Bruna Kalil – créditos Estúdio Ventana – Mateus Lustosa.
Presidente da AML conversa com Bruna Kalil em vídeo disponível a partir de 24/03 no canal de youtube da AML
A escritora e ativista Patrícia Galvão é tema de importante conversa na Academia Mineira de Letras, em que a escritora Bruna Kalil é entrevistada pelo presidente da AML, Rogério Faria Tavares e compartilha muito de seu conhecimento a respeito da obra e do legado de Pagu. O público pode conferir o evento a partir das 11h do dia 24 de março, no canal de YouTube da AML.
O evento acontece no âmbito do Plano Anual de Manutenção AML (PRONAC 203709), realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e duzentos médicos cooperados e colaboradores – e da CEMIG. Copatrocínio da Tambasa.
A poeta e pesquisadora Bruna Kalil Othero fala sobre seu livro “Oswald pede a Tarsila que lave suas cuecas”, premiado pelo Ministério da Cultura, em 2018, e explica o seu interesse em estudar o Modernismo, além de analisar o legado do Movimento para a história da Cultura no Brasil.
A escritora, dramaturga, crítica, jornalista, ativista e cartunista Patrícia Galvão, a Pagu, tem destaque ao longo da entrevista. Bruna é estudiosa da obra de Pagu, de quem a escritora comenta o livro de estreia, “Parque Industrial”, escrito em 1931 e lançado em 1933, quando a autora tinha apenas vinte e dois anos.
Conhecido como o primeiro romance proletário da Literatura Brasileira, “Parque Industrial” mostra a tensão entre os burgueses e os operários na São Paulo dos anos trinta e apresenta personagens inesquecíveis, como Rosinha Lituana, Alfredo Rocha e Corina. Muito à frente de seu tempo, o livro aborda questões até hoje atualíssimas, como o racismo, o machismo e os limites do feminismo.
Na entrevista, Bruna Kalil afirma que o bairro operário do Brás, na capital paulista, é também um ‘personagem’ fundamental de “Parque Industrial”. Ao contrário do que grande parte da crítica afirma, o tom panfletário muitas vezes encontrado nessa narrativa não é um defeito, mas uma qualidade da obra de Pagu. Finalmente, a entrevistada reflete sobre o rico legado de Patrícia Galvão que, para ela, é um forte exemplo de uma mulher múltipla e que soube, como poucas, afirmar sua liberdade.
Além das palestras e entrevistas on-line inéditas que integram sua programação, a Academia Mineira de Letras disponibiliza mais de 300 palestras já realizadas, para que o público possa ver e rever.
Sobre a entrevistada:
Bruna Kalil Othero é escritora brasileira, performer, professora e pesquisadora. Atualmente cursa PhD em português na Indiana University (EUA). Mestra em literatura brasileira pela UFMG, pesquisou a literatura erótica-pornográfica de Hilda Hilst. É autora das obras de poesia Oswald pede a Tarsila que lave suas cuecas (2019, premiado pelo Ministério da Cultura), Anticorpo (2017), Poétiquase (2015), e do livro-objeto de ficção Carne (2019). Organizou as coletâneas A Porca Revolucionária: ensaios literários sobre a obra de Hilda Hilst (2018) e Poéticas do devir-mulher: ensaios sobre escritoras brasileiras (com Constância Lima Duarte e André Magri, 2019). Seu livro inédito Tinha um Pedro no meio do caminho foi premiado pela Secretaria Especial de Cultura (2019).
SERVIÇO:
Entrevista on-line “Pagu”, com Bruna Kalil
Data: a partir de 24 de março, às 11h
Acesso: Youtube.com/c/AcademiaMineiraDeLetras
Instituto Unimed-BH
Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, ampliar o acesso à cultura, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$140 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo patrocínio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores. No último ano, mais de 7 mil postos de trabalho foram gerados e 3,9 milhões pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Clique aqui e conheça mais sobre os resultados do Instituto Unimed-BH.
Cemig
De onde vem a nossa força?
A Cemig, maior patrocinadora cultural de Minas Gerais, acredita na importância e na valorização da arte e da cultura para o desenvolvimento humano, econômico e social de uma população como possibilidade do alcance de um futuro melhor para as novas gerações.
A preocupação da empresa em promover a socialização e a democratização do acesso aos bens culturais do estado se baseia principalmente no compromisso da Cemig com a transformação social e inclusão, uma oportunidade de dialogar e trazer melhorias para a comunidade.
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