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Além de manobras militares, serão feitos treinamentos de busca e salvamento em parceria com a Marinha da Argentina e a do Uruguai. “O Brasil resgata centenas de pessoas todos os anos, em condições difíceis, no mar e nos nossos rios, então haverá também um treinamento de busca e salvamento”, disse o comandante da Marinha brasileira, almirante Almir Garnier Santos.
Os exercícios serão conduzidos entre o litoral sul do Rio de Janeiro e o sul do Espírito Santo, o que inclui os campos petrolíferos da Bacia de Campos.
“Os exercícios versam sobre todas as tradicionais manobras que exercitamos no mar, seja a aproximação de navios para transferência de cargas, sejam manobras de operações de submarinos, de operações aéreas, de combate aéreo”, disse o comandante da esquadra, almirante Arthur Bettega.
Além do Brasi, participam da edição deste ano da Unitas Estados Unidos, Belize, Camarões, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Equador, Espanha, França, Guiana, Jamaica, México, Namíbia, Panamá, Paraguai, Peru, Reino Unido, República Dominicana e Uruguai.
Revista naval
Também hoje, em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro passou em revista os cerca de 20 navios que participam da Operação Unitas.
Segundo o comandante da Marinha, evento semelhante foi realizado no Centenário da Independência, em 1922. “O que é uma revista naval? É um ato de deferência dos navios de países amigos para uma autoridade importante do país. Em geral, se faz isso para presidentes da República. Em 1922, o presidente Epitácio Pessoa esteve bordo do cruzador Barroso, por exemplo.”
De acordo com a Marinha brasileira, as comemorações dos 200 anos da independência brasileira devem ser realizadas até 2023. Em novembro deste ano, comemoram-se, por exemplo, os 200 anos da Esquadra do país. “A Marinha foi fundamental na consolidação da independência porque, naquela época, não havia rodovias, ferrovias. Era como se [os estados e cidades brasileiras] fossem várias ilhas: a ilha da Bahia, a ilha do Recife, a do Rio de Janeiro. A forma de integrar a nação era por meio de navegação”, explicou o comandante da Marinha.
“A independência foi declarada em 7 de setembro de 1822, por Dom Pedro I, mas teve que ser consolidada, porque o país é muito grande e havia muitos interesses em jogo”, acrescentou o almirante Arthur Bettega.
*Com informações de Cristiane Ribeiro, repórter do Radiojornalismo