França vai retirar cidadãos franceses e da União Europeia do Níger




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A França planeja retirar centenas de cidadãos franceses e europeus do Níger nas próximas 24 horas, disse a ministra das Relações Exteriores Catherine Colonna, nesta terça-feira (1°), dias depois que uma junta tomou o poder no país da África Ocidental.

As fronteiras do Níger foram fechadas para voos comerciais desde a última quarta-feira, quando militares destituíram o presidente Mohamed Bazoum e seu governo democraticamente eleito, neste que é o sétimo golpe militar em menos de três anos na África Ocidental e Central.

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O golpe provocou choque em toda a região do Sahel, onde os aliados ocidentais do Níger temem perder influência para a Rússia, e aumentou os temores de segurança na região, à medida que grupos ligados ao Estado Islâmico e à Al Qaeda vêm ganhando terreno há anos.

A França mantém tropas no Sahel há uma década ajudando a combater uma insurgência islâmica, mas alguns moradores locais dizem que querem que o ex-governante colonial pare de intervir em seus assuntos.

No domingo, apoiadores da junta queimaram bandeiras e atacaram a embaixada francesa na capital do Níger, Niamei, levando a polícia a disparar gás lacrimogêneo em resposta.

“Considerando o golpe em andamento no Níger e o fato de que a situação continua preocupante, decidimos garantir que os cidadãos franceses que desejam deixar o Níger possam fazê-lo”, disse Catherine à LCI TV da França, acrescentando que as retiradas seriam feitas por aviões.

Ela estimou que centenas de cidadãos franceses e centenas de cidadãos de outros países da União Europeia (UE) querem deixar o local. A retirada começará ainda nesta terça-feira, disse ela, acrescentando que espera que termine nas próximas 24 horas.

A Itália também afirmou hoje que oferecerá um voo especial para repatriar seus cidadãos de Niamei, e Catherine disse que os países europeus que enviam aviões de retirada coordenarão seus esforços.

Estados Unidos, Alemanha e Itália têm tropas no Níger em missões de treinamento e contra a insurgência. Até o momento, não houve anúncio de retirada de tropas.

*Reportagem adicional de Michel Rose, Sudip Kar-Gupta, Blandine Henault e Charlotte van Campenhout

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