Saúde do homem: 40% dos casos de infertilidade no casal são devido a problemas masculinos



Crédito: Leo Horta.

Especialista da Huntignton Belo Horizonte destaca as principais causas de infertilidade masculina

 

Dia 15 de julho é considerado o Dia Nacional do Homem, data criada com o objetivo de destacar e reforçar a importância dos cuidados com a saúde masculina. Estudos apontam que mais da metade desse público não têm o hábito de ir a consultas de rotina e que só procuram um médico quando são acometidos por doenças mais sérias e, muitas vezes, já em estágios avançados. A saúde do homem também é tabu quando o assunto é infertilidade. Poucos têm conhecimento de que quando um casal tenta engravidar e não consegue, há 40% de chances de o problema estar no homem.

 

A infertilidade masculina corresponde à incapacidade numérica ou funcional do espermatozóide em fecundar o óvulo e resultar na gravidez. Muitas vezes a capacidade reprodutiva do homem pode ser influenciada por hábitos de vida como fumar, ingerir bebidas alcoólicas frequentemente, estar acima do peso ou fazer uso de drogas ilícitas, por exemplo, diminuindo a produção e a qualidade dos espermatozoides.

 

Além de poder estar relacionada com os hábitos de vida, a infertilidade do homem também pode ser devida a alterações no sistema reprodutor, infecções, alterações hormonais ou genéticas, ou ser consequência da varicocele, dilatação anormal das veias testiculares que interfere diretamente na produção dos espermatozoides.

 

“É importante que a causa da infertilidade seja identificada para que o urologista possa indicar o tratamento mais adequado, que pode ser com mudanças nos hábitos, o uso de medicamentos, hormônios ou realização de cirurgia”, afirma o urologista da Huntington Belo Horizonte, Dr. Eduardo Mourthé.

 

A seguir, o médico destaca as principais causas de infertilidade masculina.

 

1. Hábitos de vida

Alguns hábitos e estilo de vida podem diminuir a capacidade reprodutiva do homem, como fumar, beber e estar acima do peso, por exemplo, isso porque pode levar a alterações metabólicas e hormonais, o que pode alterar o potencial fértil dos espermatozóides.

 

2. Varicocele

A varicocele é a causa mais frequente de infertilidade no homem e corresponde à dilatação das veias do testículo, o que promove acúmulo de sangue e aumento da temperatura local, interferindo diretamente na produção e na função dos espermatozoides. O exame físico pode ser desafiador, e a experiência do médico é fundamental.

 

 

3. Infecções no aparelho reprodutor

Algumas infecções no aparelho reprodutor masculino podem atingir os testículos e ter como consequência alteração no processo de produção, como pelo vírus da Caxumba, mas também em outras infecções como ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como na clamídia e gonorréia.

 

4. Problemas na ejaculação

Algumas situações relacionadas com a ejaculação, como ejaculação retrógrada ou ausência dela, e até mesmo anorgasmia (ausência de orgasmo) e disfunção erétil, podem prejudicar de alguma maneira o encontro do óvulo com o espermatozóide, dificultando todo o processo fértil.

 

5. Alterações hormonais

As alterações hormonais, principalmente no que diz respeito à quantidade de testosterona circulante, também podem causar infertilidade. Além disso a elevada produção de prolactina, alterações na tireoide, uso de anabolizantes, presença de tumor na hipófise e realização de radioterapia também podem interferir na capacidade reprodutiva do homem.

 

6. Problemas genéticos

Os problemas genéticos fazem com o que homem naturalmente não tenha espermatozoides no sêmen ou que produza espermatozoides em uma quantidade muito reduzida, fazendo com que não ocorre a fecundação do óvulo da mulher.

 

 

Como é feito o diagnóstico

 

O principal exame que é realizado para avaliar e diagnosticar a infertilidade masculina é o espermograma, que deve ser recomendado pelo urologista, e que tem como objetivo avaliar a quantidade e a qualidade do espermatozoide produzido. Esse exame é feito a partir da análise em laboratório de uma amostra de sêmen que deve ser coletada no próprio dia no laboratório após masturbação.

 

Além do espermograma, o principal exame na investigação fértil, alguns outros exames podem ser solicitados após o exame físico do paciente.  Assim, pode ser indicada a realização da dosagem de testosterona, dos hormônios tireoidianos e da prolactina, exame de urina, ultrassom pélvico, por exemplo.

 

 

Tratamentos

 

Os principais tratamentos para infertilidade masculina viaram entre simples mudanças de hábitos, passando por medicamentos, cirurgias, e técnicas de reprodução assistida.

Entre os tratamentos medicamentosos, destacamos antibióticos, estímulos para produção própria de testosterona (endógena), e medicações para criar um ambiente celular adequado para o desenvolvimento dos espermatozoides.

 

As principais intervenções cirúrgicas são direcionadas à correção da varicocele e às tentativas de reconexão dos ductos que compõem o cordão espermático, como acontece na reversão da vasectomia.

A maior parte dos casos de infertilidade masculina, contudo, recebe indicações para reprodução assistida, como a forma de tratamento que pode ser mais bem-sucedida.

 

Entre as principais técnicas de reprodução assistida disponíveis hoje, a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro) são as únicas que podem ser indicadas para o tratamento da infertilidade masculina, sendo a FIV com ICSI a mais indicada.

 

 

Sobre a Huntington Belo Horizonte

A Huntington Belo Horizonte atua há 23 anos como especialista em reprodução assistida na capital mineira. A clínica, que desde 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento de excelência, primando pelo acolhimento aos seus pacientes. Fundada em fevereiro de 1999 pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO, a Huntington Belo Horizonte é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana.

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