Estabelecimento não conseguiu reabrir as portas. Empreendedor viralizou nas redes sociais ao desabafar sobre o caso: “Idiota é pouco”
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Mesmo com o restaurante fechado por cerca de onze meses, por conta da pandemia, o empreendedor argentino Tito Loizeau contou em um post nas redes sociais que fez questão de manter em dia o pagamento dos salários de seu 20 funcionários. No entanto, quando os chamou para voltar ao trabalho, 14 deles o avisaram que já estavam trabalhando em outro lugar.
Loizeau é dono do restaurante El Capitan, em Buenos Aires, e tem uma temática inspirada na Hollywood dos anos 1930. Ele inaugurou o estabelecimento em junho de 2019 e fechou as portas em 3 de março, devido às resoluções das autoridades locais para diminuir a propagação do novo coronavírus.
De acordo com informações do jornal argentino El Clarín, o restaurante está localizado em uma região conhecida por ter muitos cinemas, dentro do shopping center Norcenter. Dessa forma, a maior parte do público visitava o local após assistir a algum filme.
Em seu Twitter, Loizeau contou que achava que a quarentena duraria apenas 15 dias, mas, como todo o mundo percebeu, foi bem além disso. O empreendedor recorreu a um programa do governo que pagou metade dos salários, enquanto o estabelecimento arcou com os outros 50%. Ele estima ter desembolsado o equivalente a cerca de R$ 125 mil (2,5 milhões de pesos argentinos).
As salas de cinema na Argentina foram reabertas onze meses após o início da pandemia. Dessa forma, Loizeau se preparou para voltar ao trabalho. Ele enviou uma mensagem para os funcionários em um grupo de WhatsApp, mas não obteve nenhuma resposta.
Assim, ele passou a procurar cada um, individualmente, por mensagem privada. Foi aí que soube que 14 deles já estavam empregados em outras empresas – e que não voltariam para a reabertura do local.
Loizeau desabafou no Twitter com o seguinte texto: “Após 12 meses fechados por quarentena, o governo decidiu permitir os cinemas. Portanto, reabrimos o El Capitan. 11 meses pagando salários de 20 pessoas. Agora eu os chamo para trabalhar e 14 dos 20 estavam trabalhando em outro lugar. [me achar um]Idiota é pouco para o que eu sinto“.
Seu post acabou viralizando e recebendo diversas mensagens de apoio. Apesar da chateação, Loizeau disse ao Clarín que não pretende iniciar uma ação judicial contra ninguém – apenas aguarda a carta de demissão dos funcionários.
O empreendedor diz que não sabe se vai reabrir o estabelecimento com apenas seis funcionários, e não se sente seguro para novas contratações, em meio às incertezas de novas restrições. “E se eu abrir agora e, em maio, os casos aumentarem novamente? Eles vão ter que fechar tudo novamente. Queremos ter certeza de que valerá a pena antes de abrirmos”, disse ao jornal.