A partida entre Brasil e Croácia desta sexta-feira (9) é o terceiro encontro entre as equipes em uma edição de uma Copa do Mundo. Porém, a partida programada para começar às 12h (horário de Brasília) no Estádio Cidade da Educação é a primeira em uma fase eliminatória da competição.
Como vários países do Leste Europeu, o território da Croácia foi alvo de disputas ao longo dos séculos. Até o fim da Primeira Guerra Mundial, os croatas ainda estavam sob o jugo do Império Austro-Húngaro. Como se sabe, aliados da Alemanha no conflito de 1914 a 1918, o império se esfacelou e os croatas se fundiram numa junta com eslovenos e sérvios, formando a Iugoslávia, que existiu durante quase todo o século XX. Até que, com a implosão do socialismo nos anos 1990, as diversas repúblicas que formavam a Iugoslávia (Bósnia Herzegovina, Montenegro, Eslovênia, Sérvia, Croácia e Macedônia) foram conseguindo sua independência. A Croácia, então, comemora o dia 25 de junho de 1991 como a data na qual se tornou um Estado livre.
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No ano seguinte, a Croácia se filiou à Fifa e passou a disputar competições mundiais. É evidente que o futebol logo se tornou importantíssimo para a criação de uma identidade e orgulho nacional, ainda mais quando, logo em sua primeira participação em Copas (na França, em 1998), a equipe da camisa quadriculada surpreendeu o mundo ao terminar em terceiro lugar, passando por cima de potências como Romênia, Alemanha e Holanda. Mais que isso, Davor Suker, à época atacante do Real Madrid (Espanha), se tornou o artilheiro da competição com 6 gols.
Desde então, ultrapassar as eliminatórias europeias passou a ser corriqueiro e a Croácia só ficou de fora da Copa de 2010 (África do Sul). Para melhorar o retrospecto, os croatas foram vice-campeões no Mundial de 2018 (Rússia).
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Atualmente, a seleção comandada por Zlatko Dalic (mesmo treinador do vice-campeonato de 2018) tem quatro jogadores do Dinamo Zagreb, um do Osijek, um do Hajduk Split (três times tradicionais croatas) e o restante atua em outros países da Europa, principalmente Alemanha, Espanha e Itália.
A história dos confrontos com o Brasil em Copas se resume a duas partidas, sempre na primeira rodada da fase de grupos. Em 2006, em Berlim (Alemanha), a seleção venceu por 1 a 0, gol de Kaká no finalzinho do 1º tempo, num jogo em que o quadrado mágico (formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo) não funcionou como o técnico Carlos Alberto Parreira esperava.
Depois, na abertura da Copa de 2014, no estádio do Corinthians, diante de 62 mil torcedores, a Seleção venceu por 3 a 1. É verdade que saiu atrás do placar, com o famoso gol contra do lateral-esquerdo Marcelo, mas virou a partida com dois gols de Neymar (um de pênalti inexistente cavado por Fred) e o terceiro de Oscar.
Antes da Copa de 2018, brasileiros e croatas fizeram um amistoso em Liverpool (Inglaterra) e a seleção venceu por 2 a 0, com gols de Neymar e Roberto Firmino. Naquele momento, parecia claro que o Brasil era candidato ao título na Rússia e que a Croácia ficaria pelo caminho no Mundial. A história todo mundo sabe, eles foram vice-campeões e a seleção de Tite terminou em sexto lugar.
Agora, com seis remanescentes daquele amistoso (Alisson, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos, Casemiro e Neymar) de um lado e, coincidentemente, seis croatas que estavam em campo naquele dia (Vida, Brozovic, Modric, Kovacic, Perisic e Kramaric), chegou a hora de o Brasil superar essa nova potência do futebol europeu, desta vez numa fase de quartas de final.