Com canções variadas de sua discografia, artista
lotou espaço; Noite de sorte para
os fãs que prestigiaram o show
*Matéria:
*Jornalista: Felipe José de Jesus
*Fotos: Kiki Santoro e Thiago Miranda
(Cedidas Gentilmente)
[dropcap size=big]A[/dropcap]lguns artistas precisam lançar sempre discos e EP’s para se manter na mídia e claro, no topo das rádios. Todavia, esse já não é mais o caso de alguns nomes da música brasileira, como, por exemplo Zé Ramalho. Com 40 anos de carreira, o artista paraiabano consegue (o que pouquissimos conseguem), lotar estádios e ainda arrancar lágrimas de seus novos e na maioria, antigos fãs. Prova disso foi o show “Tour 2018” realizado na sexta-feira, 13 de abril, no KM de Vantagens Hall (Av. Sra. do Carmo, 230 – Savassi, Belo Horizonte – MG). Mas ao contrário do que pregam os “mais supersticiosos”, não foi uma noite de azar e sim, de muita sorte para os vários fãs que lotaram o local.
Com canções na ponta da língua dos fãs, Zé Ramalho (com 38 discos de estúdio e coletâneas), pisou no palco do KM de Vantagens Hall tocando de início, canções conhecidas como: Avôhai (1978); Chão de Giz (1978) e também Garoto de Aluguel (1979), que até hoje é uma das canções preferidas dos seus fãs. Com a simpatia e uma aproximação incrível com o público, Zé Ramalho (o grande trovador), carinhosamente cumprimentou os presentes. “Olá Belo Horizonte, tudo bom? Mais uma vez é um grande prazer poder estar aqui com todos vocês para mais um show. Obrigado”, disse.
Em seguida, Zé Ramalho e banda cantaram algumas canções que também fazem parte do seu vasto repertório de sucessos dos anos de 1980, como, Mistérios da Meia Noite (1985); Canção Agalopada (1981) e também a conhecida e aclamada Táxi Lunar (1983), que em sua letra, fala da paixão de um homem que tomado pelo amor, viaja inconscientemente para a Lua. “Ela me deu o seu amor, eu tomei. No dia dezesseis de maio, viajei. Espaçonave atropelado, procurei. O meu amor aperreado. Apenas apanhei na beira-mar. Um táxi pra estação lunar. Apanhei na beira-mar. Um táxi pra estação lunar. Bela linda criatura, bonita. Nem menina, nem mulher. Tem espelho no seu rosto de neve. Nem menina, nem mulher”.
Mas além das canções que marcaram a carreira do artista no final dos anos de 1970 e também 1980, houve espaço para as canções noventistas e também parcerias marcantes, como a de Zé Ramalho com os grandes, Chitãozinho e Xororó. No show o público foi ao delírio com Entre a Serpente e a Estrela (1992); Bomba de Estrelas (1996); Duas Maravilhas (1998) e também o revival de Vida de Gado (1979), que foi praticamente relançada no ano de 1996 para a novela, O Rei do Gado, um grande sucesso nacional.
Momentos ))
Sinônimos, canção lançada em 2010 em parceria com “Chitãozinho e Xororó”, (uma das duplas mais marcantes no sertanejo), foi também o grande ápice do show. A letra que fala do amor verdadeiro e do significado desse sentimento arrebatador, levou o público ao delírio no KM de Vantagens Hall. Aos versos da canção, os fãs presentes acompanharam o artista “em coro” na bela letra que diz: “Quanto o tempo o coração leva pra saber que o sinônimo de amar é sofrer. No aroma de amores Pode haver espinhos. É como ter mulheres em milhões e ser sozinho. Na solidão de casa descansar. O sentido da vida encontrar. Quem pode dizer. Onde a felicidade está. O amor é feito de paixões e quando perde a razão não sabe quem vai machucar. Quem ama nunca sente medo de contar o seu segredo. Sinônimo de amor é amar”.
Celebrando os 40 anos do lançamento de ‘Avôhai (1978)’, o primeiro álbum de Zé Ramalho, o selo Discorbertas lançou no fim de 2017, o Box intitulado “Anos 70″. A caixa vem com três CDs acústicos gravados com voz e violão e um DVD de making. O material traz um CD acústico duplo com 22 sucessos de voz e violão, um DVD com o making of desta gravação e um terceiro CD bônus, que Zé Ramalho gravou há 20 anos, também em voz e violão, mas que jamais lançou. Vale a pena conferir e adiquirir esse “raro” material.