Terceira dose da vacina contra a Covid-19: Quem pode tomar?



Estados brasileiros estudam a possibilidade da aplicação e 10 deles já têm plano de reforço da imunização

Nos últimos dias, um assunto tem tomado conta dos noticiários, a aplicação da terceira dose do imunizante contra o novo coronavírus. “Essa aplicação é estudada devido ao surgimento das variantes, em especial, a delta”, revela o cardiologista e clínico geral Gilmar Reis.

A princípio, os primeiros a receberem a terceira dose serão os idosos acima de 70 e pessoas com a imunidade comprometida. “Essa dose extra deverá ser aplicada, primeiramente, em idosos e pessoas imunossuprimidas — ou seja, que fazem tratamento para câncer ou doenças autoimunes”, afirma.

Ao todo 10 estados brasileiros já têm plano de imunização, com a terceira dose, são eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Maranhão, Minas Gerais, Roraima, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul. A capital do Maranhão, São Luís, foi a primeira cidade a oferecer  a dosagem extra, que começou no último dia 26.

Combinação de vacinas 

Algumas pessoas questionam sobre a administração de uma vacina de diferente fabricante da primeira e segunda doses. Porém, essa preocupação pode ser descartada. “Os estudos sobre a terceira dose da vacina contra a Covid-19 são recentes, mas mostram que a combinação de vacinas diferentes tem apresentado resultados positivos”, defende o médico.

No último dia 25, o Ministério da Saúde publicou a pasta sobre o reforço da imunização. Nela, específica que a aplicação deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca.

Em relação à vacinação dos indivíduos imunossuprimidos, há recomendações. “A recomendação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), do Ministério da Saúde, afirma que os pacientes imunossuprimidos devem ser vacinados, quando a doença estiver controlada ou em remissão, como também em baixo grau de imunossupressão ou sem imunossupressão, mas a pasta deixa claro que a decisão sobre a vacinação em pacientes com essas condições deve ser individualizada”, finaliza.

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