Especialistas dão dicas de investimento e segurança para quem pretende trabalhar com as moedas digitais
Depois de um período de recessão e oscilações, ainda é viável investir em criptomoeda? A resposta é sim! “Negociado abaixo de US$ 42.000,00 no começo de 2022, de acordo com o CoinMarketCap, o Bitcoin ainda pode voltar a subir e não deve ser o único a se beneficiar do ciclo de prosperidade dos criptoativos”, explica o professor e consultor financeiro Silvio Azevedo.
É um bom momento para investir em criptomoedas com visão de longo prazo. “Há grande potencial de valorização do Bitcoin nos próximos quatro ou cinco anos. Em meio à expansão monetária americana e o aumento da inflação, a proteção mais indicada para os investidores é o Bitcoin e este é o melhor momento para se posicionar no ativo”, revela.
É importante ressaltar que nenhum retorno ao investir em criptomoedas é garantido e os riscos são grandes, já que estes ativos estão sujeitos a fortes oscilações. “O investidor precisa conhecer o seu perfil de risco antes de tomar qualquer decisão”, pontua Silvio.
Assim como a escolha de outros ativos no mercado, como ações e fundos, as criptomoedas também exigem muito estudo por parte dos investidores. “Conhecimento, preparação e muito questionamento são a base para garimpar boas oportunidades”, frisa.
Vantagens e segurança
O advogado criminalista Ciro Chagas, especialista em sistema financeiro, explica que desde 2009, o Bitcoin é uma moeda digital bastante conhecida, que não se associa a qualquer banco ou entidade financeira, apoiando-se numa tecnologia chamada blockchain que tem como objetivo evitar fraudes. “Você pode transferir fundos de A para B em qualquer parte do mundo sem precisar de um terceiro para concluir a tarefa. Elas funcionam como meio de troca, facilitando as transações comerciais”, completa.
Por não haver instituição centralizada que verifique todas as transações, também não há necessidade de esperar dias e dias até receber o seu pagamento. “As transações Bitcoin são processadas rapidamente, geralmente numa fração do tempo das transações tradicionais. E por ser uma moeda global, não vinculada a algum governo ou empresa, ignora as restrições de fronteira”, destaca o advogado.
Assim como as demais moedas, o Bitcoin flutua em termos de valor. No entanto, é geralmente menos estável do que os pagamentos e moedas a que está habituado. Além disso, movimentações do mercado também exemplificam a força das criptomoedas. A VISA, por exemplo, planeja lançar um cartão que faz conversão direta de criptomoedas para dinheiro, que poderá ser utilizado em 70 milhões de estabelecimentos em todo o mundo. “Bancos digitais e fintechs já começam a pensar e lançar soluções com cashback em criptomoedas. Vale a pena acompanhar as movimentações do mercado nesse sentido”, finaliza.
Fonte: Ciro Chagas, advogado criminalista, especialista em sistema financeiro (@prof.cirochagas).
Fonte: Sílvio Azevedo, administrador de empresas, com ampla experiência no setor bancário e consultoria, especialista em mercado e educação financeira. Membro do MDRT (Million Dollar Round Table).