Com o aumento da longevidade, o desafio agora é garantir bem-estar, autonomia e autoestima aos idosos. A enfermeira Marcia Ladilau dos Reis se tornou referência ao integrar cuidados geriátricos tradicionais com abordagens inovadoras.
A população brasileira está envelhecendo como nunca antes. Dados do IBGE mostram que a expectativa de vida ao nascer passou de 71,1 anos em 2000 para 76,4 anos em 2023. Entre as mulheres, esse número já se aproxima dos 80 anos. Com o avanço da longevidade, surge um novo desafio: como garantir que esses anos a mais sejam vividos com qualidade, saúde e autonomia?
A resposta não está apenas no tratamento de doenças, mas em uma abordagem que considere prevenção, reabilitação e autoestima. Essa é a visão que norteia o trabalho da enfermeira Marcia Ladilau dos Reis, especialista em geriatria, home health care e estética aplicada à terceira idade. Com mais de duas décadas de experiência, ela tem inovado na forma de cuidar dos idosos, aliando ciência, tecnologia e humanização para promover um envelhecimento mais ativo e saudável.
Uma trajetória dedicada ao cuidado geriátrico
Desde cedo, Marcia sabia que sua vocação estava na saúde. Aos 17 anos, ingressou na Escola Paulista de Enfermagem e rapidamente avançou na carreira, passando por hospitais como o Santa Cruz e instituições de referência como o laboratório Nova Medicina Diagnóstica. Trabalhando em UTI oncológica, clínica médica e centro cirúrgico, desenvolveu um olhar técnico e criterioso para os cuidados de alta complexidade.
Foi no contato direto com idosos, durante sua atuação em home health care e casas de repouso, que percebeu uma lacuna no atendimento geriátrico. “Envelhecer não pode ser sinônimo de limitação. Precisamos olhar para a terceira idade de forma integral, considerando não só a saúde física, mas também o bem-estar emocional e social”, afirma Marcia.
Com essa visão, assumiu a gestão de uma casa de repouso no interior de São Paulo, onde implantou um modelo baseado em evidências científicas. Durante oito anos, estruturou protocolos que uniam assistência clínica e terapias complementares para prevenir complicações de saúde e estimular a funcionalidade dos residentes. Além dos cuidados médicos, os idosos tinham acesso a atividades terapêuticas, interação social e estímulos para manter a autonomia, tornando o espaço um verdadeiro lar.
Tecnologia e inovação no envelhecimento saudável
A experiência na geriatria mostrou a Marcia que um dos maiores desafios do envelhecimento está na perda da mobilidade e da autoestima. Foi então que passou a estudar como a estética poderia ser uma aliada não apenas na aparência, mas também na recuperação funcional.
Ela se especializou em ozonioterapia, laserterapia e eletroestimulação, técnicas que aceleram a regeneração celular, reduzem dores crônicas e melhoram a circulação sanguínea. Além disso, passou a utilizar bioestimulação e procedimentos minimamente invasivos para tratar feridas de difícil cicatrização e auxiliar na recuperação muscular. “A estética na geriatria tem um papel terapêutico essencial. Mais do que aparência, esses tratamentos promovem saúde e qualidade de vida”, explica.
Para aprofundar ainda mais seus conhecimentos, mudou-se para os Estados Unidos, onde realizou cursos em instituições renomadas, incluindo Harvard. Lá, teve contato com as mais modernas abordagens em geriatria e terapias regenerativas, ampliando ainda mais sua visão sobre um envelhecimento saudável.
Repensando a terceira idade
O aumento da expectativa de vida exige uma mudança de mentalidade. O que antes era visto como uma fase de limitações, hoje pode ser vivenciado com autonomia, bem-estar e dignidade. O trabalho de Marcia Ladilau dos Reis reflete essa transformação: mais do que prolongar a vida, ela busca garantir que cada fase seja vivida com qualidade e propósito.
“O envelhecimento pode ser um processo bonito e leve quando há os cuidados certos. A ciência e a tecnologia estão evoluindo para que os idosos tenham mais qualidade de vida, mas é essencial que as pessoas também mudem sua mentalidade sobre a terceira idade. Envelhecer não significa perder o direito de se cuidar, de se sentir bem e de continuar vivendo com alegria”, conclui Marcia.
Atualmente, ela segue pesquisando e desenvolvendo novas abordagens para um envelhecimento ativo e saudável, impactando diretamente a vida de seus pacientes e suas famílias.