O Ministério da Saúde lançou hoje (25) o Dia D de vacinação contra a raiva. Neste ano, a pasta escolheu as cidades de Corumbá e Ladário, no Mato Grosso do Sul, para reforçar a campanha.
O objetivo é alcançar alta e homogênea cobertura vacinal em cães e gatos domésticos, com a finalidade de formar barreira de proteção, mantendo a interrupção da transmissão.
A pasta espera imunizar 35 mil cães e gatos na região fronteiriça com a Bolívia. A vacinação também ocorrerá nas cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suarez.
Desde 2017, os dois países cooperam para eliminar a raiva humana transmitida por cães e gatos. Nenhum caso de raiva humana foi registrado neste ano. Apenas quatro casos em cães foram registrados, ocasionados pela variante de animais silvestres.
“Nós estamos iniciando hoje, em um evento binacional na fronteira entre Brasil e Bolívia, a campanha nacional de vacinação contra raiva. Essa é uma importante ação de saúde pública, na qual queremos atingir uma cobertura vacinal acima de 70% entre cães e gatos”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, durante a abertura do evento em Corumbá (MS).
O governo investiu R$ 49 milhões para a aquisição do imunizante e está prevista a distribuição de cerca de 30 milhões de doses para todas as unidades da Federação.
Para vacinar o animal, basta o tutor levá-lo até o posto mais próximo, com documentos pessoais e, preferencialmente com a carteira de vacinação do pet. As vacinas são fornecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Ministério da Saúde informou que entre 2010 e 2020, foram registrados 39 casos de raiva humana. Desses, nove tiveram o cachorro como animal agressor, 20 por morcegos, seis por outros animais silvestres e quatro por felinos.
“Alguns sinais podem indicar a ocorrência de raiva em cães, como alterações de comportamento, falta de apetite, desatenção, elevação da temperatura, aumento das pupilas, reflexo dos olhos lentos. Conforme a doença se agrava, também é possível perceber a dificuldade em engolir, salivação em excesso, falta de coordenação das patas e paralisia. A partir dessa etapa, a raiva costuma evoluir rapidamente para o óbito”, informou o ministério.