A Polícia Civil realiza, na manhã desta quinta-feira (9), perícia técnica como parte das investigações sobre as causas do desabamento de parte da laje do teto do Osasco Plaza Shopping que ocorreu na tarde dessa quarta-feira (8). Na noite de ontem, a Polícia Civil fez a perícia de fotografação. Segundo informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a autoridade policial aguarda a conclusão dos laudos periciais para esclarecer as causas. A Defesa Civil de Osasco afirmou que também aguarda os resultados das análises.
A Prefeitura informou que por volta das 14h30 equipes de segurança do shopping constataram uma fissura na laje do corredor principal. A segurança avisou a administração e isolou a área. A fissura formada na laje provocou o rompimento de uma rede de água. Com isso, a laje, construída há 10 anos para fechar uma claraboia, desabou, atingindo cinco veículos que estavam na área de estacionamento, no piso superior. Não houve vítimas.
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Imagens que circulam nas redes sociais mostraram o início do desabamento da laje sobre a praça de alimentação. Uma pessoa registrou em seu celular o momento da queda, quando a água começou a descer. Pelo vídeo, é possível ver a área isolada preliminarmente, mas um homem, possivelmente um segurança do shopping, é visto arrastando uma lixeira amarela para baixo de onde o teto começa ceder, pouco tempo antes do desmoronamento.
Após o incidente o prefeito de Osasco, Rogério Lins, anunciou a cassação do alvará de funcionamento do empreendimento. O shopping segue interditado. Um novo documento só será liberado após análise do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), da Polícia Civil, Defesa Civil e após a divulgação de um laudo técnico comprovando a ausência de riscos no local.
“O shopping está totalmente interditado. É uma interdição total. E o alvará do shopping neste momento está cassado”, disse o prefeito. Segundo ele, a documentação para o funcionamento do estabelecimento estava correta e atualizada. “Vamos pedir um laudo pericial de toda a estrutura para averiguar as condições possíveis de funcionamento ou não. Não temos compromisso e nem prazo para a abertura. Enquanto não tiver todos esses órgãos técnicos e uma perícia, um laudo estrutural integral do local, o shopping não será reaberto”, acrescentou o prefeito.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) informou que esteve no local do acidente e que está apurando, junto à prefeitura e à Defesa Civil do município, a responsabilidade técnica pelo projeto e execução do shopping center. O Crea-SP informou que vai “fiscalizar, controlar e orientar o exercício das atividades profissionais de engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos envolvidos em serviços técnicos de projeto, execução e manutenção”.
“Isso porque, para a realização de quaisquer atividades e serviço, os profissionais e empresas contratados devem estar registradas no Crea-SP. Também é necessário que, para todos os serviços contratados, seja feito o registro de uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), definindo a participação técnica no empreendimento”, disse o órgão, em nota. Um procedimento administrativo será aberto pelo Crea para apurar as responsabilidades pelo ocorrido.