Marcelo Henrique
Em geral, há uma preocupação com a política de merchandising dos veículos de imprensa quando são feitas citações diretas de marcas ou empresas em qualquer matéria jornalística. Exceções são poucas, mas as Lojas Americanas, certamente, fazem parte de todas listas excepcionais, haja vista a tradição e história dentro do varejo brasileiro. Lojas Americanas, Casas Bahia, Coca-Cola, McDonald’s, Pelé, Roberto Carlos, Oscar Niemeyer, entre outras pessoas jurídicas e naturais que dispensam qualquer tipo de apresentação.
As Americanas vieram, precisamente de dois americanos, que, no ano de 1929 vinham para a América do Sul, com a ideia fixa de abrir um comércio varejista em Buenos Aires. Mas, quando o navio parou no Rio de Janeiro, os norte-americanos se encantaram com as belezas da cidade maravilhosa e com as hábeis palavras dos brasileiros Aquino Sales e Max Landesman. Assim surgiria, em Niterói, a primeira casa das Lojas Americanas. Primeira de muitas que se espalhariam por todo o Brasil, sempre com o firme propósito de vender produtos baratos, atendendo a todos os tipos de consumidores.
Décadas depois, já com presença consolidada em todo território nacional, a empresa começou a apostar no mercado híbrido, mantendo um quiosque das Americanas.com dentro de todas as suas centenas de filiais. Com isso, era pioneira, mais uma vez, inovando com as vendas online de forma mista, em que o consumidor ainda não familiarizado com os meios digitais pode contar com a ajuda de um funcionário treinado para essa finalidade. E isso demonstra, mais uma vez, a preocupação de seus executivos com os consumidores de todas as classes sociais.
Em passo futuro, a operação das Americanas uniu-se à gigante BlockBuster, líder no segmento de locação de filmes e congêneres. Neste momento, aliada à grande eclosão de corporações varejistas no país, a empresa perdeu algumas posições para seu reinado absoluto no mercado brasileiro. Ainda assim, é muito lembrada como uma das principais lojas de departamento aqui operantes, permeando os sonhos de toda criança que sonha com os brinquedos de suas prateleiras, ou com os chocolates marca Hersehey’s, que só se encontra por lá. Afinal, qual o adulto de hoje (que foi criança desde 1929) que já não ganhou presentes das Lojas Americanas?
Nos dias de hoje, a gigante do varejo enfrenta, novamente, mares turbulentos. Problemas de mercado, sazonalidades que todas as grandes companhias enfrentam. Ficamos na expectativas e na grande esperança de que o Brasil não perca mais esta grande empresa que faz parte de nossa história.
