BDMG Cultural celebra 35 anos com espetáculo que exalta a tradição do congado, no dia 14 de dezembro



Titane – Foto João Castilho.

 

“Sons de uma história: tambores e vozes nos 35 anos do BDMG Cultural” conta com grandes músicos, como Maurício Tizumba, Titane e Sérgio Pererê

Celebrando 35 anos de fundação, o BDMG Cultural promove uma série de ações que expressam, ao mesmo tempo, a história e a contribuição da instituição no desenvolvimento da cultura em Minas Gerais. No dia 14 de dezembro, acontece o concerto musical “Sons de uma história: tambores e vozes nos 35 anos do BDMG Cultural”, no Grande Teatro do Palácio das Artes. O espetáculo reúne 11 grandes instrumentistas, como Camila Rocha e Breno Mendonça, cinco intérpretes, entre eles Titane e Maurício Tizumba, além de duas importantes guardas de Congo. Os ingressos podem ser retirados gratuitamente na bilheteria do Palácio das Artes ou no site (fcs.mg.gov.br).

“Celebrar os 35 anos do BDMG Cultural com uma programação forte e genuinamente mineira, como a tradição dos tambores e do Congado, é motivo de muita alegria e de muito orgulho para todos os servidores da instituição. A troca de saberes e culturas deste espetáculo, assim como a exposição do nosso rico acervo que será inaugurada no dia seguinte ao show, reforçam a solidez e o compromisso da instituição para com a cultura de Minas Gerais”, comemora Gustavo Mitre, diretor presidente do BDMG Cultural.

Com direção artística de Sérgio Santos e direção cênica de Titane, o show exalta a tradição do Congado. Espalhada pela capital e por todo o interior do estado, a manifestação marcou secularmente a religiosidade mineira e se fundiu com a música popular, alimentando-a de ritmos e de cantos que atravessaram gerações.

O evento destaca essa pluralidade da música mineira, tendo como eixo principal a ancestralidade que vem dos tambores. Todos os intérpretes vocais possuem estreita ligação com a música do Congado, são eles: Maurício Tizumba, Titane, Sérgio Pererê, Raquel Coutinho e Sérgio Santos. O show ainda conta com a participação especial da Guarda de Congo Feminino de Nossa Senhora do Rosário do Bairro Aparecida e Irmandade do Rosario dos Ciriacos, representada pela Guarda de Moçambique.

Os instrumentistas selecionados, em sua totalidade, têm passagem pelo Prêmio BDMG Instrumental, prêmio que revelou e impulsionou diversos artistas mineiros. Os onze presentes serão Breno Mendonça (saxofones), Camila Rocha (contrabaixo),  Felipe José (violoncelo), Luísa Mitre (piano), João Machala (trombone), Marcela Nunes (flauta), Natália Mitre (percussão), Juventino Dias (trompete), Sérgio Silva (Percussão), Tabajara Bello (violão) e Thamires Cunha (clarineta).

Realizada há 23 anos, a premiação é considerada por especialistas em todo o país como a mais longeva e consistente do setor, que se tornou uma chancela de qualidade da música feita no estado. Além de destacar a cada ano novos valores, o evento vem permitindo um intercâmbio com músicos, maestros, arranjadores e jornalistas de outros estados, que têm levado para além das fronteiras do estado a constante renovação da cena instrumental mineira. Nos últimos 18 anos, tem proporcionado aos vencedores apresentações em São Paulo, em parceria com o Sesc-SP.

“Em qualquer área artística ou cultural, prêmios têm a prioritária função de revelar novos valores, de impulsionar carreiras de iniciantes com talento. O Prêmio BDMG Instrumental é de grande importância. Uma iniciativa que se propõe a estimular e fomentar uma nova safra de compositores e que garante a manutenção da continuidade e qualidade da música popular brasileira, que, sem dúvida, é um dos nossos maiores patrimônios culturais”, destaca Beth Santos, coordenadora de música do BDMG Cultural.

O espetáculo assim consagra uma das mais significativas contribuições do instituto: o apoio e incentivo à música instrumental de qualidade, expressa em vários momentos da história da instituição. Entre outros projetos desenvolvidos estão o Coral BDMG, Jovem Músico, Jovem Instrumentista, Prêmio Marco Antônio Araújo e Prêmio Flávio Henrique.

O show “Sons de uma história: tambores e vozes nos 35 anos do BDMG Cultural” conta com o apoio da Fundação Clóvis Salgado, instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade.

