O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb) informou hoje (21) que acompanha o movimento de tanqueiros nas bases de abastecimento de Campos Elíseos, na Baixada Fluminense. Os tanqueiros fazem manifestação contra o preço dos combustíveis e do frete. Bases de Campos Elíseos foram fechadas para evitar tumultos.
O Sindcom informou que caminhões-tanque estão conseguindo entrar nas bases de distribuição, escoltados pela Polícia Militar, para fazer, exclusivamente, o carregamento das empresas de ônibus da cidade. A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou “que policiais militares do 15ºBPM (Duque de Caxias) acompanham uma manifestação em Campos Elíseos”.
De acordo com a secretaria, até o momento, “o ato ocorre de forma pacífica, não há registro de prisão ou apreensão”.
“Os postos revendedores do Rio seguem aguardando a normalização das entregas para poder atender a sua clientela até o fim de semana”, informou o Sindcomb, em nota.
Segundo o sindicato, no local operam as principais distribuidoras de combustíveis como a Vibra, a Raízen, uma joint venture criada a partir da união de parte dos negócios da Shell e da Cosan, e a Ipiranga, do Grupo Ultra.
Hoje à tarde, o sindicato vai fazer uma avaliação do movimento que começou nas primeiras horas desta quinta-feira. No final do dia, fará um balanço dos reflexos da suspensão das operações. Conforme o Sindcomb, os estoques nos postos já estão baixos, esperando as entregas previstas para hoje. Caso a entrada dos caminhões não seja liberada ainda hoje, é possível que tenham problemas de abastecimento de combustíveis para fazer os estoques de fim de semana.
Os postos costumam trabalhar com estoques ajustados à demanda, por isso, não têm reservas extras. Normalmente, os pedidos às distribuidoras são feitos nas quintas e sextas-feiras para o fim de semana. A expectativa do sindicado é que a abertura das bases de abastecimento seja feita nesta tarde.
A Petrobras informou “que não há impacto às operações da companhia, em suas unidades operacionais”. A Agência Brasil tentou contato com a direção do sindicato da categoria de tanqueiros no Rio, mas não obteve resposta até agora.