A prefeitura de São Paulo registrou boletim de ocorrência em 9 de janeiro deste ano, após tomar conhecimento de que seu sistema mostrava vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro contra a covid-19, com vacina da Janssen.
A imunização teria sido feita na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, no dia 19 de julho de 2021. De acordo com o município, apesar de haver o registro do sistema Vacivida com o CPF de Bolsonaro, a UBS nunca fez atendimento de saúde ao ex-presidente, nem recebeu o lote da vacina citado no registro. Além disso, a profissional registrada como suposta vacinadora nunca trabalhou naquela unidade.
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“Chama atenção o e-mail [email protected] cadastrado na ficha, o que pela data do registro levanta suspeita de ato criminoso contra o ex-presidente Bolsonaro e também o atual presidente Lula”, disse a prefeitura em nota.
A Controladoria-Geral da União (CGU) informou que há uma investigação preliminar sumária (IPS) em curso, iniciada nos últimos dias do governo anterior, envolvendo denúncia de adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“As informações levantadas nessa IPS (casos de São Paulo e do Rio de Janeiro) foram compartilhadas com a Polícia Federal (PF), o que subsidiou a operação de quarta-feira (3)”, informou em nota. O processo começou a partir de um pedido de Lei de Acesso à Informação (LAI) para verificação do cartão de vacina do ex-presidente.
A CGU aguarda o fim da investigação para informar os resultados e liberar o acesso ao cartão de vacinação.