No mês dedicado à Consciência Negra no Brasil, Belo Horizonte recebe uma grande festa com shows, desfile de bloco, intervenções urbanas, concentração de debates, lançamento de livro e cultura negra
No dia 20 de novembro é comemorado no Brasil o Dia Nacional da Consciência Negra, e para dar voz a essa bandeira, Belo Horizonte receberá a terceira do evento Somos Todos Black, que celebra a data com várias atividades que envolvem música, arte e muita cultura negra. A ocasião dedicada à reflexão sobre negro na sociedade, une shows, gastronomia, intervenções urbanas, debates e lançamentos de livros numa grande festa que acontece de 20 a 25 de novembro na capital mineira.
No dia 20, terça-feira, haverá a celebração do Dia da Consciência Negra, com intervenções artísticas na Cidade Administrativa e no Centro de Belo Horizonte. Já a quarta-feira, dia 21, foi reservada para debates sobre “Empreendedorismo Periférico”, com Alex Barcelos, da Agência Solano Trindade; Danusa Carvalho, do Circuito Gastronômico de Favelas; Makota Kizandembu; Vânia do Carmo Silva, do Bloco Angola Janga; Itala Herta do projeto Vale do Dendê, da Bahia; e mediação de Negah Thé. A noite ainda contará com lançamento do livro “O que é o encarceramento da massa?”, com roda de conversa com a autora Juliana Borges. O dia 22, quinta-feira, será marcado pela mesa redonda intitulada “Sabedoria de Mulher Preta”, desenvolvida pelo Juventude de Terreiro e mediada por Whashington Luiz.
O sábado, dia 24, reserva ao público uma grande festa. A região boêmia de Belo Horizonte será palco para shows para grandes artistas mineiros que defendem a bandeira e levam a negritude presente em suas músicas. É que a partir das 14h, a Rua Guaicurus, entre a esquinas da Contorno com Bahia e Guaicurus com Espírito Santo, receberá uma intensa programação cultural.
O rapper Flávio Renegado, que comemora 10 anos de carreira, fará o show de relançamento do seu primeiro disco, Do Oiapoque a Nova York, mas em vinil. Já Sérgio Pererê apresenta ao público um show que mescla canções de sua carreira e músicas novo trabalho. O grupo Macaco Soul agitará o baixo centro de BH com um projeto musical que tem objetivo de fortalecer o cenário do Funk e Soul da música brasileira; o DJ e produtor Maurinho Lobo, que atua há mais de uma década no universo da música com o grande diferencial de trazer relíquias musicais de volta à tona tocando em vinil; o espetáculo cênico musical do coletivo Negras Autoras; e todo o ritmo, melodia e samba da Manu Dias.
O festival Somos Todos Black contará ainda com a famosa Disputa Nervosa, competição de passinhos que promete agitar o público; a batida e o ritmo do rapper mineiro Das Quebradas, com participação de atração surpresa; e a Feira Somos Todos Black, com vendas de roupas, acessórios, livros, turbantes, cosméticos e outros produtos da cultura negra. Para fechar com chave de ouro a programação do Somos Todos Black, o domingo, dia 25 de novembro, contará com a gastronomia com a Cozinha das Missões – Gastronomia da Senzala, música com Orisamba, Band’Afro Angola Janga, DJ Maurinho, Palomita DJ, Espaço Kids para a criançada, além de intervenções artísticas. Será realizada ainda uma visita guiada pela Guaicurus, região boêmia de Belo Horizonte que merece um novo olhar para além do preconceito, com riqueza humana, histórica, cultural e arquitetônica.
