Concerto ESQUENTANDO OS TAMBORINS reúne Coral Lírico, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Cia. de Dança Palácio das Artes e membros da Escola de Samba Canto da Alvorada no Grande Teatro

Para reger a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – OSMG na série Sinfônica em Concerto foi convidado o maestro André Brant, regente titular do Coral Infantojuvenil e professor de Práticas Coletivas da Escola de Música do Cefart. André formou-se bacharel em regência na Universidade Federal de Minas Gerais e mestre em regência orquestral e correpetição na Hochschule für Musik em Dresden, na Alemanha. Para este concerto, escolheu repertório especial com obras de Mozart, Weber e Schumann


Apresentações fazem parte da série Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia e trazem os três corpos artísticos da instituição interpretando canções carnavalescas. Evento é gratuito e acontece dias 14 e 15 de fevereiro, às 12h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

A Fundação Clóvis Salgado (FCS) entra em clima de folia e reúne os três corpos artísticos da instituição no concerto de carnaval Esquentando os tamborins. Com a presença dos músicos do Coral Lírico (CLMG) e da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), dos bailarinos da Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) e de membros da Escola de Samba belo-horizontina Canto da Alvorada, o repertório traz canções que representam uma viagem pelas cores e sons do carnaval. As apresentações, gratuitas, fazem parte da série Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia, e acontecem nos dias 14 (terça-feira) e 15 de fevereiro (quarta-feira)a partir das 12h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Os concertos serão conduzidos pelo maestro André Brant, regente-assistente da OSMG.

As duas apresentações demonstram toda a versatilidade, criatividade e excelência dos integrantes dos corpos artísticos. O programa traz arranjos repletos de temas carnavalescos, e dois movimentos elaborados no período em que os corpos artísticos paralisaram as atividades em virtude da pandemia de COVID-19: Quando o Carnaval Voltar é uma homenagem das FCS aos diversos blocos de rua que desfilam pela capital nos dias de folia; já Canto da Alvorada foi criada em parceria com a Escola de Samba de mesmo nome, que empresta alguns de seus membros para a apresentação no Grande Teatro. Todos os arranjos foram compostos pelo pianista do CLMG, Fred Natalino.

Ministério do TurismoGoverno de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia – Esquentando os tamborins, que têm correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da CemigArcellorMittalAngloGold Ashanti e Usiminas, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura.

A folia de volta – Às vésperas do carnaval, os corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado dão início às festividades e reforçam a grandeza cultural dessa época, trazendo artistas, melodias e aspectos culturais que estão intimamente ligados à identidade brasileira. O repertório proporciona aos espectadores uma imersão pelos sons do carnaval, começando pelas aberturas com trechos de celebradas canções dos músicos Chico César, Elba Ramalho e Carlinhos Brown. As aberturas remetem aos momentos em que estes artistas se apresentaram no Sinfônica Pop, tradicional série da FCS em que músicos da MPB são convidados pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais para celebrar a música popular nacional e os ritmos afro-brasileiros.

André Brant, regente-assistente da OSMG e responsável pela condução das apresentações, afirma que, desta vez, a opção foi por escolher somente arranjos do compositor e pianista Fred Natalino, o que diferencia o repertório das outras ocasiões em que o concerto Esquentando os tamborins foi realizado, quando havia outras músicas, algumas inclusive eruditas.

Para esta retomada do tradicional concerto, os arranjos foram selecionados de modo que a temática do programa fosse exclusivamente popular brasileira, conta o maestro. “Não tem nenhuma música erudita. Na forma como esses arranjos foram escritos, utilizando todos os instrumentos da orquestra, há o modo de compor clássico. Apesar das melodias e das músicas serem populares, e do Fred extrair melodias desse lugar, o compositor escreve como se fosse uma obra clássica. Neste concerto também não teremos a presença de banda, que muitas vezes deixa o caráter da apresentação mais popular, mas dessa vez, somente instrumentos acústicos, então é uma mistura de música erudita com popular, o que torna, na minha opinião, muito mais interessante”, salienta.

E retomada é a palavra de ordem desta apresentação. O concerto Esquentando os tamborins aconteceu em 2019 e em 2020, logo antes do início da pandemia de COVID-19 no Brasil. Em 2023, o programa volta, simultaneamente ao retorno das comemorações de rua do carnaval em Belo Horizonte, que foram canceladas ou restritas nos últimos dois anos. “O último Esquentando os tamborins que fizemos aconteceu na última vez em que o carnaval ocorreu em Belo Horizonte. E o que torna ainda mais especial este concerto de agora é que ele vai ocorrer na semana que antecede o carnaval de BH propriamente dito, sobre o qual se diz que vai ser um dos maiores da história da cidade. Além de ter músicas que tradicionalmente estão conectadas com o carnaval, nós vamos ter um medley que se chama Quando o carnaval voltar, uma homenagem nossa, escrita pelo Fred Natalino, para alguns blocos de rua de BH. O público vai perceber os temas do Então, Brilha e do Mama na Vaca, por exemplo, alguns dos blocos mais tradicionais. Na época em que o Fred escreveu, a ideia era justamente fazer uma reflexão sobre quando e como seria essa volta. E agora este retorno vai acontecer”, destaca o maestro André Brant.

