Adaptação dos espaços é fundamental para o aproveitamento escolar dos estudantes
O ano escolar de 2021 em Minas Gerais começará com as aulas online devido à pandemia de Covid-19, que chegou de surpresa em todo o mundo há cerca de um ano e mudou a rotina de muita gente que precisou se adaptar à nova realidade, fato que não foi diferente para os estudantes. Reflexo disso, foram os dados apresentados na pesquisa realizada pela VEJA INSIGHTS e EY Parthenon, que mostrou a mudança da relação das pessoas com a própria casa. O que antes era considerado como um ambiente de refúgio, passou por mudanças e ganhou novo significado: agora as residências passaram a ser locais de moradia, trabalho, descanso, convívio social e, principalmente para crianças e adolescentes, o ambiente de estudo.
E pensando nos estudantes em casa, esses ambientes tiveram que passar por alterações para atender às novas necessidades impostas. Por isso, ao elaborar um projeto arquitetônico nesse tipo de espaço, os pontos principais a serem considerados são o conforto, os aspectos ergonômicos e também a decoração, segundo a arquiteta Germana Lara, especialista em interiores, reforma e construção, fundadora da Larc Arquitetura, em Belo Horizonte.
A especialista ressalta que levar em consideração a ergonomia do aluno durante os estudos é imprescindível, afinal ele irá passar horas, basicamente, na mesma posição. “O suporte de um arquiteto vai ajudar a indicar a melhor mesa e a altura adequada para a criança ou jovem, além da cadeira mais confortável levando em consideração a postura ideal, tipo de encosto e descanso para os braços, entre outros pontos importantes, que vão muito além da beleza do ambiente”.
Para os pequenos com até sete anos de idade, ela recomenda uma mesa de 65 cm de altura. Já para as crianças maiores e os adolescentes, a altura ideal é entre 73 e 83 cm. “Como sabemos que elas estão em fase de crescimento, uma alternativa econômica é investir em um tampo mesa que possa ser colocado em diferentes alturas, substituindo os pés, por exemplo”, completou a arquiteta.
Uma boa decoração pode gerar mais criatividade e produtividade
Além disso, ela lembra que não podemos esquecer da decoração, já que criar um ambiente que motive a criatividade e produtividade é essencial, mas ele precisa ser agradável e atraente para o estudante. “Nesse momento é fundamental levar em consideração dois pontos básicos: iluminação e cor. Por isso, prefira cores claras no espaço reservado aos estudos, elas são mais relaxantes e causam o efeito de espaço mais amplo. Os brancos e beges são ótimas opções, mas tons claros como o verde e o azul ajudam no bem-estar e na concentração”, afirmou a fundadora da Larc Arquitetura, em Belo Horizonte.
E por último, a especialista cita a importância da iluminação. “Ela permite mais concentração e resguarda a saúde ocular das crianças. Dessa forma, faça um bom investimento nesse quesito. Organizar um bom local para estudos não é algo complexo, mas requer suporte especializado. O incentivo e a paciência devem estar juntos entre pais e filhos, principalmente, neste momento difícil de pandemia”, finalizou Germana Lara.
Fonte: Germana Lara é arquiteta e trabalha com arquitetura de interiores, reforma e construção. Participa de projetos de construção para pontos comerciais e residências. É sócia da Larc Arquitetura em Belo Horizonte – MG.