No dia 2 de maio a Cinemateca do MAM foi palco da Sessão “Novas Vozes”, e contou com a exibição de três curtas-metragens de uma nova geração de cineastas. Dentre eles, a pré-estreia do filme “Teste de Elenco”, escrito e estrelado por Douglas Vergueiro e Matheus Jarddin, com direção de Fernando Cassano e produção da Apolo Produtora, fruto da parceria do ator com o produtor Castor de Azevedo.
Ainda na noite, foram exibidos “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli, curta que se destacou ao ser premiado com quatro Kikitos no Festival de Gramado de 2022, além de outras 50 premiações mundo afora, com nomes no elenco como Dennis Pinheiro e Silvero Pereira. E “Inanição”, de Jean Marcel Gatti, premiado artista do coletivo Se Essa Rua Fosse Minha, ganhador do “Corvo de Gesso” de melhor direção; com elenco composto por Hugo Germano e Ricardo Lopes.
“Além de assistir aos filmes, a ideia do evento foi de promover o debate sobre a importância de acreditar no cinema independente e em como nossa mão de obra pode resultar em grandes resultados, independente do nível de orçamento.”, destaca Douglas Vergueiro.
LOTADO, AUDITÓRIO COSME ALVES NETTO REAGIU BEM AO FILME
Cerca de 100 pessoas acompanharam a sessão, reagindo às emoções e nuances do curta que em 11 minutos mescla gêneros e várias quebras de expectativa. Após a sessão, um debate mediado por Caio César, da Pulo Produções, reiterou junto aos diretores a importância da cultura e a força do cinema independente.
“Sensação indescritível ver algo que começou como uma simples ideia na minha cabeça se tornar realidade. Eu conheci o Matheus Jarddin numa aula online de interpretação e perguntei se ele topava fazer um filme comigo e ele aceitou. 24 horas depois eu já tinha o roteiro pronto.”
O PODER DO AUDIOVISUAL COMO RESPOSTA À VIDA
Quando adolescente, Douglas era vocalista de uma banda que lotava bares e casas de show na Zona Sul carioca, tocando guitarra e piano. E sua percepção musical abriu portas para entrar no mercado artístico. Foi parar no teatro musical aos 19 anos, interpretando Zeca Pagodinho no musical “Andança – Beth Carvalho”, e roubando a cena com seu carisma reconhecido pela crítica ao dar vida à “Baixinho”, caseiro de Zeca Pagodinho em Xerém no musical biográfico do artista. À época, Mauro Ferreira, crítico teatral do G1 citou em seu blog que Vergueiro brilhava. Segundo a crítica Tania Brandão, “Douglas Vergueiro é espontaneidade e vigor em estado puro, dono de excelente sentido de tempo cênico, ator carismático.” Mas seu trabalho não se resumiu apenas ao teatro musical.
Sempre foi um entusiasta autodidata do audiovisual, e como ator acumulou participações em novelas e séries, e aguarda agora a estreia da sétima temporada da série Reis, onde aparece como um ladrão de carroça.
“O ator precisa se produzir, e esse é meu norte. Meu escritor nasceu junto do meu ator, quando criança. Eu sempre tive a necessidade de viver outras vidas e contar histórias para motivar a vida dos outros de alguma forma, seja na escrita ou na interpretação, porque guardo comigo sentimentos de total valorização ao fato de ter sido adotado com 8 meses de vida pela minha mãe que sempre me apoiou, deu amor e carinho. É esse amor dela que nutre meus sonhos, me fazendo não ter medo de nada. Você quer? Vai lá e faz. “, se emociona Douglas.
Agora o ator está agindo para dar continuidade ao processo de idealização de novos projetos audiovisuais, com alguns roteiros já em fase de pré-produção.
Para acompanhar os projetos do ator e produtor Douglas Vergueiro, siga no instagram @douglasvergueiro e @apoloprodutora