Serviço:
Festival Somos Todos Black
20 a 25 de novembro
Local: Rua Guaicurus, entre Rua da Bahia e Espírito Santo – Belo Horizonte/MG
Entrada franca
Dia 20/11 – Terça-feira
Celebração Dia da Consciência Negra com intervenções artísticas
Cidade Administrativa de 08h às 17h15
Centro – em frente ao Sesc Palladium, de 18h às 19h
Dia 21/11 – quarta-feira – 19h
Local: Av. Afonso Pena – 2925/ Centro
Lançamento/ Livro – Roda de Conversa
O que é encarceramento em massa? Juliana Borges (SP)
Mesa 1 “Empreendedorismo Periférico”
Mediador: Whashington Luiz
Itala Herta – Projeto Vale do Dendê (BA)
Alex Barcelos (SP)
Danusa Carvalho (BH)
Makota Kizandembu (BH)
Vânia do Carmos Silva (Bloco Angola Janga)
Dia 22/11 – Quinta-feira – 19h
Local: Av. Afonso Pena – 2925/ Centro
Mesa: Sabedoria de Mulher Preta
Construção: Juventude de Terreiro (BH)
Composição da mesa: Capitã Pedrina, Mametu Muiânde, Majota Kidoiale e Makota Celinha.
Dia 24/11 – Sábado – 14h
Local: Rua Guaicurus, entre Bahia e Espírito Santo
Feira Somos Todos Black com vendas de roupas, acessórios, livros, turbantes, cosméticos e muito mais
Circuito Gastronômico de Favelas
Dj Maurinho
Disputa Nervosa (disputa de passinhos)
Macaco Soul
Negras Autoras
Flávio Renegado
Manu Dias
Sérgio Pererê
Das Quebradas/Atração surpresa
25/11 – Domingo – 10h
Local: Rua Guaicurus, entre Bahia e Espírito Santo
Visita guiada pela rua Guaicurus
Festival Somos Todos Black + Àjodun Àjóyò (Aniversário da alegria)
Feira Somos Todos Black com vendas de roupas, acessórios, livros, turbantes, cosméticos e muito mais
Banquete das Missões – Cozinha Senzala com os mentores Flávio Xapuri e Americo Piacenza e os Chef’s convidados D. Dirce, D. Nilce e Lucilene
Orisamba
Preta Poeta
Juventude de Terreiro
DJ Maurinho
Palomita DJ
Espaço Kid’s
Band’Afro Angola Janga
Graffite ao vivo com Zi Reis
Mais informações: www.facebook.com/somostodosblack
Assessoria de imprensa:
Grupo Balo – www.grupobalo.com
Heberton Lopes – [email protected]
Bianca Crispim | Thalita Rodrigues – [email protected]
(31) 3637 8008 | (31) 98988 7616
Sobre as atrações
Macaco Soul
Com a ideia de fazer releituras de hits nas tendências do FUNK, SOUL, R&B, HIP-HOP, REGGAE e muitas outras batidas difíceis de se ouvir no cenário nacional, o grupo mineiro MACACO SOUL ressurge com a intenção de acender e fortalecer o cenário do Funk/Soul em Minas Gerais. Formada por Mayra Motta nos vocais e percussão, Leonardo Brasilino no trombone, Juventino Dias no trompete, Jonas Vitor no sax, Xande Tamietti na bateria, Acauã Renne no baixo, DJ Spider nas picapes e MPC, Robson Batata na percussão, Marcus Nogueira no teclado e Bruno Egler na guitarra e direção artística, a banda promete animar o público no Somos Todos Black.
DJ Maurinho
Maurinho Lobo é DJ e produtor musical que atua há mais de uma década no universo da música e a 20 anos descobriu a habilidade de trazer relíquias musicais de volta à tona através de suas pick-ups, tocando em vinil. Com este trabalho ele mostra o resultado da pesquisa em torno da cultura negra e todas as suas vertentes, trazendo muito balanço e ritmo às pistas em que se apresenta.
