquanto a Iguá se responsabilizará pelos serviços de distribuição de água e de coleta e tratamento de esgoto. Já nos municípios de Paty do Alferes e Miguel Pereira, a concessionária realizará a captação, tratamento e distribuição de água tratada, além dos serviços de esgotamento sanitário. De acordo com a Iguá, o projeto prevê outros benefícios diretos e indiretos à população e ao meio ambiente, entre os quais a conservação de mananciais, melhoria na qualidade de vida, melhoria de saúde e de bem-estar.

Águas do Rio

Já os blocos 1 e 4 tiveram os contratos de concessão assinados ontem entre o governador Cláudio Castro assinou e o Águas do Rio contrato relativo aos blocos 1 e 4, arrematados no leilão da Cedae, em abril passado, pelo Consórcio Aegea, que abrange 26 municípios, além das zonas central, sul e norte da capital. “Eu não tenho dúvidas que essa concessão é um divisor de águas, não só pelo serviço, pelo valor de outorga e pela empregabilidade, mas pela grande mudança que ela vai gerar no Rio de Janeiro. Esse processo retoma para o Estado mais credibilidade. Quando temos dois grupos grandes como a Iguá e a Aegea investindo no Rio, a gente percebe que o tempo no nosso Estado é outro, estamos retomando o crescimento”, avaliou Castro.

O presidente da Iguá Carlos Brandão considerou o momento especial. “Estamos na fase de recrutamento de pessoas, de planejamento e de preparação para essa nova etapa que, com certeza, marcará a nossa história e reforçará o propósito de sermos a melhor empresa de saneamento para o Brasil. Continuamos focados na aquisição de concessões e na formação de parcerias público-privadas para ganhar escala no setor brasileiro de água e esgoto”.

Investimentos

A Águas do Rio terá um total de R$ 24,4 bilhões investidos no Rio de Janeiro, além dos R$ 15,4 bilhões de outorgas. Já a Iguá Saneamento terá cerca de R$ 2,7 bilhões, além do pagamento de mais de R$ 8 bilhões de outorga. As duas já realizaram o pagamento da primeira parcela ao Estado e o valor será repassado aos municípios.

O governo fluminense está trabalhando, desde o leilão, na modelagem da nova concessão do bloco 3 da Cedae, que não teve vencedores. A expectativa é que o leilão seja efetuado ainda este ano. Originalmente com sete cidades, o novo bloco já conta com 17 municípios.

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