O Brasil fechou esta segunda-feira (17), último dia de Mundial de Atletismo Paralímpico, em Paris (França), com mais sete pódios, entre eles o tricampeonato de Petrúcio Ferreira nos 100 metros T47 (amputados de braço) e o segundo ouro de Jerusa Geber, desta vez nos 200m T11 (cegas) – ambos cravaram novos recordes internacionais. No total, a delegação nacional conquistou 47 medalhas, duas a mais que a líder China, consolidando a melhor campanha da história, desde a edição de Dubai (2019), quando o somou 39 medalhas. O país asiático terminou em primeiro lugar por ter conquistado mais dois ouros e três pratas que o Brasil.
O mais rápido do mundo! 🚀
🇬🇧 2⃣0⃣1⃣7⃣ PETRÚCIO FERREIRA. 🥇
🇦🇪 2⃣0⃣1⃣9⃣ PETRÚCIO FERREIRA. 🥇
🇫🇷 2⃣0⃣2⃣3⃣ PETRÚCIO FERREIRA. 🥇🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Três vezes campeão do mundo!100m em 10s35: o mais rápido de todo o campeonato mundial.#MundialDeAtletismo#Paris2023 pic.twitter.com/cpeKtyy9LL
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Aos 26 anos, o bicampeão paralímpico Petrúcio Ferreira faturou hoje sua quinta medalha em mundiais. O paraibano de 26 anos cruzou a linha de chegada dos 100m T47 em 10s37, cravando o novo recorde da competição
“Cada conquista para mim é como se fosse a primeira. Eu sempre lembro de onde eu vim. Essa conquista vale muito para mim. Quem é atleta sabe qual é a nossa dedicação do dia a dia, os momentos difíceis que a gente passa. É tudo por um sonho. Agradeço à minha família, ao meu treinador Pedrinho, à torcida e à minha esposa, que passou vários momentos complicados ao meu lado. Não larguei tão bem, errei na mina terceira passada. Poderia ter acertado mais, mas saio feliz com meu terceiro mundial”, comemorou Petrúcio em depoimento à Confederação Paralímpica Brasileira.
E teve dobradinha brasileira na prova dos 100m T47, com a prata do paranaense José Alexandre Martins (10s73), estreante do país na competição, que já conquistara bronze nos 400m nesta edição do Mundial. O bronze ficou com o britânico Kevin Santos (10s85).
COLOCA MAIS UMA PRATA NA CONTA DO BRASIL! 🥈🇧🇷
Continuamos sendo muito bem representados nos 100m T47. 🔥💪 A nossa geração chegou forte e o José Alexandre, de 19 anos, garantiu sua prata em sua primeira competição.
Esse sorriso deixa claro que é só felicidade por aqui! 💫 pic.twitter.com/TEbMvXj0HP
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Quem também festejou muito foi a acreana Jerusa Geber, que venceu nos 200m T11 (cegas) com o tempo de 24s63, o novo recorde da competição. Foi o segundo ouro da velocista: o primeiro foi nos 100m classe T11 (atletas cegas)., na última quinta (13).
“A nossa prova preferida é a dos 100m. Não esperávamos fazer isso tudo nos 200m e conseguir o ouro. Quando a China está na prova, é sempre com muita emoção. Mas sair da competição com dois ouros, com dois recordes da competição, e como a atleta com mais medalhas em Mundiais é maravilhoso. Só tenho a agradecer”, disse Jerusa
E pela oitava vez nesta edição teve pódio duplo brasileiro. Assim como nos 100m T11, a potiguar Thalita Símplicio (24s88) chegou em terceiro lugar e garantiu o bronze. A prata ficou com a chinesa Cuiqing Liu (24s79).
Para fechar o dia e a competição, prata para o Vinicius Rodrigues! 🥈🗣️
Com 12s16, nos 100m T63, o brasileiro garantiu a segunda colocação, atrás do holandês Joel de Jong, que fez 12s09.
Nós temos muito orgulho de todos vocês! 🇧🇷💥 Foi lindo demais acompanhar tudo isso. 🥹 pic.twitter.com/WDn1JCc2gm
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Vice-campeão paralímpico, o paranaense Vinícius Rodrigues amealhou a prata nos 100m classe T63 (para amputados de membros inferiores com prótese) nos últimos metros da prova, quando ultrapassou o alemão Leon Schaefer, finalizando a corrida dois centésimos antes, em 12s16. Schaefer (12s18) ficou com o bronze e o vencedor da prova foi o holandês Joel de Jong (12s09).
“Em Dubai, fui bronze. Agora, consegui a prata. Estava contando com esse ouro, mas infelizmente não veio. A minha corrida foi muito boa, foi o meu melhor tempo na temporada. Agora é analisar com meu treinador o que errei e onde posso melhorar”, afirmou Vinícius, que foi submetido a uma amputação da perna esquerda acima do joelho devido a um acidente de moto.
Não perca as contas.
Bronze de número 2️⃣0️⃣.
Medalha de número 4️⃣4️⃣.Rayane Soares, nos 400m da classe T13 (baixa visão).
Foi sofrido.
😥
Mas foi lindo.
❤️🔥 pic.twitter.com/Mfo5dMbiNG— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 17, 2023
Emocionante também foi a conquista do bronze pela maranhense Rayane Soares, atual campeã mundial, nos 400m T13 (deficiência visual). Embora não tenha largado bem, a velocista de 26 anos se recuperou a tempo de garantir o terceiro lugar com o tempo de 57s90, apenas quatro centésimos amenos que a francesa Nantenin Keita, quarta colocada. A medalha de ouro foi para Lamiya Valiyeva (55s34), do Azerbaijão, e a prata para a portuguesa Carolina Duarte (55s68).
Outro brasileiro a brilhar no último dia de disputas foi o catarinense Edenilson Floriani, estreante na competição. Ele faturou o bronze no arremesso de peso F42 (deficiência dos membros inferiores), ao atingir a marca de 14,06m. O ouro ficou com britânico Aled Davies, que fez 16,16m, e a prata foi para o iraniano Sajad Mohammadian, com 14,38m.
Este foi o arremesso que rendeu ao 🇧🇷 a medalha de bronze número 1️⃣9️⃣.
Edenilson Floriani, arremesso de peso F42
Pra quem se perdeu nas contas, nós temos
1️⃣3️⃣🥇
1️⃣1️⃣🥈
1️⃣9️⃣🥉
🟰4️⃣3️⃣🥇🥈🥉
🫀😬🥶😳😱🦾🌐 pic.twitter.com/reCOz6POki— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 17, 2023