O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou hoje (21) que a crise energética na Europa, gerada pela invasão russa à Ucrânia, abre uma oportunidade para o Brasil. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, ele disse que as indústrias procuram um local onde a energia seja acessível e o país oferece isso.
“Para se ter uma ideia, o Brasil tem um custo de energia de 40 euros por megawatt. Na Europa, está tabelado a 200 e chegou a bater 1.000. Com esse movimento de encarecer energia na Europa, muita indústria vai ser transferida pro Brasil, olhando a oportunidade dessas energias limpas que o Brasil tem”, explicou.
Segundo ele, o Brasil já produz muita energia limpa, entre elas a eólica, a solar e a biomassa, e ainda tem potencial para ampliá-la.
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Segundo ele, o Brasil já produz muita energia limpa, entre elas a eólica, a solar e a biomassa, e ainda tem potencial para ampliá-la.
COP27
Segundo ele, o Brasil aproveitará a COP27, próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece em novembro, no Egito, para apresentar essas oportunidades de investimento no país.
Joaquim Leite disse que o Brasil terá um estande de 300 metros quadrados e apresentará os temas energias verdes, a indústria e o agro sustentável.
“A gente vai levar a oportunidade de você empreender e investir no Brasil especialmente por causa das energias verdes e desse volume de energia que o Brasil tem excedente. A gente está desenhando para ser uma conferência do clima de um Brasil real e sustentável”.
Renovação de frota
Na entrevista, o ministro falou ainda sobre a proposta do governo federal de criar um programa de renovação de frota de automóveis no país, como uma forma de estimular a indústria automobilística e colocar veículos mais energeticamente eficientes em circulação.
“O governo federal está desenhando um programa de renovação de frotas sustentável. A gente tirar esse veículo e transformá-lo em sucata para uma economia circular, através de um incentivo econômico, isso, com certeza, teria um impacto nesse setor da economia, que é o automobilístico, e teria um impacto no meio ambiente de forma bastante positiva”.