A revista Veja desta semana traz informações sigilosas da delação premiada do ex-executivo da construtora Odebrecht Benedicto Junior. Ele era o terceiro homem na hierarquia da Odebrecht e é apontado pela força-tarefa da Operação Lava Jato como o chefe do departamento de pagamento de propinas da empresa.
De acordo com a revista, Benedicto teria contado que a construtora fez depósitos para o senador Aécio Neves, do PSDB, em uma conta bancária em Nova York, operada pela irmã do parlamentar, a jornalista Andrea Neves. O dinheiro seria uma contrapartida, porque a Odebrecht executou grandes obras quando Aécio era governador de Minas Gerais.
O senador classificou a reportagem como mentirosa.
Sonora: “Não existe conta no exterior que tenha recebido nem aqui qualquer recurso de origem ilícita. A matéria é falsa e criminosa. E é preciso que tenha alguma reparação.
A defesa de Aécio distribuiu uma nota. Segundo o texto, o advogado de Benedicto Junior informou, por telefone, que não havia qualquer referência à irmã do senador na delação.
Aécio Neves é presidente do PSDB e fez a declaração nesse sábado, na sede do partido, em Brasília. Acompanhado por dois advogados, Aécio anunciou que vai pedir acesso ao depoimento de Benedicto Junior e à investigação do suposto vazamento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte.
O senador disse também que vai avaliar se entrará na Justiça contra a revista.