3ª edição da feira foi realizada na ‘Serraria Souza Pinto em BH/MG’ trazendo conhecimento, networking e geração de negócios; ‘Spot Vision Screener’ equipamento voltado para o setor oftalmológico foi um dos destaques
[ Matéria de cobertura ]
– Jornalista e Editor:
Felipe de Jesus
– Fotos: Amanda Nunes
O mercado de equipamentos e artefatos da área da saúde vem crescendo cada vez mais no Brasil. Prova disso foi realização da “Expo-Hospital Brasil”, que chegou em sua 3ª edição trazendo muitas novidades para especialistas e também empreendedores do setor, como, donos de clínicas, gestores de hospitais públicos e também privados. Sediada na Serraria Souza Pinto (Av. Assis Chateubriand, 889 – Centro de BH/MG) de 11 à 13 de setembro, a edição reuniu no mesmo espaço, profissionais renomados e empresas de destaque de várias partes de Minas Gerais e também do Brasil. Cerca de 5 mil pessoas passaram pelo local nos três dias de evento. A feira também ofereceu aos presentes, o “III Congresso de Gestão Hospitalar Privada”, que foi uma das principais atrações do evento em 2019. Além disso, vários expositores participaram da feira.
Compondo o evento, estiveram presentes os principais nomes da área de saúde do país, como, o Secretário do Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, o presidente da Central dos Hospitais, Reginaldo Teófilo, e o presidente da Federação Brasileira dos Hospitais, Adelvânio Francisco Morato. Além dos convidados, o diretor da Expo-Hospital Brasil, Fernando Kutova. De acordo com ele, havia uma necessidade de mercado, por isso o evento foi tão crucial para atender e trazer novidades para o setor.
“Minas Gerais é o local que tem a segunda maior rede hospitalar do Brasil. Não tinha até então um evento que pudesse representar o setor. No entanto, já tínhamos feito a iniciativa em São Paulo e Nordeste e quando consideramos a excelência na saúde de que existe no Estado, faltava a possibilidade de realizar a feira aqui. Acredito que essa dificuldade de realizar, se devia pela fragmentação das entidades representativas do setor. Há vários nichos de públicos de profissionais da área de saúde, como, enfermeiros, médicos, engenheiros clínicos, fisioterapeutas, a parte de gestão com a divisão de instituições privadas, públicas e filantrópicas que precisavam desse olhar”, disse.
Segundo Fernando Kutova, as entidades necessitavam de uma forma para “conversarem entre si” e o evento fez essa ponte. “Para que surgisse um evento assim, era fundamental a união dessas entidades. Por isso, temos aqui mais de 12 entidades representativas do setor em prol de realizar um evento que pudesse trazer para Minas Gerais lançamentos da indústria do setor no Brasil todo. Além disso, também apresentar os lançamentos. A base do evento tem três pilares e seu tripé na questão de conhecimento, networking e geração de negócios. Tivemos 22 eventos congressuais também”, completou.
Para Fernando Kutova, um dos grandes destaques da feira em 2019, foi a o “Spot Vision Screener”, um equipamento que se assemelha a antiga máquina Polaroide. O equipamento de alta precisão, é um dos diferenciais e pelo alcance, pode ser a nova solução para precaver os problemas oftalmológicos em crianças. “Tivemos um lançamento aqui que foi desenvolvido por médico oftalmologista da Espanha. É um equipamento que parece a antiga máquina Polaroide. Ele não substituiu o exame do oftalmologista, mas faz a triagem em 10 segundos. Assim, consegue dar a indicação se a pessoa tem uma miopia ou mesmo a hipermetropia. No entanto, vale ressaltar que o objetivo dele está relacionado a ambliopia”, salientou.
Fernando Kutova ainda comentou que atualmente, 40% dos casos de cegueira infantil poderiam ser evitados se a criança tivesse um diagnóstico precoce. “O que esse equipamento pode fazer de fato? Ele faz rapidamente o procedimento de captação onde a criança olha para essa Polaroide e em seguida sai uma foto da retina dela pelo raio laser. Assim, ela detecta se a criança tem que ser encaminhada para tratar. Se não for tratada, fatalmente vai virar cegueira, mas se for tratada após esse procedimento, temos quase 100% de chance dela não ter problemas. Poucos oftalmologistas sabem disso, por isso estamos fazendo essa massificação do equipamento. Mas, além disso, lembro que a feira ofereceu outras soluções imperdíveis para o setor”, completou.
Em seguida, Alessandra Santos, da empresa Hill-Rom, falou em sua palestra sobre a questão de como evitar a cegueira infantil precoce. Além disso, reforçou a importância do “Spot Vision Screener”, equipamento de ponta para o setor de oftalmologia. “Nós focamos na abordagem da saúde pública onde existe uma população muito grande que não é atendida na triagem de refrações visuais e eles precisam passar por esse atendimento. Existe um método deste exame que é feito rapidamente através do equipamento “Spot Vision Scanner”. No entanto, não conseguimos alcançar a população toda do Brasil”, disse.
