Dr. Tomás – Credito Jonas Lavarini.
Recentemente, o cantor Zezé di Camargo, de 61 anos, anunciou que a esposa está grávida do primeiro filho do casal, após algumas tentativas de fertilização in vitro. Já se sabe que as mulheres têm mais dificuldade de engravidar com o passar dos anos, especialmente após a entrada da menopausa.
Entretanto, o lado paterno também tem alguma responsabilidade quanto à dificuldade de uma gestação tardia.
De acordo com o urologista da Huntington Pró-Criar, Dr. Tomás Ribeiro, assim como as mulheres, os homens também perdem o seu potencial de fertilidade com o avançar da idade. “A diferença, no entanto, é que enquanto as mulheres se tornam inférteis na menopausa, o homem continua produzindo espermatozoides até o fim da vida, mas em uma quantidade e qualidade pior”, afirma o especialista.
Impacto na produção dos espermatozoides
Além da idade em si, o urologista aponta que existem outros fatores que interferem na fertilidade, como o tabagismo e a obesidade, que também são potencializados com o tempo. Isso significa que se o homem tem 45 anos e fuma desde os 20, a sua produção de espermatozoides tende a ser afetada tanto pela idade, quanto pelo longo período em que está exposto aos danos causados pelo cigarro.
“A produção dos espermatozoides é impactada por esses fatores. Existe o chamado estresse oxidativo, que é a produção de radicais livres de oxigênio no testículo, levando à morte das células que produzem espermatozoides. Pode haver quebra de material genético e essas deficiências podem não ser compensadas pelo óvulo da mulher”, explica Tomás Ribeiro.
Na andropausa, que acontece nos homens geralmente a partir dos 50 ou 60 anos, há uma redução de testosterona, o que pode levar a uma queda na quantidade e na qualidade dos espermatozoides.
“Por toda a vida, o homem produz novos espermatozoides a cada 85 dias e por isso eles não se esgotam. Já a mulher nasce com um número determinado de óvulos, envelhece com eles e se esgotam na menopausa”, ressalta.
Quais são os riscos da paternidade tardia?
Acredita-se, que haja uma redução de até 40% nas concepções em casais cujos pais têm mais de 50 anos apenas em razão da idade do homem, por alguns fatores, dentre eles a diminuição do volume da ejaculação.
“Quando se é jovem, o normal de ejaculação fica em torno de 2 a 5 milímetros, porém, em homens acima dos 50 anos há uma redução de 0,6 a 0,8 milímetros, parece pouco, mas equivale a quase 20% do volume. Essa diminuição pode ir se acentuando conforme o tempo passa”, explica o urologista, Dr. Tomás Ribeiro.
“Por isso, é importante que, além das mulheres, os homens que desejam ter filhos tardiamente também façam um acompanhamento médico. Existem exames em que conseguimos analisar a qualidade do esperma e tratamentos que podem corrigir eventuais problemas”, finaliza o médico da Huntington Pró-Criar.
Sobre a Huntington Pró-Criar
A Huntington Pró-Criar atua há 25 anos como especialista em reprodução assistida em Belo Horizonte. A clínica, que desde 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento de excelência, primando pelo acolhimento aos seus pacientes. Fundada em fevereiro de 1999 pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO, a Huntington Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana.