Quer viajar com seu bichinho? Antes de tudo, é preciso ter cuidado



Veterinário dá dicas de como levar seu melhor amigo na viagem sem prejudicar a saúde dele

 

Após um longo período de restrições e sem poder viajar, as pessoas estão aproveitando o fim de ano para descansar e passear. Algumas pessoas que tem bichinho de estimação e querem o levar na viagem, precisam seguir alguns cuidados. “É importante se planejar, pois há cuidados específicos para não ter problemas e manter o bem-estar do pet”, frisa o veterinário Luiz Fernando.

Também é necessário  ficar atento às mudanças climáticas durante e após o deslocamento. “Ao viajar para locais muito quentes, o pet deve ter água fresca à vontade, os passeios devem ser feitos até as 10h ou após as 17h para que não haja o risco de queimaduras no asfalto quente”, aconselha.

Cuidados específicos

O veterinário separou algumas dicas fundamentais. Veja:

Consulta

Tudo deve começar com uma ida ao veterinário,  é preciso saber se o pet tem condições de fazer a viagem. Cães muito novos e que não tomaram as vacinas, por exemplo, não são elegíveis para embarcar nessa aventura. Os mais velhos ou doentes também podem não ser indicados. Além disso, cães ansiosos ou que já demonstraram insatisfação nesse tipo de passeio exigem atenção especial. “É o veterinário quem pode dar a autorização para a viagem e indicar os melhores cuidados. Se for o caso, ele ainda pode ministrar componentes que deixam o pet calmo no momento do deslocamento”, explica Luiz.

Transporte

Em seguida é preciso fazer uma boa avaliação sobre o meio de transporte. Recentemente, houve dois casos de cães que morreram durante uma viagem de avião.

Carro

No caso do transporte de carro, deixe de lado aquela ideia de ter o cão livre, com a cabeça para fora da janela enquanto o vento bate, visto que pode causar problemas de ouvido e acidentes com outros veículos. Além disso, se estiver solto o cachorro pode atrapalhar a sua direção ou se machucar em uma freada abrupta.

Ônibus

Conheça as regras de cada aviação. Há companhias que exigem uma passagem exclusiva para o pet enquanto outras não. Também pode haver alguma limitação quanto ao número de animais dentro do ônibus. “Em todas o transporte é condicionado ao uso da caixa adequada para que ele siga em segurança. Antes da viagem confirme com a companhia responsável pela linha para evitar problemas no embarque”, alerta.

Avião

No caso dos aviões o procedimento depende do porte do animal. Cães pequenos devem estar em caixas de transporte entre 7 e 10 quilos e vão na própria cabine. Os de médio e grande porte precisam ficar em caixas de material reforçado e seguro. Eles são levados no compartimento de carga durante todo o trajeto. “Cada companhia aérea tem suas regras e elas devem ser conhecidas antes. Se for o caso de uma viagem internacional, não deixe de ver o que diz o país de destino sobre o assunto”, sugere o especialista.

Documentação 

Outro ponto importante de viajar com cachorro é a documentação exigida. Por questões sanitárias, é comum ter que apresentar alguns documentos. “De carro ou de ônibus basta mostrar um atestado do veterinário que indique as condições de saúde. O profissional deve ser registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) para o documento ser válido. Já em viagens de avião, e principalmente nas internacionais, a lista é mais extensa. É preciso dar a vacina antirrábica com, no mínimo, 30 dias de antecedência. Após esse período, ele será testado e um laudo será emitido”, esclarece.

Prevenção

Ninguém quer levar o cão para viajar e terminar o passeio se coçando por causa de pulgas, carrapatos e outros parasitas. “O ideal é dar um banho profissional a fim de preparar o companheiro para a aventura. Para prevenir problemas durante a viagem, considere dar um ativo de ação contínua”, revela o veterinário.

Alimentação

Para evitar acidentes é preciso tomar cuidado com a alimentação. A movimentação do carro, do ônibus e até do avião pode deixar o seu companheiro enjoado. Se ele tiver comido antes, corre o risco de sofrer náuseas e ficar indisposto. “O melhor jeito de evitar isso é não alimentar seu parceiro até 3 horas antes da partida. Apenas garanta o consumo suficiente de água para não ocorrer a desidratação. Se ele come algum tipo de ração especial, não se esqueça de levá-la na bagagem”, orienta.

Seguir esses cuidados é fundamental para evitar contratempos e ter um bom passeio. “Dessa forma, tanto você quanto seu pet terão um ótimo passeio e poderão ter momentos únicos juntos”, finaliza Luiz.

 

Fonte: Luiz Fernando, Médico veterinário na Clínica Veterinária Professor Israel.

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