Segundo ela, o objetivo do “Spot Vision Screener” é de fazer o exame rápido e confiável. “Com ele tiramos a necessidade de ter uma pessoa técnica na frente do paciente. O procedimento é feito a um metro de distância e a leitura das alterações visuais do paciente e de crianças de 6 meses de vida ate a idade adulta é em 10 segundos. Sai o resultado impresso e o que ganhamos com isso? A saúde das pessoas, pois eu vou triar quem realmente precisa de um exame complementar com um oftalmologista de quem não tem alteração nenhuma e pode aguardar. Levantamos um dado através do IBGE e etc, de que existem médicos oftalmologistas em 890 cidades e nós temos 5.500 municípios no Brasil. Ou seja, vimos que não temos especialistas em oftalmologia espalhados em todo o país. Com o equipamento que te traz um resultado rápido, esse paciente vai ser alcançado”, salientou.
Dentro das várias palestras da feira, Erivelton Laureano, CEO da IVF Brasil, administrador e especialista em Marketing e Gestão de Mercados de Alta Especialidade – Reprodução Assistida, falou sobre a questão da estrutura hospitalar e das demandas de serviços do paciente com a Reprodução Assistida. Algo que também chama a atenção, já que existe uma queda da fertilidade por todo o mundo. “A ideia foi reforçar a importância do que é a reprodução humana dentro de uma grande estrutura hospitalar que tem muitos pacientes. Ou seja, que esses demandam diversos serviços do local. Porém, quando chega a uma certa etapa, esse paciente vai atrás de outro serviço que é a de Reprodução Assistida em outras cidades. Ocorre que dentro dessas grandes estruturas ele demanda de todos os serviços disponíveis e vale lembrar que a Reprodução Assistida se volta para pacientes que tem dificuldade de engravidar, ou seja é o momento da vida da pessoa!”, salientou.
Para ele, os hospitais acabam atendendo com seus serviços mais básicos. “O fato é que os grandes hospitais atendem com seus serviços mais básicos e na hora de atender com um pouco mais de atenção, onde o paciente poderá se sentir mais acolhido, ele acaba procurando outro serviço. Ou seja, a ideia aqui foi mostrar sobre como os hospitais podem ‘melhorar sua rentabilidade’ considerando também a possibilidade de ter um serviço de Reprodução Assistida. Algo que não é tão difícil e que vai fazer o hospital ficar completo”, pontuou.
No mercado
Vários expositores estiveram no local e alguns chamaram a atenção pela praticidade e pela otimização dos serviços que podem oferecer para hospitais e também para o mercado privado. Entre eles, a empresa Konica Minolta que trabalha com Raio X de precisão com placas altamente assertivas. Conforme explicou Iara Diniz, Marketing Manager da empresa, o serviço oferecido por eles visa trazer mais agilidade nos processos de Raio X em bebês passando por adultos até idosos.
“A Konica Minolta é uma empresa multinacional japonesa que está em Nova Lima/MG há quatro anos, mas que é centenária. A nossa tecnologia faz a diferença para o paciente. Com ela nós podemos minimizar a questão de fazer o Raio X podendo levar a placa digital e colocar no paciente. Em UTIs neonatais, por exemplo, às vezes é preciso fazer o Raio X dos bebês na incubadora, algo meio complicado, já que eles não podem sair delas. Mas com a placa conseguimos fazer o serviço. Atendemos desde bebês passando por adultos e idosos. Temos nesse serviço um software que ajuda o gestor do hospital a melhorar a questão do Raio X. Ou seja, trabalhamos com soluções para hospitais. Por ser de fibra de carbono ela não é pesada e consegue suprir até 300 KG. Ou seja, temos a solução para atender com agilidade as necessidades dos hospitais e gestores”.
Outra empresa de grande destaque na 3ª edição da Expo-Hospital Brasil foi a IMEX, que está com 20 anos de mercado. A companhia que já participa do evento há muitos anos, chegou para reforçar o trabalho que já faz através de seus equipamentos de precisão de diagnóstico. De acordo com Agnaldo Marciano do Nascimento, gerente regional da IMEX no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, o objetivo é aproximar cada vez mais o mercado de Minas Gerais à tecnologia oferecida pela empresa.
“Somos o principal fornecedor de materiais de diagnóstico por imagem do Brasil, sendo o principal no país. Trabalhamos com marcas multinacionais e representantes exclusivos para tomografia e ressonância magnética e mamografia. Aproveitamos a feira para trazer nossas marcas próprias de ultrassom, Raio X e a Placa Digital que são equipamentos que estaremos colocando em breve no mercado, pois estamos apenas aguardando a confirmação do registro na ANVISA. A recepção de Minas Gerais aos nossos serviços é muito boa. O mercado daqui passa por uma turbulência, é verdade! Mas o objetivo de estar perto do ‘público alvo’ é de que quando ele reagir, estaremos próximos deles entregando nossos produtos. Essa é missão da nossa empresa”, concluiu.
Relevância
A 3ª edição da Expo-Hospital Brasil reforçou a importância da inovação no setor de saúde, deixando claro que é possível ajudar e minimizar os processos de atendimento em clínicas e hospitais. Outras informações também pelo: http://expohospitalbrasil.com.br