Além do concerto no Palácio das Artes, o BDMG Cultural promove, ainda, a mostra “Não sou idêntica a mim mesma: mulheres no acervo do BDMG Cultural”, a ser inaugurada no dia 15 de dezembro, na sua Galeria de Arte.

 

SOBRE O BDMG CULTURAL

Em dezembro de 2023, o Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG Cultural completa 35 anos. Desde 1988, é uma organização sem fins lucrativos que atua de maneira multidisciplinar para fomentar, registrar e divulgar os processos culturais em Minas Gerais. O BDMG Cultural integra o Circuito Liberdade, complexo cultural que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.

 

SERVIÇO 

Espetáculo “Sons de uma história: tambores e vozes nos 35 anos do BDMG Cultural”

Dia: 14 de dezembro

Horário: 20h

Local: Grande Teatro do Palácio das Artes

Av. Afonso Pena, 1537 – Centro, Belo Horizonte

Duração: 90 minutos

Classificação: livre

Ingressos gratuitos

Mais informações: bdmgcultural.mg.gov.br

 

SOBRE OS ARTISTAS 

Breno Mendonça 

Saxofonista, compositor e professor, Breno Mendonça é formado em saxofone e arranjo pela Universidade de Música Popular Bituca, e carrega em seu currículo prêmios como “o jovem instrumentista BDMG” e a participação em festivais, como o Valadares Jazz Festival, Savassi Jazz & Lounge, Pró-Jazz Festival, Spazio Caffé Jazz Festival e o Caminhos Verdes Jazz Festival.Na sua carreira, o músico acumula apresentações em diversas cidades mineiras ao lado de artistas como Toninho Horta, Paulinho Pedra Azul, Juarez Moreira, Beto Lopes, Neném Ferreira, Wagner Souza, Márcio Bahia, Gilvan de Oliveira, Serginho Silva, Dudu Lima, Enéias Xavier, Márcio Hallack, André Limão Queiroz, Nestor Lombida, Mauro Continentino e Grupo Ponto de Partida.

 

Camila Rocha

Atuante na cena musical de Belo Horizonte há 14 anos, Camila Rocha é bacharel em Música Popular com habilitação em Contrabaixo pela UFMG. Em 2014, participou do programa Jovem Instrumentista, do BDMG Cultural e, em 2018, foi premiada como melhor instrumentista da 18ª edição do Prêmio BDMG Instrumental. Já tocou com diversos músicos e artistas renomados nacional e internacionalmente, como Juarez Moreira, Chico Amaral, Mônica Salmaso, Orquestra Ouro Preto e Alceu Valença, Toninho Horta, Léa Freire, Ná Ozzetti, entre outros.

 

Felipe José 

Compositor, professor, pesquisador e ativista cultural. Foi membro do Grupo Ramo e da Itiberê Orquestra Família. Participou de diversos grupos e gravou em inúmeros trabalhos da cena musical de Belo Horizonte. Seu primeiro disco, “CIRCVLAR MVSICA”, foi lançado em 2013, em Minas Gerais, São Paulo, Espanha e Portugal. Atuando em diferentes práticas musicais, já se apresentou ao lado de importantes nomes da música, como José Maria Neves, Gustavito, Rafael Macedo, Tom Zé, Rafael Martini, Hermeto Pascoal, Steve Coleman, UAKTI e Egberto Gismonti.

 

João Machala

Trombonista, compositor e arranjador, estudou música no Centro de Formação Artística do Palácio das Artes (2005-2007) e atualmente é trombonista da MG Big Band. Vencedor do prêmio BDMG Instrumental (2018) e do Jovem Instrumentista do BDMG (2013), lançou seu primeiro EP solo, “DESENCONTRO” em 2017. Gravou em mais de 50 álbuns da cena mineira e já tocou com grandes músicos nacionais e internacionais como Edu Lobo, Marcos Valle, Leila Pinheiro, Toninho Horta, Raul de Souza, Gilson Peranzzetta, Andrea Boccelli, Guillermo Klein, Darcy James Argue, Juarez Moreira, Célio Balona, Paula Santoro, Chico Amaral, Wilson Lopes, André Limão Queiróz, Mauro Rodrigues, entre outros.

 

Juventino Dias

Trompetista, compositor, reinadeiro e educador com 20 anos de experiência. Iniciou seus estudos de música na Associação Musical Cajuruense na cidade de Carmo do Cajuru – MG. É Bacharel em Trompete pela Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais – ESMU/UEMG. Integra também as bandas Chama o Síndico, a Orquestra Já Te Digo e a Banda Black Machine, além de dar aulas, fazer gravações e se apresentar com artistas e grupos variados.