Após as aberturas, a quarta peça presente no repertório marca o início da reunião dos três corpos artísticos e da Escola de Samba. André Brant destaca a progressão de artistas que se juntarão à frente do público. “Nas três aberturas só a Orquestra toca. A partir da quarta música, entra o Coral, que fica até o fim. E logo depois, nas músicas finais, entra a Cia. de Dança. E vamos ter também a presença de alguns integrantes da Escola de Samba Canto da Alvorada. Então é interessante como esse concerto é uma crescente. A Orquestra começa, de repente vem o coro, depois a Cia. de Dança, agregando, sempre juntos, e no final ainda teremos a presença da Escola de Samba”, ressalta.

Considerada a maior Escola de Samba de Belo Horizonte, a agremiação Canto da Alvorada surgiu em 1979, tem sede no bairro Planalto, região Norte da cidade, e é, atualmente, aquela que detém o maior número de títulos, totalizando a marca de 17 vezes campeã do Carnaval de BH. Em outubro de 2021, ano em que o Palácio das Artes completou seu cinquentenário, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) foi presenteada com o lançamento do samba-enredo A saga da cultura nos 50 anos de história dessa casa que é do povo, sempre regada de memórias em homenagem à instituição. Retribuindo a honraria, Fred Natalino compôs, com base no samba-enredo, o arranjo Canto da Alvorada, que encerra este concerto mais que especial. “Eu espero que o público compareça. Como eu disse, as músicas escolhidas são muito conhecidas, muito tradicionais, todos vão reconhecer. Teremos ainda esse medley Quando o carnaval voltar, que é uma homenagem aos blocos de rua, então todo mundo que tem costume de frequentar os blocos de rua de Belo Horizonte vai cantar junto. E nós temos a última música, Canto da Alvorada, que é uma homenagem a essa Escola de Samba, que vai desfilar também no carnaval, inclusive com integrantes da Cia. de Dança. Então eu acho que é um concerto completo, e que vai marcar o retorno do carnaval de rua aqui em Belo Horizonte”, promete o maestro André Brant.

Programa

  1. Abertura Chico César
  2. Abertura Elba Ramalho
  3. Abertura Carlinhos Brown
  4. Medley Carnavalesco
  5. Quando o Carnaval voltar
  6. Canto da Alvorada

 

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-Dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas e André Brant ocupa a função de regente assistente.

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais recebeu o título de Patrimônio Histórico e Cultural do Estado em janeiro de 2019. Interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Além de integrar as temporadas de óperas da FCS, participa das séries Lírico ao Meio-dia, Lírico em Concerto, Lírico Sacro e Sarau Lírico. O Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade, sendo Lara Tanaka sua atual regente.

Cia de Dança Palácio das Artes – A Cia. de Dança Palácio das Artes é reconhecida nacionalmente, sendo referência para a história da dança em Minas Gerais. Foi institucionalizada pela Fundação Clóvis Salgado, por meio da fusão dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite. Atualmente, desenvolve repertórios de dança contemporânea e atua também nas óperas da FCS. Tendo a cocriação e a transdisciplinaridade como pilares, a Cia. de Dança desenvolve pesquisas quanto à diversidade do intérprete na cena artística contemporânea, estabelecendo frutífero diálogo entre tradição e inovação. Seu atual diretor é Cristiano Reis. Em sua trajetória, já se apresentou em várias cidades de Minas, capitais do Brasil e países como Cuba, França, Itália, Palestina, Jordânia, Líbano e Portugal.

André Brant – Natural de Belo Horizonte, André Brant formou-se bacharel em Regência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e mestre em Regência Orquestral e correpetição na Hochschule für Musik (Escola de Música) de Dresden, na Alemanha. Tem se destacado atualmente como regente e pianista acompanhador em produções operísticas. Fundou a Cia Mineira de Ópera, com quem realizou produções operísticas pelo estado de Minas Gerais. De 2016 a 2020, atuou como professor e regente na Escola de Música do Cefart, além de ter sido regente titular do Coral Infantojuvenil e da Orquestra Jovem. Ainda no Cefart, coordenou a disciplina Ópera Studio, tendo realizado montagens de óperas com os alunos. Desde 2020 é o regente assistente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Fred Natalino – Pianista e arranjador. Mestre em Música pela UFMG (2015) e graduado em piano pela mesma instituição (2009), é também formado no curso técnico em piano pelo Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro (2004). No Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (CEFAR) foi professor de Percepção Musical e pianista ensaiador dos cursos básico e profissionalizante de dança, além da Big Band Palácio das Artes e do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes. Integra a Happy Feet Jazz Band e é pianista do Coral Lírico de Minas Gerais. Participa regularmente como arranjador e pianista da série de concertos Sinfônica Pop, da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, tendo trabalhado com Milton Nascimento, Ivan Lins, Elba Ramalho, Luiz Melodia, Gal Costa, José Miguel Wisnik, João Bosco, Rosa Passos, Filipe Catto e Lenine.

Imagem: Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Créditos Paulo Lacerda.

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