Complexo multifuncional, idealizado pela construtora Canopus em um terreno de 7.400m2, vai dialogar com passado e presente de Belo Horizonte, promovendo valorização na região Centro-Sul e preservação histórica
No marco dos seus 50 anos de história, a construtora Canopus anuncia um complexo arquitetônico multifuncional no centro da memória afetiva de BH, próximo da Savassi e da Praça da Liberdade: o History Funcionários. Reunindo unidades residenciais, corporativas e comerciais, o empreendimento prevê a revitalização do quarteirão em frente à Igreja da Boa Viagem, recuperando sua visão a partir da Avenida Afonso Pena e trazendo mais comércio, movimento e segurança para a região.
O projeto, inédito na capital, é esforço de uma equipe multidisciplinar liderada pela construtora, que para resgatar as raízes da cidade e incorporá-la ao movimento urbano atual, contou com historiadores, arquitetos, paisagistas, museólogos, urbanistas e designers. A inauguração do complexo está prevista para 2024.
“A Catedral foi inaugurada em 1922 e serviu de marco para a construção de Belo Horizonte. Hoje, quem está na Avenida Afonso Pena não consegue visualizar este lugar emblemático para a cidade. Com o empreendimento, a visão da igreja, sua torre e área verde será desobstruída, e a região ganhará novos ares com o empreendimento”, explica Dennyson Porto, diretor de Novos Negócios da Canopus. O executivo conta ainda que um dos pontos altos do projeto será a entrega de uma praça pública, chamada de Praça Memorial.
A Praça Memorial foi idealizada para ser um grande museu a céu aberto, com a história de BH representada através de diversas interações, para resgatar, valorizar e democratizar a memória urbana da cidade; ela ainda vai criar um grande corredor verde de respiro. Na visão do executivo, a Praça Memorial será um verdadeiro presente para a capital.
A Igreja Boa Viagem tem grande importância histórica para a cidade de Belo Horizonte. “A capital nasceu ali há exatos 123 anos, quando um bandeirante, chamado João Leite Ortiz, se rendeu à beleza das montanhas da região da atual capital de Minas Gerais. Dez anos mais tarde, o português Francisco Homem del Rei se estabeleceu na região e trouxe consigo uma imagem da padroeira dos navegantes portugueses, a Nossa Senhora da Boa Viagem, e para ela ergueu uma capela de pau-a-pique que, com o passar dos anos, foi substituída por uma igreja construída em estilo jesuítico, com duas torres sineiras. A região ao redor dessa igreja foi escolhida para sediar a capital do Estado de Minas Gerais. E assim, planejada e inspirada nos boulevares de Paris e na concepção urbanística de Washington, nasceu a cidade de Belo Horizonte”, acrescenta Célia Corsino, museóloga responsável pela pesquisa e implantação museográfica da Praça Memorial do History Funcionários.
Porto, por sua vez, conta que, por décadas, o terreno pertenceu a uma importante família mineira, que desenvolveu sua atividade comercial no terreno onde será construído o History. “A partir do empreendimento e da Praça Memorial, este histórico mudará; é nossa intenção presentear a cidade deixando um legado que homenageie sua história e trace um elo com a contemporaneidade, transformando inteiramente a região e restaurando significados”.
A concepção do empreendimento levou cerca de seis anos, entre projeto, desenvolvimento e pesquisa de produto, pesquisa de mercado, experimentação e compartilhamento de informações, além de várias mãos envolvidas: construtora, projetistas, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e seus demais órgãos de proteção, como a DPCA – Diretoria de Preservação Cultural e Artística e também o IEPHA-MG.
O desenvolvimento do History Funcionários também atende a alguns pré-requisitos da Prefeitura da cidade, como a fruição, já que o espaço aberto dará acesso aos pedestres fazerem o atravessamento da quadra pelos caminhos da Praça Memorial, a fachada ativa, que promove o comércio local, atrai pessoas e evita paredes cegas, e o próprio uso misto da construção, que permitirá a utilização do empreendimento 24 horas por dia.