 

Luísa Mitre

Pianista, compositora, professora de música e arranjadora, sua formação musical inclui os cursos de Bacharelado em Piano, Música Popular e Mestrado em Performance Musical pela UFMG. Como pianista e compositora, recebeu prêmios como: 18º Prêmio BDMG Instrumental – 2018, Prêmio MIMO Instrumental – 2018, Prêmio Revelação no FIPS – Festival Internacional de Piano Solo – 2018 e I Concurso Jovens Solistas da OSMG – 2010. Em 2018, lançou o álbum autoral “Oferenda” pelo Savassi Festival Records, álbum ganhador do Prêmio Marco Antônio Araújo 2019 de melhor disco instrumental autoral de Minas Gerais. Em 2021, com o Duo Mitre, lançou o álbum autoral “Seiva”, ganhador do II Prêmio da Música Popular Mineira na categoria “melhor álbum instrumental”.

 

Marcela Nunes

Flautista e compositora de Belo Horizonte. Bacharel em Flauta Transversal pela Escola de Música da UFMG e Mestre em Performance Musical pela mesma instituição, onde realizou pesquisa sobre choros para flauta do compositor mineiro Belini Andrade. Dedica-se ao estudo da flauta brasileira na interpretação, criação e educação musical e à pesquisa da música instrumental feita por mulheres. Em 2019 foi vencedora do 19º Prêmio BDMG Instrumental, se apresentando no palco do Instrumental Sesc Brasil. É integrante e idealizadora do grupo Choro Nosso, com trabalho de pesquisa e difusão do choro produzido em Minas Gerais. Com o grupo, foi contemplada em 2013 com o Prêmio Concertos Didáticos da Funarte, pelo projeto ‘Choro na Escola’. Integra também o quinteto da pianista Luísa Mitre com quem se apresentou no Sesc Jazz em 2019. Em 2015 lançou o CD autoral ‘Em Casa’, em parceria com o músico Renato Muringa. Já participou dos grupos Misturada Orquestra e Flutuar Orquestra de Flautas com gravação de cds e realização de diversas apresentações. Venceu em 2006 o Prêmio BDMG Jovem Instrumentista e em 2010 o Prêmio BDMG Jovem Músico.

 

Natália Mitre

Bacharel em música com habilitação em percussão e mestre em performance musical pela UFMG. Como baterista e percussionista, atua ativamente na cena musical, em um arco que abrange a música popular e a música de concerto. Desde 2017, desenvolve uma pesquisa sobre a performance da música popular brasileira no vibrafone, sobretudo a música instrumental. Como vibrafonista, integra diversos grupos como o do Artur Andrés Ensemble e Bendito Jazz (com o trio Amaranto). No formato de duo mantém uma parceria com a pianista Luísa Mitre (Duo Mitre) e com o Duo Foz, com o guitarrista PC Guimarães.  Como integrante do Grupo de Percussão da UFMG, apresentou-se na conferência internacional de percussão PASIC 2014 em Indianápolis (EUA). Fundou e integra o sexteto de berimbaus Arcomusical Brasil, com o qual realizou concertos e oficinas na 1ª e 2ª Bow Music Conference (2016 e 2018), em Durban (África do Sul). Já tocou ao lado de André Mehmari, Célio Balona, Alceu Valença (com a Orquestra Ouro preto) , Léa Freire, Rafael Martini, Alexandre Andrés, Paulinho Pedra Azul e Márcio Bahia.



Sérgio Silva

Bacharel em música e percussão erudita pela Unesp (1989), Especialista em Metodologia do Ensino Superior, pela FMU (1998) e Mestre em Arranjo em Jazz pela William Paterson University (2008). Atualmente é professor da Faculdade Santa Marcelina e professor convidado da Montclair State University, em New Jersey. Dirige a Big band da Fundação das Artes de São Caetano para qual faz arranjos e com a qual se apresentou diversas vezes em 2010, 11, 2012 e é professor de prática de grupo popular. Além da área didática, Sergio atua como compositor e instrumentista em grupos de jazz brasileiro, e com o grupo Terra Brasil foi indicado duas vezes ao Latin Grammy, 2003 e 2005. Com seu quinteto, lançou o CD “Cidades Imaginárias” também em 2005. Seu livro, “Novos Caminhos da Bateria Brasileira”, foi publicado em inglês e espanhol pela Advance Music e publicado no Brasil pela Irmãos Vitale. Sergio fez workshops em São Paulo, USA, Canadá, Holanda e Alemanha em 2008 e 2009.

