Diversas unidades estão com programação especial gratuita, especialista em neurociência alerta que ociosidade pode provocar alterações psicológicas
O período de férias escolares é um momento de desespero para diversos pais por não saber o que fazer com o tempo ocioso dos filhos. A possibilidade de viagens e diferentes passeios podem se tornar inviáveis com a recessão econômica para diversas famílias, deixando crianças aborrecidas e entediadas em casa, sem oportunidades para uma maior exploração criativa. A situação desencadeia gatilhos emocionais por retornarem à escola com um tempo para descanso que não foi aproveitado para amadurecimento.
A psicanalista Ângela Matilde explica que a ociosidade, durante um período muito elevado, provoca algumas alterações psicológicas, como aumento da ansiedade e, consequentemente, quadros de insegurança. “É importante à família usar esses momentos para interação com os filhos, aproveitando para inserir artigos, que podem contribuir para a formação da personalidade de maneira lúdica. Um bom exemplo disso é a inserção de livros de forma divertida”, recomenda a especialista.
As diversas programações especiais e gratuitas de várias bibliotecas estão sendo uma interessante alternativa para as famílias. A presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia Marília Paiva explica que a leitura é um processo de desenvolvimento de competências crescentes e deve ser introduzido no cotidiano o mais cedo possível. “Em países com grandes desigualdades como o Brasil, as bibliotecas escolares e públicas são uma grande alternativa para gerações inteiras acessarem a leitura, especialmente, a literatura”, afirma.
Várias bibliotecas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte e algumas da Região metropolitana de Belo Horizonte estão com programação familiar diversificada durante o período de férias. Marília recomenda uma pesquisa pelas redes sociais como uma maneira de encontrar as programações em unidades mais próximas de casa, sendo possível ligar para confirmar as informações. Também pode haver programação para mediadores de leitura, como é o caso da BibliotecaEstadual de Minas Gerais.
Marília avalia que desde a infância, passando pela fase escolar até o aprendizado ao longo da vida, as bibliotecas são um lugar exclusivo na sociedade para mergulhar no mundo da aventura e da expressão humana registrada pela cultura escrita. É importante a sociedade tomar efetivamente esse espaço como patrimônio cultural de uma cidade, sendo sede de interação social, diversão, promoção da educação e do conhecimento, ou seja, um espaço que pode e deve ser visitado diariamente pela população.
Ana Carolina de Freitas
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Foto (sugestão) – Crédito: Minha Biblioteca