Sobre a Praça Memorial
A praça será um elo de ligação entre o ontem e o hoje, ativando nos visitantes sua memória afetiva pela cidade. Além disso, o novo espaço trará a Igreja da Boa Viagem como referência cultural do município e promoverá o elo entre duas realidades: o arraial e a cidade, que nasce sob o símbolo do planejamento e da modernidade, proporcionando uma experiência de bem-estar e conhecimento.
Afonso Walace, arquiteto da Dávila Arquitetura, explica que a Praça Memorial, estabelecida pelo History, será a extensão funcional da área verde da Praça da Boa Viagem. “Um dos destaques do projeto é a maneira com a qual o empreendimento se relaciona com os vizinhos, em especial a interação espacial de generosidade a partir da igreja histórica. Nesse movimento, recorremos à verticalização da torre residencial, concentrando a ocupação do terreno em um ponto, com a consequente liberação de área em outro. Assim surgiu o conceito da praça que integra o empreendimento, a qual denominamos Praça Memorial, e que, em um ato de partilha, se oferece ao uso público”.
Afonso revela ainda que o novo equipamento terá aproximadamente 2.700 m2, e trará, em seu desenho, registros históricos da cidade, como, por exemplo, a reprodução, no formato de suas calçadas, do antigo desenho urbano das ruelas do Arraial do Curral del Rei, o qual homenageia.“Na nova praça, através dos canteiros verdes que representam as quadras, o desenho ortogonal da nova capital poderá ser observado intercalado ao das ruelas, representadas pelas calçadas, que se desenvolvem de maneira mais orgânica”. Afonso explica que, com esta solução, o caminhante que percorrer a Praça Memorial mergulhará em um percurso “entre a paisagem e a memória histórica e afetiva da cidade”.
Entre os pontos altos do novo espaço urbano, a praça contará com duas intervenções expográficas, permitindo ao público conhecer a história da cidade com elementos lúdicos e educativos, que remetem a biografia de BH.
A nova praça promoverá um encontro das pessoas e, em seu paisagismo, terá o registro memorial através da vegetação; haverá gravação metálica na raiz das árvores com sobrenomes das famílias do antigo Arraial.
Quatro totens completam a homenagem e narram a preservação da cidade, contando histórias da Igreja da Boa Viagem, do largo do Rosário e outras igrejas do Arraial, além do comércio.
O mobiliário da praça tem design moderno e acolhedor. Já a expografia central, em forma de mandala, contará com gravações metálicas, pontuando os principais momentos da nossa história, além de um grande mapa do antigo Arraial do Curral del Rei.
Outro resgate contemplado na Praça Memorial será o memorial das duas casas tombadas pelo Patrimônio que foram irregularmente demolidas, e, a pedido dos órgãos de proteção, o novo equipamento vai ressaltar a importância histórica dessas construções. Em um dos muros na praça, será feito um registro de sua história por meio de desenhos e textos. “Será um espaço de memória da arquitetura local”, explica o diretor da Canopus.
Sobre o empreendimento
O History Funcionários está localizado em um terreno de 7.400 m2; terá duas torres, uma residencial e outra corporativa. Serão 27 andares de apartamentos (102 com 2 quartos e 40 com 3 quartos) e 3 sobressolos de garagem.
O residencial conta com área de lazer completa: salão de festas com terraço, quadras poliesportivas, espaço gourmet, churrasqueira, espaço fitness e playground, além de piscina coberta e climatizada, com raia de 20 metros, piscina adulto com deck molhado, sauna e piscina infantil.
Ainda em seus diferenciais, o History Funcionários terá portas de acesso aos apartamentos com fechadura biométrica, infraestrutura de automação nos apartamentos e tomadas USB nas suítes, além de medição individualizada de água e gás e elevador com eficiência energética (drive regenerativo).
Ficha técnica History Funcionários
Projeto arquitetônico: Dávila Arquitetura
Projeto de decoração dos apartamentos decorados e das áreas comuns: Carol Miluzzi
Projeto de iluminação da Praça Memorial: Mariana Novaes – Atiaia Light Design
Museóloga e Historiadora da Praça Memorial: Celia Corsino e Doia Freire – COR exposições e projetos.
Paisagismo: Forma Garden