 

Tabajara Belo 

PhD em Composição pela University of Florida, Master of Guitar pela University of Arizona e Bacharel em violão pela UFMG, é professor efetivo de violão da Universidade Federal de Ouro Preto. Violonista de destaque na cena musical de Minas, com sólida formação erudita e grande fluência na música popular. Trabalhou com Trio Amaranto, Marina Machado, Paula Santoro, Déa Trancoso, Marcus Viana, Vander Lee, Paulo Bellinati, Claudio Nucci e Wagner Tiso. É integrante, ao lado de Geraldo Vianna, Juarez Moreira, Weber Lopes e Fernando Araújo, do Projeto Violões de Minas. Tem se apresentado em importantes festivais e projetos de música instrumental no Brasil e no exterior. Já atuou como solista junto à University of Florida Symphony Orchestra, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e à Orquestra SESI Minas. Conquistou o prêmio de Melhor Instrumentista do BDMG Instrumental 2008, artista revelação internacional pela revista virtual Guitar International Magazine, em 2011, e o 2º lugar no Concurso Nacional de Composição para Violão Novas 3, em 2015.

Thamiris Cunha

Iniciou seus estudos musicais aos 7 anos de idade na banda Santo Antônio de Contagem, sob a regência do maestro José Eustáquio de Oliveira, Bacharel em saxofone pela UFMG, na qual teve aulas de teoria musical e técnica instrumental. É Licenciada em Clarineta pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Realizou o Curso de Introdução aos Jogos Musicais no Instituto Cecília Bragga em 2018. Cursou Escrita e Criação no Choro, na Fundação de Educação Artística em 2019. Participa do Curso de Práticas Criativas e Harmonia no Choro, com o Professor Marcelo Chiarett, além de continuar as aulas particulares de clarineta com o professor Marcus Julius Lander e também do curso online de Consciência Corporal para Músicos com fundamentação na técnica de Alexander com a professora Eleni Vosniadou. No período de 2010 a 2012, trabalhou como instrutora de música no projeto social Escola da Gente em Betim/MG. Em 2013, trabalhou como professora de música na educação infantil e ensino fundamental na Rede Pitágoras Betim. No ano de 2017, ingressa no grupo Abre a Roda Mulher no Choro como clarinetista e em 2019 passa atuar como diretora artística. No mesmo ano, monta o grupo de choro O Choro Vadio e o grupo Quarteta, além de participar como instrumentista no grupo A Luz de Tieta e Sagrada Profana.

 

Sérgio Santos 

Cantor, violinista, arranjador e compositor, nascido em Varginha (MG). Participou, em 1982, como cantor do espetáculo “Missa dos Quilombos” de Milton Nascimento. A partir deste momento, aperfeiçoou seus conhecimentos musicais como violonista, intérprete, arranjador e compositor. Em 1991 conheceu o poeta Paulo César Pinheiro com quem compôs uma obra de mais de 250 músicas, cantadas por artistas como Leila Pinheiro, Joyce, Ana de Hollanda, Alcione, Fátima Guedes, Simone Guimarães, Cláudio Nucci, Olívia Hime e Milton Nascimento.

Desde então lançou discos, participou de diversos festivais pelo mundo, como Kaiser Bock Winter Festival, dividindo a noite com Gal Costa, Guinga e Banda Mantiqueira. Em 1998 lançou o CD “MULATO”. Já se apresentou no Hollywood Bowl, em Los Angeles; em San Francisco, no Herbst Theater; na Sinfonia do Rio de Janeiro, de Francis Hime e no VIII Festival Internacional de Jazz de Lérida, na Espanha.

Em 2002 lançou o CD, “ÁFRICO”, com participações do Grupo Uakti, de Olívia Hime, Joyce e Lenine, e foi vencedor do Prêmio Rival-BR e o primeiro disco a integrar a Discoteca Básica do Século XXI do Museu da Imagem e do Som. Já se apresentou em Paris, e em Charleston, South Carolina, EUA, no Spoleto USA Festival. Seu sexto trabalho, “LITORAL E INTERIOR”, tem participação de Mônica Salmaso e com arranjos para orquestra de Dori Caymmi e André Mehmari, com o qual ganhou o Grammy Latino em 2010, na categoria Melhor Canção Brasileira. Em 2010 fez uma série de 10 shows no Japão como convidado da cantora Joyce. Em 2012 lançou o CD “TRIZ”, uma colaboração entre Sérgio e o pianista André Mehmari e o guitarrista Chico Pinheiro. Nos próximos anos lançou, ainda, mais dois discos.

