A capacidade disponível de armazenagem agrícola no Brasil atingiu 180,6 milhões de toneladas no primeiro semestre deste an, volume 2,5% superior ao do período anterior. O número de estabelecimentos de armazenamento cresceu 2,5% em relação ao segundo semestre de 2020, e o maior número deles está no Rio Grande do Sul (2.112), seguido por Mato Grosso (1.363) e Paraná (1.334).
Com 44,4 milhões de toneladas, o estado de Mato Grosso é também o que tem a maior capacidade de armazenagem do país. O Rio Grande do Sul e o Paraná têm capacidade de 34,3 milhões de toneladas e 32,6 milhões de toneladas, respectivamente, e o silo é predominante nesses estados. Esses são dados da Pesquisa de Estoques, de janeiro a junho deste ano, divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estoque de produtos agrícolas somou 59,2 milhões de toneladas, com elevação de 12% ante ao 52,9 milhões de toneladas de 30 de junho do ano passado. Entre janeiro e junho de 2021, o número de estabelecimentos aumentou nas regiões Sul (5,7%), Nordeste (3,8%) e Norte (1,7%) e caiu nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, 1,1% e 0,6%, respectivamente.
Entre os cinco principais produtos agrícolas existentes nas unidades armazenadoras, os estoques de soja são os que têm maior volume (36,7 milhões de toneladas), seguidos pelos de milho (11,4 milhões), arroz (5,5 milhões), trigo (2,4 milhões) e café (1,0 milhão). Na soja, o crescimento nos estoques, nos primeiros seis meses do ano, representou 19,3%; no de arroz, 33,8%; no de trigo, 29,3%; e no de café, 14% frente ao primeiro semestre de 2020. O estoque de milho, no entanto, caiu 14,2%.
Esses produtos constituem 96,2% do total estocado entre os monitorados por esta pesquisa. Os 3,8% restantes são compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.
Silos
O IBGE informou que os silos predominam no país, em relação à capacidade útil armazenável. No primeiro semestre, armazenaram 90,4 milhões de toneladas, o que equivale a 50,0% da capacidade útil total. Na comparação com o segundo semestre de 2020, a capacidade dos silos subiu 3,6%.
Os armazéns graneleiros e granelizados chegaram a 67,7 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável. Isso é 2,4% superior ao volume registrado no período anterior. Conforme o IBGE, este tipo de armazenagem é responsável por 37,5% do total zenagem nacional.
Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis, alcançaram 22,5 milhões de toneladas. O número é um recuo de 1,6% em relação ao segundo semestre de 2020. Segundo o órgão, esses estabelecimentos contribuem com 12,5% da capacidade total de armazenagem.
Regiões
Entre as regiões, o Sul predomina, sendo responsável por 62,7% da capacidade armazenadora da região e 50,3% da capacidade total de silos do país. No Centro-Oeste, com 54,0% da capacidade da região, os silos têm relação com os do tipo graneleiros e granelizados que aparecem com mais intensidade e 55,9% da capacidade total.
Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis estão em grande parte da Região Sul (34,9%), seguido pela Região Sudeste (31,5%). Juntas, as duas regiões correspondem a 66,4% da capacidade total deste tipo de armazéns no país.
Estabelecimentos
A pesquisa apontou alta de 2,5% no número de estabelecimentos ativos, que chegaram a 8 098 no primeiro semestre de 2021 em relação ao segundo semestre do ano passado.
As regiões Sul, Nordeste e Norte tiveram alta de 5,7%, 3,8% e 1,7%, respectivamente, no número de estabelecimentos. Em movimento contrário, as regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram recuo de 1,1% e 0,6%.