Negras Autoras
O coletivo formado por cinco mulheres negras de grande destaque no cenário artístico mineiro Elisa de Sena, Júlia Dias, Manu Ranilla, Nath Rodrigues e Vi Coelho leva o nome NEGR.A. Um pocket show idealizado e produzido pelo quinteto que trata da negritude e do universo feminino, utilizando das suas próprias composições, sejam em forma de músicas, poesias ou textos com uma dramaturgia pautada na palavra, no corpo e na sonoridade, criando um ambiente cênico que descreve o percurso e o posicionamento da mulher negra ativa na sociedade contemporânea e emociona a todos
Flávio Renegado
O Rapper mineiro que conquistou o mundo dando voz a um discurso ativamente social em forma de música sobre a consciência negra comemora uma década de carreira em show especial realizado no festival Somos Todos Black. 10 anos depois do lançamento de seu primeiro CD solo, Flávio Renegado comemora as conquistas alcançadas desde a apresentação do trabalho “Do Oiapoque a Nova York”, obra que abriu os caminhos do sucesso para o músico, além de ter sido o primeiro grande passo da carreira artística do cantor.
Manu Dias
Cantora, compositora e autodidata na música, Manu Dias é mineira, natural da cidade de Ouro Preto e filha do músico e compositor Toninho Batista. Dona de uma voz docemente firme e envolvente, a artista traz na bagagem a experiência de composições próprias, além é claro, de suas parcerias com seu pai. Com mais de 15 anos na música, desde 2007 Manu trilha seu caminho na capital mineira e encanta o público por onde passa com seus shows em várias casas noturnas e teatro da grande BH
Sérgio Pererê
O cantor, percussionista, compositor e escritor mineiro Sérgio Pererê mergulha em novo projeto autoral intitulado “Cada Um”. Talentoso por natureza e inquieto por vocação, o novo trabalho do mineiro de Belo Horizonte, herdeiro da cultura Africana e filho das Minas Gerais, indica a transformação e a intimidade na carreira de Sérgio Pererê. Neste disco, a marca percussiva da carreira de Pererê está presente, mas a sonoridade sofre mutação e a força agora vem dos sons produzidos pelos músicos e produtores Barulhista e Richard Neves, numa proposta “eletroorgânica”. As onze faixas que compõe o novo album de Pererê, poderão ser ouvidas pelo público no festival.
Band’Afro Angola Janga
O Bloco Angola Janga traz os diversos ritmos afrobrasileiros, passando do samba afro ao funk. Dedicado ao empoderamento negro através de suas práticas e repertórios, foi fundado por Nayara Garófalo e Lucas Jupetipe em 2015, com a intenção de criar mais um espaço negro na cidade, em função do apagamento cada vez maior dos negros, especialmente periféricos, no Carnaval de Belo Horizonte, bem como na sociedade em geral.Com oficinas gratuitas de temas relevantes ao povo negro e com o trabalho de musicalização de seus integrantes que, em geral, foram impedidos, pelas condições negras de sobrevivência, de terem contato com os instrumentos e conhecimentos de sua cultura, o Angola Janga trabalha para intermediar aos negros a cultura que a eles pertence e a qual muitos não tiveram acesso.
Preta Poeta
Coletivo de e para mulheres negras que busca incentivar a produção poética, a declamação e a difusão da literatura negra feminina.
OriSamba
Grupo cultural artístico-carnavalesco de matriz afro-brasileira, que surgiu em 2016 com a iniciativa dos moradores do bairro da Lagoinha de BH e Região Metropolitana, além de integrantes da Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente
Das Quebradas
“Das Quebradas” (DQ) é o nome adotado por um dos mais promissores talentos da música RAP produzida no Brasil. A alcunha diz muito sobre a trajetória do jovem MC, que se criou no convívio das vilas e favelas de Belo Horizonte. É desse lugar que vem sua bagagem musical caleidoscópica, do universo onde convivem o samba, o rap, o soul, os batidões do funk carioca e outras variações sonoras. Sem preconceitos, Das Quebradas digere tudo isso com naturalidade e, da mesma forma, traz todas essas referências para o seu trabalho, abordando temas que vão das mazelas às ambições e alegrias de quem vive nos guetos brasileiros. A crítica social está presente no discurso, mas a música também é feita pra dançar, como o próprio rapper costuma dizer: “pra todos os momentos”.