Cerca de 4 mil pessoas participam de mais uma edição da Marcha da Maconha em Belo Horizonte no final da tarde deste sábado (28). Organizado pelo Facebook, o evento cobra a legalização da droga argumentando que a proibição impede o uso medicinal. aumenta o gasto com a repressão, sobrecarrega o sistema prisional e impede a criação de um novo mercado que poderia gerar empregos.
Manifestantes se concentraram desde as 17h na Praça da Estação e sobem a Afonso Pena, que fica fechada. Policiais Militares do 39º Batalhão acompanham o evento que não registrou nenhuma ocorrência. A Marcha da Maconha acontece na capital mineira desde 2011, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) votou unanimemente pela sua continuidade depois de juízes locais advogarem que o evento fazia apologia ao uso de drogas.
À época, o relator do caso, o ministro Celso de Mello argumentou que tratava-se de “um movimento social espontâneo que reivindica, por meio da livre manifestação do pensamento, ‘a possibilidade da discussão democrática do modelo proibicionista (do consumo de drogas) e dos efeitos que (esse modelo) produziu em termos de incremento da violência'”.