O programa Guardiões do Brasil – Fronteiras realizou 14 operações nas fronteiras em 2021 e, segundo o secretário de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Alfredo Carrijo, prendeu mais de 3.500 pessoas, o que causou um prejuízo estimado para as organizações criminosas de R$ 1,25 bilhão. “O efeito desse prejuízo aos criminosos também reflete em economia ao erário, que foi em torno de R$27,5 bilhões”, disse Carrijo durante entrevista nesta segunda-feira (27) ao programa A Voz do Brasil.
O secretário explicou que o programa visa a prevenção, o fortalecimento, a fiscalização e o controle dos crimes transnacionais. “Eu acho que todo o problema que a gente vê na fronteira, ele reflete nos centros urbanos. O combate que nós fazemos nas fronteiras visa justamente impedir que aquela arma ou aquele entorpecente chegue nas nossas capitais ou então em outros países, por isso a importância desse combate logo ali para tentar já impedir esses criminosos ou que o produto desses crimes chegue às nossas cidades”, disse.
Carrijo explicou que a Seopi trabalha na atuação integrada dos órgãos de segurança e servir de apoio para as forças de segurança, principalmente as dos estados. “As organizações criminosas estão atuando de uma maneira cada vez mais organizadas, então, além da violência eles estão buscando recursos tecnológicos, novas técnicas de lavagem de dinheiro, uma série de fatores que dificultam o combate a este tipo de atividade ilícita. Nesta realidade é crucial a união dos órgãos de segurança pública”, disse.
Segundo o secretário, desde 2019, o Ministério da Justiça vem investindo em operações integradas, compartilhando dados, informações, desenvolvendo tecnologias avançadas, disponibilizando principalmente ferramentas para que a junção desses esforços possa melhorar o combate ao crime.
Este ano, a Seopi participou de 22 operações integradas e apoiou mais 149 ações policiais. Foram mais de 10 mil pessoas presas ou apreendidas, a apreensão de mais de 1.500 armas de fogo e de mais de 190 toneladas de drogas. “Esse trabalho de integração tem uma capacidade de demonstrar quase de imediato o que motiva esse trabalho integrado. São números muito expressivos”, disse.
Veja aqui a entrevista completa:
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