Iêda Vilas Boas: “A luta, e a arte (culta e poética de lutar) – sempre!”

Iêda Vilas Bôas
Divulgação


A literata renomada e premiada nacionalmente e internacionalmente recebe mais um prêmio internacional como escritora, e fala um pouco de sua luta socioambiental e de seus ideais em prol da natureza.

Iêda Vilas Bôas, doutora em literatura, reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho de estudos técnicos literários da cultura regional cerratense, estudiosa da vida e obra da conhecida poeta goiana Cora Coralina.

Iêda Vilas Bôas tem mantido suas raízes, e tem sido um exemplo de força e garra ao defender o meio ambiente e a natureza em sua região ao passo que também mantém sua produção literária e cultural, alem de se manter como um expoente de voz política, social e cultural onde defende suas causas: a natureza, os animais, o folclore, a cultura cerratense, o livro e a leitura. A literata recebe reconhecimento nacionalmente e também internacionalmente.

Por esse motivo, considerando sua atuação sócioambiental, também sua atuação política, e, principalmente, sua atuação literária, a escritora, professora, expoente em cultura, recebeu importante e selecionado convite para o prêmio de Comenda da Ordem Honorífica Dom Pedro II para o próximo ano de 2022.

Esse prêmio reconhece sua devida excelência em trabalho prestado em produção literária militante e politizada. O grande prêmio é ordenado pelo Ciclo da Galícia, registrado na Associação de Línguas Ibéricas e, a Professora Iêda Vilas Bôas foi nomeada e escolhida para tal honra pela Associação Internacional de Escritores e Artistas.

Também foi considerado seu trabalho frente à Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano, instituição que preside e, que sob sua liderança, vem trazendo importantes questionamentos sociais, que trabalham também a cultura e a história de sua região, bem como encampa inúmeras produções literárias que se veem frente aos questionamentos socioambientalistas que afetam a arte e a produção de arte, diretamente.

Há alguns anos, a doutora-professora Iêda vem lutando à frente da defesa da natureza, bem como também da manutenção de 24 árvores de pé diante da reforma de uma praça em uma cidade goiana, de nome Formosa. Diz que precisa sim de avanços, mas que o avanço não deve ser extirpando as árvores que há décadas fazem parte da cultura, da história e da identidade da cidade.

A Professora Iêda Vilas Bôas é também bastante conhecida por seus diversos prêmios em literatura, arte, defesa e luta de direitos humanos, defesa da posição da mulher na sociedade e do meio ambiente. Atualmente é presidenta da Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano e RIDE, representando uma forte voz que até o presente momento manteve a maioria das árvores em pé. É também por essas lutas que  prêmios como esse são concedidos, ao reconhecer o valor e a necessidade de ideários que defendam as minorias e a natureza. Tanto de forma real, quanto de forma artística, que acaba sendo um reflexo da realidade expressada através da criatividade.

Apesar das tentativas frustradas da sociedade autointitulada tradicional regionalmente em impedir sua voz justa e nobre sobre a natureza, além das baixas ofensas de políticos, em tribuna, gravada e publicada no veículo midiático do YouTube, que tentam ofender até mesmo sua vida pessoal, suas capacidades ideológicas, conhecimentos e chegam ao baixo nível de se compararem, sem contexto algum relacionado às árvores em questão, falando sobre conquistas financeiras e heranças de berço. Claro caso de violência contra a voz da mulher e misoginia.

Mas entidades maiores reconhecem o verdadeiro valor de uma justa luta. Sem declarações a fazer sobre os políticos em questão, que, segundo ela, são humanos e também erram, e talvez, por ignorância, misturam assuntos que não são correlacionados ao meio ambiente, e elogia o posicionamento do Ministério Público, na posição do promotor e de sua equipe da Segunda Promotoria de Formosa-Goiás, ressaltando que confia em uma diligência da justiça que seja plausível, sem atender a extremos, e sem que seja necessária essa baixa conduta de vaias, gritos, ofendas pessoais e o que mais de errado houver: “o importante é que seja feito o que for nobre, justo e bom para todos”.

A coragem e fibra de Iêda Vilas Voas são de admirar, e, sim, é possível vislumbrar um final feliz para as árvores graças ao seu empenho, e também de algumas outras poucas pessoas. É um caso a se aguardar atentamente, especialmente pela proximidade com nossa região e pela questão política, também religiosa, também pelos traços de preconceito e até falta de conhecimento demonstrados em momentos por partes. E que, sempre, em se tratando de cidades de entorno, e, principalmente, de natureza, acaba sendo mais que relevante para a sociedade como um todo.

Mas, ao ser reconhecida com premiação de tamanha grandeza e importância: Comenda da Ordem Honorífica Dom Pedro II, diz ter vislumbrado já “um bom ano de 2022, começando muito bem e muito honrada.” Com certeza um prêmio merecido, e, quanto ao embate socioambiental, é uma importante questão de ser acompanhada e vista para que todos possamos compreender e fazer o melhor para o planeta e para o desenvolvimento humano.

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