 

Maurício Tizumba

Ator, compositor, cantor, multi-instrumentista, diretor musical. Doutor em Belas Artes por Notório Saber. Em sua performance, apresenta a fé do Reinado negro de Minas Gerais que toca, canta e dança, reverberando memórias, saberes, técnicas e tradições que são ancestrais e contemporâneas ao mesmo tempo.

Estabeleceu em sua trajetória artística – que começou quando ainda era criança, na extinta TV Itacolomi – diálogo entre diversas linguagens e entre a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira e afro-mineira, e tornou-se reconhecido por isso.

É um dos criadores do grupo de rua Cia. de Teatro Burlantins e do Tambor Mineiro, grupo de percussão com influência do congado. Maurício Tizumba possui um importante papel dentro da Irmandade dos Carolinos, que tem em seu Reinado a Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário e Sagrado Coração de Jesus, da qual ele é presidente e capitão de Congado.

Formado pelo Teatro Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais e transitando pelo cinema, pela TV e pelo teatro, atuou em 28 espetáculos, sendo 25 musicais, entre eles, a trilogia de João das Neves: “Bituca”, com músicas de Milton Nascimento, e “Besouro Cordão de Ouro” e “Galanga Chico Rei”, com músicas de Paulo César Pinheiro.

É também idealizador da Mostra Benjamin de Oliveira e do Espaço Cultural Tambor Mineiro. Já excursionou por Estados Unidos, Canadá e Europa, sendo um dos representantes de Minas Gerais no “Ano do Brasil na França”. Com o seu grupo de tambor mineiro participou do New Orleans Jazz Festival e por quatro edições do Landesmusikakademie Berlim.

Sérgio Pererê 

Cantor, compositor, multi-instrumentista, ator e diretor musical, foi iniciado na música ainda na infância. Em seu trabalho as referências afro- mineiras encontram-se de forma inovadora com vertentes da contemporaneidade, lançando cinco discos autorais. Realizou diversas parcerias musicais e dessas parcerias se originou os discos Viamão (2016), com o grupo argentino No Chilla, e o disco Famalé (2014), junto com Marcos Viana e Zal Sissokho.

 

Raquel Coutinho

Cantora, compositora, percussionista, criadora de paisagens sonoras. Nascida em Belo Horizonte, Raquel aprendeu a tocar tambor com Maurício Tizumba, com quem toca até hoje. Seu trabalho autoral, naturalmente absorveu a cultura dos Tambores de Minas, mas também dialoga com o universo da música contemporânea. Raquel gravou dois álbuns autorais Olho D`água (2010) produzido por Jongui e Mineral (2015) por Marcos Suzano e Maurício Negão. Seu primeiro álbum, “Olho D´água”, teve sua estreia no Montreux Jazz Festival, depois disso a artista participou de diversos festivais internacionais como Midem, CMW – Womex. Seu segundo álbum teve em sua turnê a participação de artistas como B.Negão , Marcelo Jeneci, Márcia Castro, Sérgio Pererê, Olodum entre outros.

 

Titane

Intérprete, faz parte da geração que renovou a MPB a partir dos anos 80, numa carreira desde sempre pilotada a partir de Minas Gerais, seu estado de origem. Amalgamando canções de domínio público, anônimos, compositores clássicos ou emergentes da música brasileira, a cantora lança mão de diferentes culturas musicais para criar seu universo musical. Em especial, seu trabalho incorpora as influências do congado mineiro, num rico diálogo entre a música e nossas raízes ancestrais, com 2 DVDs e 7 álbuns-solo lançados.

Entre seus recentes trabalhos, destacam-se o DVD Titane e o Campo das Vertentes onde ocupa o palco com um elenco de 42 atores-cantores, “Paixão e Fé” (álbum e especial para a Rede Minas) em duo de piano e voz com Túlio Mourão, e o álbum Titane canta Elomar integralmente dedicado a Elomar Figueira Mello, compositor do sertão brasileiro.

Como produtora, assina a direção de discos icônicos da cultura musical e popular brasileira. A partir de 2005, TITANE dedica-se também à criação de cenas musicais, preparação musical de elencos, conduzindo oficinas de criação artística sempre integradas a processos de criação.

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